sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

We will face some difficult challenges in the years ahead



We often speak of the Federal Reserve or other institutions 

as if they were autonomous actors. Of course, they are not. 

The Fed is made up of people, working within an 

organizational structure and with an institutional culture and 

set of values. I am very proud of my colleagues at the Fed 

for the hard work and creativity they have brought to bear in 

addressing the financial and economic crisis, and I think we 

and they have been well served by a culture that 

emphasizes objective, expert analysis; professionalism; 

 dedication; and independence from political influence. 

Whatever the Fed may have achieved in recent years 

reflects the efforts of many people who are committed, 

individually and collectively, to pursuing the public interest.


Ben S. Bernanke, Janeiro,  2014 in «The Federal Reserve: 

Looking Back, Looking Forward» @ Federal Reserve speech



Duetos de poesia e prosa em Monsanto





  
(...) cobrindo a neve o verde monte,
Ao gasalhado o frio nos levasse
Avivando o juízo ao doce estudo,
Mais certo manjar d'alma, enfim, que tudo.

Luís Vaz de Camões nas Oitavas a D. António de Noronha

«(...) onde o juízo quieto pudesse escolher 
as cousas que a fantasia lhe representava;»

João de Barros na Crónica do Imperador Clarimundo.

Hegemonic transition periods

Europa em 1800
 There is good reason to fear the relative decline of some western countries, compared with China and other emerging nations. To begin with, hegemonic transition periods have historically been the most destabilizing eras in history.
  adapt@zerohedge



quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Pensamentos


A vida não se afirma em singularidades independentes; manifesta-se singularmente no indivíduo por intermédio de uma dependência total, recíproca e solidária com os outros e com tudo.

Delfim Santos (filósofo português séc XX)

Artes

Isabel Pinheiro

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Os países africanos mais bem geridos




A Fundação Mo Ibrahim lançou o tradicional ranking da governação em África. Angola foi o segundo país (depois da Libéria) cuja pontuação mais cresceu face ao ano anterior. E é um dos dois únicos (a par do Ruanda) que melhoraram de forma consistente os seus resultados desde o ano 2000 (no caso de Angola, significou uma subida acumulada dez posições). Os melhores critérios para Angola são: a “participação e direitos humanos” (30.º lugar) e as “oportunidades sustentáveis de negócio” (36.º). Os piores são a “segurança e o Estado de direito” (37.º) e o “desenvolvimento humano” (40.º). Cabo Verde ocupa o segundo lugar no ranking global.
in Exame/Angola

Desenvolvimento humano sustentado

A atividade cívica e política não visa apenas a conquista do poder, mas criar condições institucionais pelas quais se tornam possíveis a continuada conversação, a representação nacional, o debate e as decisões democráticas, a convivência plural, as diversas racionalidades, as alternativas. Não basta, porém, esta pluralidade construtiva, pois é necessária uma arbitragem neutral e prosseguir objetivos permanentes e comuns à democracia que permitam o desenvolvimento humano sustentado (literacia, empregabilidade, participação, boas práticas de saúde...).

Reformas sustentáveis



Se tem havido alguma reorganização por via das recentes reformas (justiça; administração; finanças; economia), contudo, elas não contêm nem o ajuste institucional para que venham a ser de facto estruturais essas reformas, nem tampouco a sociedade civil tem tido oportunidade de participar numa mudança cultural para a qualidade de vida.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Da antiga solidariedade

 



«[Na atenção aos doentes e pobres] não foram nisto os nossos Reis e Príncipes Portugueses inferiores, como o testemunham os vários hospitais, mosteiros, casas de caridade e santos costumes que deixaram neste Reino para agasalhar peregrinos, sustentar e vestir os pobres e curar enfermos e feridos: no que foram outros, insignes os Reis D.Afonso I, D.João I e III, e o insigne Cardeal e devoto Rei D.Henrique.

Francisco Rodrigues Lobo, Corte na Aldeia, Diálog VII (1618)

Onde se acaba a noite?



«(...) o isolamento é uma prova de coragem perante nós mesmos (...) porque é nele que todas as forças da nossa alma se desencadeam, as boas e as más.»

José Rodrigues Miguéis, in Onde a Noite se Acaba, «A Mancha não se Apaga», 1946

Citações


«(...) é ligeiro o amor para se empregar.»
FRLobo, Corte na Aldeia, Diálogo VI

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

The European Dream Is Based On A ‘Equals Around A Table’ Metaphor


«I believe a successful European story would have three characteristics (...) :
It should be derived from the recognised history of the Union to be credible and it should draw on known mythology to be forcefull. That is, it should build a bridge between the Union’s known history and the mythology of the continent – Union and European.It should be sufficiently concrete to convey a sense of shared familiarity and vivid enough to stir emotions enough to create belonging, community and engagement. That is, it should build on local lives and let the means fit the message.It should shield the Union from its most obvious weaknesses and it should give direction to future actions. That is, it should help determine what the ‘small things’ and what the ‘big things’ are.»

Rune Kier Nielsen is a speechwriter in the Danish Ministry for Climate, Energy and Building and a former advisor for Copenhagen City on issues of integration and diversity associated with the World Forum for Democracy under the European Council.

Antigos Humanistas Portugueses





Every age has its own outlook. It is specially good at seeing certain truths and specially liable to make certain mistakes. We all, therefore, need the books that will correct the characteristic mistakes of our own period. And that means the old books.». C.S.Lewis @ JPP in abrupto
 
Assim a leitura dos antigos humanistas portugueses, que refletem sobre a vida que passa, se complexificando e tipificando, permite suscitar evidencias à interpretação do nosso presente. Os séculos que por esses humanistas se inteligem, lendo-os, não se decantam para nós apenas em preceitos universais de humanidade, mas funcionam também como proveitoso diálogo entre uma forma e modo passado e um hoje outro presente, deles futuro, pela sua pertinência reflexiva, pela hermenêutica humanística que proporcionam, pelo seu amor a Portugal, pelo seu serviço ao Estado, pela exigência, gosto e benefício de sua conversação e experiência. Se muitas das suas afirmações ainda são válidas para o nosso tempo assim é porque falam à natureza humana que procura interpretar-se, na sua liberdade, pesquisa e criação. Somos por eles estimulados a encontrar, no seu registo, a nossa dispeculação e as nossas próprias epocais e diferenciadoras características. A inteligência do autor está lá, o seu estilo é o seu vinco de alma, a sua temática, a sua paisagem substantiva e adjectiva é a época, mas a sua consideração humanizante e a temática de sua conversação não é apenas de ontem. A fundamentação matemática e suas aplicações técnicas e económicas não se substituem ao conhecimento da natureza humana. A técnica implica-se na nossa história vivida com conteúdos, cenários, valores, projeções, tal como as interpretações humanistas provenientes de várias fontes, antigas ou modernas, conferem-nos uma identidade linguística e histórica necessária à autoconsciência e à pertença comunitária.

Paralelos



 
Nenhum pacto social pode ser fundado senão na liberdade natural do homem e em sua igualdade legal: nenhum código político pode ser bem formado se não garantir o exercício daquela e a conservação desta.

«Que Instituições Convenham a Portugal para lhe Garantir a Liberdade» in Almeida Garrett, Portugal na Balança da Europa, Secção Sexta, VI, c.1827.



Le bonheur des sociétès et la sécurité des individus reposent sur certains principes positifs et immuables. Ces principes sont vrais dans tout les climats, sous toutes les latitudes. Ils ne peuvent jamais varier, quelle que soit l'étendue du pays, ses moeurs, sa croyance, ses usages. Il est incontestable dans un hameau de cent vingt cabanes, comme dans une nation de trente millions d'hommes, que nul ne doit être arrêté arbitrairement, puni sans avoir été jugé, jugé qu'en vertu de lois antérieurs et suivant des formes prescrites, empêché enfin d'exercer ses facultés physiques, morales, intellectuelles et industrielles, d'une manière inocent et plaisible. Ces droits fundamentaux des individus ne doivent pas pouvoir être violés par tous les autorités réunis: mais la réunion de ces autorités doit même être competénce pour prononcer sur tout ce qui n'est pas contraire à ces droits inviolables et imprescriptibles.

«Principes de Politique (1815) in Benjamin Constant, Oeuvres, Bibliothèque de la Pléiade, 1957.

Antiga Constituição Portuguesa





[A] antiga constituição de Portugal era, demais a mais, livre e representativa (...), herdámos [dos conquistadores] os princípios da monarquia limitada que (...) geralmente se estabeleceram quase desde a destruição do Império Romano. (...) Seja ou não apócrifa a lei fundamental escrita, que nas Cortes de Lamego se diz feita pela concorrência da aristocracia e dos representantes da democracia portuguesa, os princípios que nela se declaram, regeram constantemente entre nós, quer fosse tradicionalmente ou não. Os actos, declarações e manifesto das Cortes de 1640 acabaram toda a questão sobre o princípio fundamental da monarquia portuguesa e predominante em sua constituição. A base representativa aí é claramente determinada, e a derivação do poder real do princípio democrático estabelecida em tão claras e positivas expressões, que não pode restar a mínima dúvida ou a mais especiosa.

«Antiga Constituição Portuguesa», in Almeida Garrett, Portugal na Balança da Europa, Secção Sexta, VIII, c.1827.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Representatividade e conflito


Nem todos os órgãos de soberania da democracia são sufragados, assim é o caso do poder judicial. Já o poder legislativo, local e o moderador são hoje sufragados. Mas, se as representações da assembleia legislativa e dos órgãos do poder local são abrangentes, já o poder moderador tem presentemente uma representatividade menor. O resultado desta situação para a democracia, sabemos, à esquerda e à direita, tem sido adicionar conflitualidade, ao governo ou à sociedade. Conflitualidade essa ou correlação de forças esta no presente, que deveriam estar, apenas e propriamente, na casa da democracia (Parlamento).

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Perspetiva na voragem do tempo

 
 Têm sido continuamente solicitadas à sociedade mudanças de comportamento, mas a sociedade também conhece a necessidade de construir uma renovação no modelo político. Defendo um regime democrático com uma instância apartidária, que represente as referências nacionais, que seja voz do consenso democrático e voz da continuidade estratégica. Defendo uma transformação positiva, que não cinda a nossa história. Defendo a monarquia em pluralidade democrática, onde as maiorias não esmaguem as minorias, mas com um parlamento forte, capaz de encontrar em si mesmo as alternativas, e com uma constituição de direitos, liberdades e garantias. Monarquia e democracia é uma conjugação política de sucesso, de sucesso social, de sucesso democrático, de sucesso económico. A monarquia com assembleia democrática é um regime confirmado, é equilíbrio na livre contenda, é perspetiva na voragem do tempo. É voz comum, interceptando todo o tecido social português, que sem uma visão estratégica alargada e democrática a construção quotidiana não se revela nem eficaz nem esclarecedora. Sem ela, a nossa cooperação, o incremento do potencial interpretativo, a abertura de oportunidades de realização socioeconómica, não ganham o impacte que requerem e merecem.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Memórias I


Ligar




Do lado monárquico entendemos que a sucessão dinástica garante a independência e isenção necessárias ao Chefe de Estado. E que é muito importante para os portugueses terem uma Família Real que ligue o presente ao passado, proporcionando a tão preciosa estabilidade e continuidade das políticas.


Adaptado de David Garcia (Plataforma Monárquica)

Do progresso




«(...) o que pensamos adquirido está bem longe de estar seguro. A liberdade política e uma débil democracia, construída em Portugal desde as lutas liberais, pôde acabar às mãos dos próprios demónios que soltou. Os republicanos, que eram positivistas, pensavam que o progresso era inelutável. Nós sabemos, depois das guerras do século XX e do Holocausto, que não é assim.»

José Pacheco Pereira, O Discurso Republicano, Assembleia da República, 6 de Outubro de 2010.