O País encontra-se numa encruzilhada histórica e dramática. Ou
encontra competitividade no seu sistema produtivo, ou estará
condenado a prosseguir nas próximas décadas o plano inclinado para
um endividamento e empobrecimento crescentes.
A energia, como factor na base de toda a actividade económica, terá
que ser ela própria capaz de ser exportável, e de contribuir para a
capacidade exportadora do tecido produtivo nacional. O cluster
eólico, devido aos limites técnicos na injecção na rede, deveria
ser reorientado para a exportação.
A energia nuclear é hoje a energia mais procurada para substituir as
formas convencionais de geração eléctrica de forma competitiva,
segura e sem emissões significativas de GEE’s (mesmo nos Países
do Médio-Oriente). A sua introdução em Portugal é condição
indispensável e incontornável, no estado actual da tecnologia de
energia, para reganhar competitividade.
Pedro de Sampaio Nunes, «Energia Nuclear: Uma opção para
Portugal?», Sociedade de Geografia de Lisboa,
24 de Novembro de 2009