segunda-feira, 29 de junho de 2015

A New Social Agenda For The Next Five Years (Discussão ainda em aberto)


«Today Europe is boredom… it is submerged by numbers and without soul. As long as Europe cares more about fishing rights than human beings swimming in our sea’s Europe has no soul.» 
                                                                       Matteo Renzi 2014

«The focus of the debate around risks of poverty and social exclusion has almost exclusively been upon the income dimension. For many “at risk groups” but particularly young people, isolated older people and the long-term unemployed, public policies must become more concerned with promoting involvement in civil society and social engagement. In some ways this amounts to refocusing and renewal of the principles behind the Social Investment Package (SIP/2013) and the Beyond GDP Initiative.


Social progress demands greater attention to support for families with children, especially through investment in affordable and high quality childcare. Early investment in the well-being of children is crucial for their development and transition into adulthood. A suite of family policies building on universally available support to families with children is the foundation of the most successful systems.»

Erika Mezger, A New Social Agenda For The Next Five Years
2 July 2014

Controvérsias



Since the first half of the 1980s at the latest, Western democracies have entered a new phase of economic liberalization, but our findings suggest that the methods for the causal analysis of convergent liberalization policies cannot be identical with the methods that have been used for analyzing the development. 


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Poesia (Mar)


O vermelho por dentro

Estão envolvidos em corpos negros vermelhos por
dentro. Estão num barco sobre o mar e o mar é
negro. É de noite. O céu está negro e sobre a
água negra tudo é vermelho por dentro.

Os corpos eram negros
sobre o mar a água era de noite
não se via o vermelho por dentro
os corpos não se viam
eram barcos com os ventres todos negros
e as línguas eram de águas muito rentes
A sangue não sabia
não se via o vermelho por dentro
o céu a água envolvia
tudo envolvia nos vermelhos dentros
e os mares todas as noites estavam negros
negros por dentro
E a água volvia pelo céu tão negra
e à noite por dentro do mar todo vermelho
a noite era vermelha
e os barcos negros por dentro
E nos corpos a água negra era vermelha por dentro
e eles estavam envolvidos
e

Ana Hatherly

Artes

Infante D.Luís


Consequências

 

«A monarquia portuguesa continha a constituição, a livre circulação de ideias e a democracia parlamentar, mas sem o consensualismo régio o país desembocou em desordem e, consequentemente, em réplica, traduziu-se em ditadura como forma tipificada de governo.»

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A magia da República


«A magia da República foi morrendo sem que o Estado se tornasse mais representativo, a nação mais confiante, os mercados mais prósperos, a sociedade mais robusta ou as pessoas mais livres.»

José Braga de Macedo, José Adelino Maltez, Mendo Castro Henriques, Bem Comum dos Portugueses, Gepolis-Vega, 1999.

The people perspective on mergers and acquisitions [e privatizações]



«The announcement of a merger or acquisition can have varied reactions, but you will usually find a general feeling of uncertainty – employees worrying about losing their jobs, anxious managers struggling to maintain control in a shifting environment, leaders stressing over tough decision that need to be made, people at every level losing sleep over where they stand in the organisation. The impact on employees can be significant if the reorganisation of the business is not handled effectively.
 
From there the real impacts on an organisation itself start to show – from unexpected defections of key talent, declines in productivity, morale and engagement to the loss of customers and poor market performance.

During any merger or acquisition effort, there are at least two groups of employees involved, often coming from organisations with distinctly different cultures and styles. The way company leaders work with employees during the transitional period sets the tone for the new corporate culture being developed.»


domingo, 21 de junho de 2015

Acerca da poesia de Thomaz Ribeiro

Escreve no Prefácio Feliciano de Castilho


Imagens de Portugal


Os mapas



«Na verdade, toda a história pode ser contada através de quem roubou os mapas de alguém. Cada descoberta e guerra, ascensão e queda de impérios, tudo está ligado à espionagem cartográfica.»

Sherlock Holmes, Elementary, Série 3, Episódio 6 (11m23s-11m30s)

sábado, 20 de junho de 2015

Um formidável instrumento de análise com iniciativa portuguesa


http://www.globalstat.eu/en/homepage.aspx

A nefasta consequência da proteção estatal

http://www.ffms.pt/en/foundation-management_bodies-scientific_council-2009_2013

   «O patriotismo foi frequentemente invocado para proteger dos estrangeiros as empresas nacionais - na concorrência no mercado e na aquisição de capital social. Mas veja-se o exemplo de França, onde essa atitude é corrente, com governos de direita e de esquerda: só debilitou a economia francesa. (...)
   A mais nefasta consequência da protecção estatal aos centros de decisão nacionais talvez tenha sido o amolecimento na gestão das empresas mantidas sob o manto formal ou informal do Estado. Na era da globalização - que está aí, goste-se ou não - é fatal a falta de uma forte concorrência. Mais tarde ou mais cedo, esta virá de fora, encontrando as empresas pouco preparadas para a enfrentar.» [Veja-se o caso SATA versus companhias low cost nos Açores...]

Francisco Sarsfield Cabral in «O preço do nacionalismo económico»@ Tentar Perceber, SOL, 19 de Junho 2015

Pluralismo



«A comunicação social, poder e pilar fundamental da democracia, cresceu em infra-estruturas e na circulação de jornais e revistas, bem como numa variada oferta de canais de televisão e de rádio e de novos meios online. O pluralismo informativo, a liberdade de opinião e a igualdade de acesso aos meios de comunicação social estão garantidos.»
                          José Ribeiro, Jornal de Angola, 14 de Junho 2015  

Mar na Poesia

Thomaz Ribeiro

terça-feira, 16 de junho de 2015

É melhor reverem a campanha eleitoral em curso




«A missão do FMI, que esteve em Lisboa entre os dias 4 e 12 de junho de 2015, para a segunda avaliação à economia portuguesa após o fim do programa de assistência financeira, estima, na publicação das declarações finais da visita, que o crescimento do PIB seja de 1,6% em 2015, 1,5% em 2016 e 1,4% em 2017 (manutenção das previsões de 18 de maio).



Para o mercado de trabalho, o FMI prevê que Portugal registe uma taxa de desemprego de 13,4% em 2015 (revisão em alta face aos 13,1% das previsões de 18 de maio), 12,9% em 2016 e 12,5% em 2017.



Relativamente ao défice orçamental, o FMI estima que este registe diminuições de 3,2% em 2015 para 2,7% em 2016 e 2,5% em 2017.


Quanto à dívida pública, o FMI estima que esta diminua de 126,5% do PIB em 2015 para 124,3% em 2016, atingindo 122,5% do PIB em 2017.»

Já anteriormente...

«O Conselho das Finanças Públicas (CFP) recusa-se a avaliar programas eleitorais de partidos políticos, alegando não ter ainda condições para tal. O órgão presidido por Teodora Cardoso respondeu assim à polémica e, ao contrário do que o PDS defendia, não vai avaliar as propostas do cenário macroeconómico do documento de 12 economistas pedido pelo PS.» Publico

domingo, 14 de junho de 2015

Não precisamos


Palavras duras



 
«(...) [A] exibição de um poder imperial unanimista dos dezoito contra um, com motivações que se percebe não terem qualquer elevação, dignidade, ou sequer utilidade, é, como todas as exibições de força, muito preocupante. Assusta, e bem, quem ainda tiver uma réstia dessa coisa maldita na Europa, o sentimento nacional antigamente chamado "patriotismo". E se um dia for Portugal a estar do lado perdedor? E se um dia os eleitores portugueses votarem num governo “errado”, como pode acontecer em democracia? E se um dia todas as políticas nacionais tiverem de ir a visto em Bruxelas (já vão em parte)? E se um dia a União se começar a imiscuir nas nossas fronteiras atlânticas, como já se imiscui no que os nossos pescadores podem ou não pescar? E se um dia algum burocrata europeu entender que Portugal deve ser reduzido a um país agrícola e turístico e fazer uma fábrica for proibido, se competir com a quota francesa ou espanhola? E se um dia os nossos europeístas (como já o dizem) considerarem que as decisões do Tribunal Constitucional são “ilegais” face ao direito comunitário? E se um dia houver um qualquer sobressalto nacional que nos coloque em confronto com um qualquer Schäuble e os seus dezassete  anões? 
 
 Nessa altura lembrar-nos-emos certamente da Grécia.»
 
JPP

Dueto

Alexandre Herculano

«(…) na solidão, a saudade de uma existência cheia de amor e de esperanças, a vergonha do suplício afrontoso e o temor da morte lhe não consentiam velar-se diante de si próprio com a máscara que a vaidade e o orgulho põem na face humana ainda nas mais terríveis situações, para que a vida seja contínua farsa, da qual o coração é o ator mentiroso desde o berço até ao sepulcro.»


Machado de Assis

«Com efeito, um dia de manhã, estando a passear na chácara, pendurou-se-me uma ideia no trapézio que eu tinha no cérebro. Uma vez pendurada, entrou a bracejar, a pernear, a fazer as mais arrojadas cabriolas de volitam que é possível crer. Eu deixei-me estar a contemplá-la. Súbito, deu um grande salto, estendeu os braços e as pernas, até tomar a forma de um X: decifra-me ou devoro-te.
 
Essa ideia era nada menos que a invenção de um medicamento sublime, um emplasto anti-hipocondríaco, destinado a aliviar a nossa melancólica humanidade. Na petição de privilégio que então redigi, chamei a atenção do governo para esse resultado, verdadeiramente cristão. Todavia, não neguei aos amigos as vantagens pecuniárias que deviam resultar da distribuição de um produto de tamanhos e tão profundos efeitos. Agora, porém, que sou cá do outro lado da vida, posso confessar tudo: o que me influiu principalmente foi o gosto de ver impressas nos jornais, mostradores, folhetos, esquinas e enfim nas caixinhas do remédio, estas três palavras: Emplasto Brás Cubas. Para que negá-lo? Eu tinha a paixão do arruído, do cartaz, do foguete de lágrimas. Talvez os modestos me argúam esse defeito: fio, porém, que esse talento me hão de reconhecer os hábeis. Assim, a minha ideia trazia duas faces, como as medalhas, uma virada para o público, outra para mim. De um lado, filantropia e lucro; do outro lado sede de nomeada. Digamos: - amor da glória.»

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Discursos Históricos - Da Justiça

Anónimo Évora
«(…) povoando as universidades de estudantes em boas letras, inventando novos modos para encurtar as demandas, e novos ofícios, para isso recebendo nos seus conselhos, no governo do reino e sua particular conversação homens muito virtuosos, letrados honrados (...)»
Apud «Memoria das côrtes que se fizeram em a cidade de Evora, convocadas por elrei D. João III,(...)», in O Panorama, Jornal Litterario e Instructivo da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis, Vol 3.º, 2.ª Serie, 1844, págs. 370-372.