quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Adeste Fideles




«D. João IV escreveu um conjunto de obras sobre música, coligiu uma das maiores bibliotecas sobre o assunto a nível mundial - infelizmente perdida na sequência do terramoto de 1755 - e fundou uma escola internacional de música em Vila Viçosa. Foi ele quem argumentou, e convenceu a Igreja de Roma a aceitar música instrumental nas igrejas. Também foi compositor.

Entre as obras mais reconhecíveis nesta época Natalícia está uma sua. Ouvida nas ruas e parques gélidos de américa do norte, nos centros das grandes cidades europeias, nas suas igrejas e catedrais e nas suas mais pequenas aldeias, nos concertos de Natal desde o mais humilde ao mais profissional, nos trópicos dos nossos países irmãos e mesmo nas antipodas, passando por todo o tipo de estabelecimeto comercial e elevadores de variada dimensão, é por vezes denominada o "Híno Português", mas conhecêmo-la melhor pelo seu título original em latim: "Adeste Fideles".

Embora a sua autoria seja discutida, há manuscritos datados de 1640 encontrados no Palácio de Vila Viçosa que sustentam a sua autoria pelo soberano português.»

in http://monarquia-portugal.blogs.sapo.pt/o-natal-de-dom-joao-iv-5708

Cartógrafo português Luís Teixeira desenhou a carta em 1585, mais de um século antes da que era até agora referenciada como a primeira

H Leitão
J Alves
 A carta náutica não estava escondida, nem nada que se pareça. Faz parte do acervo do Museu da Marinha e Armando Cortesão reproduziu-a no seu monumental Portugaliae Monumenta Cartographica, de 1960. O investigador Henrique Leitão, no entanto, nunca a tinha visto - até há meia dúzia de meses. Nessa altura, quase teve um sobressalto. Desenhada pelo cartógrafo português Luís Teixeira, por volta de 1585, aquela é a primeira carta que assinala, muito antes de qualquer outra, as linhas do magnetismo terrestre. Foi isso que revelou a análise do mapa pelo físico e historiador de ciência Henrique Leitão e por Joaquim Alves Gaspar, especialista em cartografia do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa."Quando vi o documento, numa conferência do comandante Nuno Costa Canas, diretor do Museu da Marinha, pensei de imediato: tenho de estudar esta carta", recorda. As tais linhas (têm um traçado curvo, no mapa aqui reproduzido), chamaram-lhe a atenção. E o trabalho feito pelos dois investigadores confirmou que representam o magnetismo terrestre, ou a declinação magnética, tal como era na época. "Até agora, a carta mais antiga conhecida com a representação destas linhas isogónicas, ou de igual declinação magnética, que representam portanto o magnetismo terrestre, era a do inglês Edmund Halley, de 1702", explica Henrique Leitão. "Agora temos esta, desenhada por um cartógrafo português, que já tem essa representação quase 120 anos antes", sublinha, satisfeito.
[http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=4302284]