quinta-feira, 25 de setembro de 2014

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Memórias


Convite à visita de um blogue acerca do Arquivo Histórico 
- Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada -

Agitação


   
                                 Sá de Miranda, Vilhalpandos, Ato II, Cena VII

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Propostas de Mudança na Política Económica Europeia


To gain the trust of its citizens Europe will have to radically change its economic policy: 

1) Rejuvenate Fiscal Policy (em curso)

2) A Monetary Policy That Supports Job Creation (em curso)

3) Wage Policy: Creating A Floor For Wages (em curso)


Engelbert Stockhammer (Kingston University, RU) @ Social Europe 2019 project (25.7.2014).

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

11-9-2001

As grandes transformações

Vivemos em sociedades abertas e complexas. Se esta variada confluência cultural contribui para diminuir a pertença comunitária em moldes tradicionais e vai além dos contextos próximos de socialização, a família e a escola, então a democracia requer uma restruturação necessária para sobrelevar esta nova situação. Se a participação e a interação das pessoas com os vários grupos sociais já não é tão mediada pela tradição familiar, mas pela necessidade de realização pessoal, de objetivação social, e, se as instituições legitimadoras conflituam, apresenta-se-nos um vazio político onde o descontentamento felizmente ainda se não modelizou, pois não tem sido capaz de formular-se em movimento político coerente e profundo temporalmente. No entanto, existem iniciativas de cidadãos que congregam alguns grupos muito heterogéneos e com objetivos políticos limitados. Assim, a forma democrática requer uma alteração de modo a que a representatividade nacional, e especialmente a do todo nacional, se reconheça numa cultura de fundo e numa instituição suficientemente abrangente que concite a continuada conversação e participação democráticas, bem como seja voz, estandarte e guardiã dos objetivos democráticos, comuns à democracia.
Esta complexa sociedade contemporânea subtraiu-se à hegemonia de um grupo social, seja ele de carácter religioso ou político, de direita ou de esquerda. Assim, a Instituição Real é, para a pluralidade democrática e diversidade cultural, a coesão nacional e o símbolo do Estado. A doença política e democrática a que temos assistido no seu larvar europeu e nacional mostra-se sobretudo pelo massivo alheamento cívico, pela perceção de perda do autogoverno, local e nacional, e exaustão da alternativa democrática. 
Os processos revolucionários não tâm maior virtude que o paulatino reformismo. Entendo, pois, que as grandes transformações são aquelas que se fazem por incorporação e não por exclusão.De um povo, que se fez grande além de Macedónia e Roma segundo Camões, podemos justamente esperar uma ação decisiva. Facto é que os conceitos sociais e políticos e as fórmulas que evidenciam-se nas letras e nos laboratório, traduzem já esse paradigma de futuro: uma democracia balanceada tanto para a controvérsia e alternativa como para o consenso e a continuidade estratégica, uma sociedade culturalmente plural e uma política centrada no desenvolvimento humano, equilíbrio financeiro e fiscal, uma economia aberta ao mar, participação cívica generalizada e ativa, uma solidariedade condizente com uma mudança de vida, uma intensificação da produção de pensamento estratégico e sustentabilidade ambiental.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Frases



«Se não houver algo mais do que a liberdade, então a liberdade é apenas entretenimento»
                          Sean Penn, Crossing Guard, Miramax, 1995

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Efeméride


 
O rei D. Duarte I (1391-1438) falece em Tomar

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O regresso da política I e II


I – «O regresso de Portugal aos mercados (…) anuncia outra [notícia]: o regresso à política
Martim Avillez Figueiredo, «O Regresso da Política», Expresso, 26 de Janeiro 2014

II - «O tempo para a Europa fazer as reformas que permitirão colocar o financismo dentro da lei, retomando o primado da política de modo a liberar-se o imenso potencial comum, está a esgotar-se
Viriato Soromenho-Marques, Notícias da Frente Ocidental, Visão, 14 de Agosto 2014

Absoluto







O poder absoluto não significa, portanto, o poder tirânico nem discriminatório, não é dono dos que a ele estão submetidos, dos cidadãos, impera apenas na medida em que for necessário à conservação da respública. Este poder não arbitrário e não tirânico, limitado pelo direito e pelo interesse público, é, se bem atentarmos, o poder soberano de Bodin, ou seja, o poder típico do Estado.

Adapt. de Martim de Albuquerque, «Política, Moral e Direito na Construção do Conceito de Estado em Portugal», II, A Idade Média, 3.8, in Estudos de Cultura Portuguesa, 1ºVol, INCM, Lisboa, 1983, pág.160.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

DEO 2014-2018

http://www.ces.pt

 «O CES reafirma (...) a necessidade de ser promovida uma ampla discussão pública, com maior participação dos parceiros sociais, sobre a aplicação dos fundos estruturais para os próximos anos no País, no sentido de garantir que a sua aplicação privilegiará de forma inequívoca uma grande convergência em torno do aumento do emprego, da qualificação dos portugueses e do reforço dos seus níveis de competitividade. É, por outro lado, essencial assegurar, em tempo útil e em condições sustentáveis, a existência de linhas de financiamento que assegurem a componente privada dos projectos.» 
in José António Simões Cortez (Relator) Parecer sobre o DEO (Documento de Estratégica Orçamental) 2014-2018; Maio/2014

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Entre a exaltação e a depressão

Imigrantes Portugueses 1920
 "(...) a mais sumária autópsia da nossa historiografia revela o "irrealismo" prodigioso da imagem que os Portugueses se fazem de si mesmos."

Eduardo Lourenço, «Psicanálise Mítica do Destino Português», O Labirínto da Saudades, CLeitores, Lisboa, 1988 (1978), pág 15.

Mas considere-se também a ideia que dos portugueses fazem os autores da literatura universal. Ver imagens dos portugueses e de Portugal por autores da literatura universal aqui, aqui e aqui; não nos poderíamos encomendar melhores! 

Oposição


A interpretação da situação política é constituída fundamentalmente em três linhas de razão; a primeira, identificar  problemas, a segunda, reconhecer oportunidades, e a terceira, perspetivar linhas de intervenção (do partido e do futuro governo).

História: aumento do nosso potencial Interpretativo


 "(...)  a lição da História comporta uma lógica: que pode ser, conforme o entendimento clássico, «mestra da vida»; ser utilizada com proveito." 
  
Martim Albuquerque in Estudos de Cultura Portuguesa, Vol I, Col. Temas Portugueses, INCM, 1983, 261.


sábado, 23 de agosto de 2014

Artes

F
O


提升

  
"(...) cultural groups enrich our culture, boost creativity and prosperity and increase employment opportunities. They are of crucial importance to social harmony, economic transformation and upgrades (…). With low employment barriers and more artistic freedom, small companies are more astute in understanding people's spiritual demands."

CaiWu, Ministro da Cultura, China Daily



terça-feira, 19 de agosto de 2014

Luz elétrica

Frederico Augusto Ribeiro 1902

Históricas Dificuldades

 
"Tal como já referenciado por Maria Alice dos Santos, até à integração dos serviços de inspeção bancária no Banco de Portugal «foram sempre negadas à Inspeção as estruturas mínimas que lhe permitiriam exercer cabalmente as suas competências, o que [evidenciava], obviamente, a pressão exercida pelo poder económico para coartar qualquer ação fiscalizadora e coordenadora»."

Luís Filipe Ramalho Ferreira, A Estabilidade Financeira e a Evolução Económica em Portugal – Estudo dos Efeitos da Supervisão Bancária (Dos Primórdios até 1975), UAL, Lisboa, Dezembro de 2013, pág.21.
Citação apud Maria Alice Ribeiro dos Santos, «Supervisão bancária – da criação do Banco de Portugal até ao final da I Grande Guerra», Revista interna do Banco de Portugal, nº 53 (setembro 1998);

domingo, 17 de agosto de 2014

Economia Social



«(...) porque dizemos nós apenas economia (expressão generalista e universal) quando nos reportamos à atividade lucrativa das empresas e dizemos economia social (expressão esprecífica e menos abrangente) quando nos queremos reportar à atividade económica das instituições que, justamente, têm em conta essa característica geral e basilar do ser humano [ser social]?!»
J.F. Gonçalves Silva in CRESCER & VIVER

Economia Social





  Não será que os valores comuns à economia social, que abrange as cooperativas, as misericórdias, as mutualidades, as fundações, as associações e quaisquer outras entidades que tenham como objeto a solidariedade social, são afinal características de todo o processo socioeconómico? Almejamos ou não
 - a primazia da democracia e dos objetivos sociais sobre o lucro?
- a defesa e implementação dos princípios da solidariedade e da responsabilidade?
- a  conjugação dos interesses com o interesse geral?
- o controlo democrático pelos membros?
- a adesão livre e voluntária?
- a autonomia de gestão e a independência relativamente aos poderes públicos?
- a mobilização do essencial dos excedentes à consecução de objetivos de desenvolvimento sustentável e o serviço prestado aos seus membros de acordo com o interesse geral?
 
apud AAVV in EUROCID

sábado, 16 de agosto de 2014

A Economia e os ladrões ... de bicicletas

  
Aurora Teixeira



O crescimento do PIB é ainda relativamente ténue, desacelerou face ao trimestre anterior e deveu-se, sobretudo, a uma diminuição mais acentuada nas importações derivada da fraca procura interna. A estagnação da economia da área do euro e, sobretudo, o fraco desempenho de 3 dos nossos principais clientes em termos de exportações, França, Alemanha e Itália (que, em conjunto, absorveram, em 2013, quase 1/3 do total das exportações portuguesas), não augura nada de bom para a futura dinâmica do PIB português.


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Xi Jinping: Pursuing a new political concept for the world


forbes.com

“Our system will be improved and the superiority of our socialist system will be fully demonstrated through a brighter future,” Xi said. “We should have firm confidence in our path, in our theories and in our system.” “The selection of path is a life-or-death issue for the future of the CPC,” he told the new leadership. “We should unswervingly uphold socialism with Chinese characteristics.” He called for the new leadership to enhance their study and practice of the theory of socialism with Chinese characteristics, accelerate the construction of a moderately prosperous society, improve the people’s livelihoods, strengthen Party-building and deepen reform and opening up. Emphasizing the importance of the rule of law in building a moderately prosperous society, Xi called on CPC members to take the lead to ensure the implementation of the constitution and act in accordance with the law. “The people should be able to enjoy justice and fairness in every legal case,” Xi said. “To forge iron, one’s own self must be strong,” Xi said. “Our job is to work with all CPC members to supervise our own conduct through strict disciplines and effectively solve major problems within the Party.”
Apud The China Times (17 Março 2013)

Luz elétrica



Notícias da Frente Ocidental

«Na etiologia desta avalancha em curso, é inegável que falharam as entidades e os mecanisos de regulação. O BdP, a CMVM, as autoridades europeias, numa lista que se poderia prolongar.»

Viriato Soromenho-Marques, «Notícias da Frente Ocidental», Visão, nº1119, 14 Agosto 2014, p.26

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Politics as conversational democracy

«Right wing populism is on the rise in Europe. The traditional responses, from ignoring to diabolization, have proven to be largely ineffective. To fight populism successfully, established political parties, especially on the centre left, will have to look for new approaches. (...) So the defeat or at least containment of the populists lies in three strategies: engage with the concerns that fuel populism, construct a statecraft that can work and diminishes the potential pool for populism, and reinvigorate a mainly local, contact form of democracy that isn’t simply politics as campaign but rather politics as conversational democracy. None of this can be achieved in a single election campaign. It is a structural, organisational and behavioural change over a period time. In a single set of elections such as the upcoming European elections, there isn’t really a tactical solution to a strategic problem.»
      ERNST HILLEBRAND (Ed.), Right Wing Populism in Europe – How do we Respond?, May 2014.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Mercados, investimentos e taxas


Engelbert Stockhammer

«Markets have proven to be unreliable means of guiding production decisions. Investment is needed in areas such as green technologies, housing, child care and education. In a recession much of that should be deficit-financed to stimulate demand, but there are also areas where taxation should be increased to guarantee a fair system. Multinational corporations presently avoid taxation by transferring profits to tax havens, many of them within the EU, like Luxembourg and Ireland. The super-rich park their wealth offshore to avoid paying their legal share. Like the financial transactions tax, these are all areas where a European initiative would be welcome.»

Relâmpagos no tempo

Miss Louisiana

Construção



Os objetivos sociais precedem as escolhas técnicas e os objetivos políticos precedem as questões económicas.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Da evolução do internacionalismo



(…) [Uso] o termo “patriotismo” num sentido vago de um sentimento comum de partilha a uma mesma comunidade com identidade histórica e nacional, linguística, cultural, territorial, que define fronteiras e interesses comuns e que pressupõe que esses interesses têm que ser defendidos num quadro de competição ou conflitualidade com outros interesses. É o sentimento de risco permanente, logo de defesa activa, dos interesses de uma comunidade nacional, que é o elemento dinâmico daquilo que se possa chamar patriotismo. (…) A chave deste processo de abandono da noção de Pátria (…) [acompanha] a evolução do internacionalismo” clássico da tradição comunista para um europeísmo”, muito evidente no Livre e em parte do Bloco. Por uma daquelas ironias em que a história é fértil, o PCP, perdida a referência internacionalista da URSS e do comunismo mundial, acaba por ser nos dias de hoje o mais patriótico dos partidos e aquele que mais resiste à deslocação dos centros de poder nacionais para o quadro europeu. 
                                                        JPP 
        

quinta-feira, 24 de julho de 2014

A democracia requer restruturação


Vivemos em sociedades abertas e complexas. Se esta variada confluência cultural contribui para diminuir a pertença comunitária nos moldes tradicionais e nos contextos próximos de socialização, e se, paulatinamente, as estruturas tradicionais perdem representatividade, a democracia requer uma restruturação necessária para adequar-se e sobrelevar esta nova situação. Se a participação e a interação das pessoas com os vários grupos sociais já não é mediada pela tradição familiar, mas pela necessidade de realização pessoal, de objetivação social, e, se as instituições legitimadoras cada vez mais conflituam, apresenta-se-nos um vazio político para onde tem convergido o descontentamento. Contudo, tem sido este descontentamento incapaz de se formular em movimento político coerente e profundo temporalmente. Assim, a forma democrática requer uma alteração de modo a que a representatividade nacional, e especialmente a do todo nacional, se revejam numa cultura de fundo e numa instituição suficientemente abrangente que concite os objetivos comuns à democracia. Continuam a haver atributos definidores da cultura nacional: uma culinária que conjuga o ocidente com o oriente, uma língua com um grande leque fonético e semântico, uma história de quase 900 anos em liberdade política (o Reino de Portugal nunca foi assimilado ao Reino de Espanha), fronteiras geográficas bem definidas (à exceção de Olivença), uma literatura com fortes referências a esse campo ímpar de aprendizagem humana que é a história nacional, e enfim, capacidade de iniciativa pela emigração, pela nossa conjugação na CPLP e na UE, ou por, desde sempre e em todos os âmbitos havermos produzido novos conhecimentos relevantes ao mundo. Porém, não havendo lugar nesta complexa sociedade contemporânea para uma hegemonia de um grupo social, seja ele de carácter religioso ou de carácter político, a Instituição Real é, para a maior multiplicidade, a melhor coesão. A doença política e democrática a que temos assistido no seu larvar mostra-se sobretudo pelo alheamento cívico e pelo descontentamento assim expresso, pela perceção de perda de autogoverno e de força alternativa democrática (devido ao nosso exíguo leque de realismo político no parlamento nacional e devido à falta de realismo social de algumas medidas europeias). É decisiva pois a seguinte questão: “(...) que sentido tem a democracia portuguesa se os eleitores portugueses vão deixar de poder escolher quase tudo que é decisivo para o seu país e para as suas vidas?” JPP. Não acredito que os processos revolucionários tenham maior virtude que outros, por serem eivados de uma mística e carismas que a dura normalidade não os possua. Entendo, pois, que as grandes transformações são aquelas que se fazem por incorporação e não por exclusão.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Múltiplo


As vias multiplicaram-se, já não existem caminhos únicos. Temos a liberdade de assumir os nossos valores e inventar novos. (...) A perplexidade surge quando decobrimos incoerências e contradições ou quando somos confrontados com um problema ao qual podem ser aplicados princípios conflituantes.
Mendo Henriques e Nazaré Barros in Olá, Consciência! 266

Poetry


Art Class

Let us begin with a simple line,
Drawn as a child would draw it,
To indicate the horizon,

More real than the real horizon,
Which is less than line,
Which is visible abstraction, a ratio.

The line ravishes the page with implications
Of white earth, white sky!

The horizon moves as we move,
Making us feel central.
But the horizon is an empty shell—

Strange radius whose center is peripheral.
As the horizon draws us on, withdrawing,
The line draws us in,

Requiring further lines,
Engendering curves, verticals, diagonals,
Urging shades, shapes, figures…

What should we place, in all good faith,
On the horizon? A stone?
An empty chair? A submarine?

Take your time. Take it easy.
The horizon will not stop abstracting us.

James Galvin in JPP

Seguem-se das palavras efeitos muito aproximados ao tencionado «igual a» credibilidade



«(...) [The]  increase in the euro's value against the dollar since 2011 had driven down the price of commodities such as fuel in euro terms, contributing to low inflation. (…) [The] central bank might take steps to encourage banks to lend more. (…) [Mario Draghi also] cited data showing that even profitable companies in (...) Portugal have trouble getting banks loans. (…) [One-third] of Portuguese companies face credit constraints, Mr Draghi said, compared with only 1 percent in Germany and Austria. (…) There has been speculation the European Central Bank might issue cheap loans to euro zone banks, with strings attached to ensure they lend the money to businesses rather than investing bonds, as that happened in the past.

 Jack Ewing(Sintra, Portugal), «E.C.B.seeks a strategy for staving off deflation», International New York Times, Tuesday, May 27, 2014, p.15


Pensamento e arte




 «O que se faz hoje será o que haverá amanhã.»
Dantas Pereira, 01 de Outubro de 1801