segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Artes

Lia Melia

Há mais vida além do orçamento




Interpreto a mudança, reconhecendo que em cada período, social, económico e político, assume-se uma herança do passado e estabelecem-se decisões científicas e políticas. Interpreto a mudança para Portugal no intensificar da produção de pensamento estratégico, e é também essencial para o País um reposicionamento institucional, de modo a acolher consistência política e estratégica, de longo prazo, em conformidade com o sistema de valores veiculado pelas instituições basilares do Estado.

Os nossos problemas estruturais têm raízes em várias dimensões da realidade e, o que poderá obliterar as condições em que esses problemas se declaram é a operacionalização ponderada de objetivos, que só terão efeito se prolongadamente e por diversas vias houver concerto de ações: educação, desporto e cultura - recursos, ciência e indústria - mobilização da participação cívica, voluntariado e juventude - prevenção, rastreios e práticas saudáveis... Importa desenvolver uma visão geral de convergência estratégica para os nossos objetivos, sem a qual soçobram os conceitos, as medidas e o esforço. 

As sociedades que demonstram melhores experiências de adaptação (e organização) são as que apresentam melhor capacidade de desenvolvimento, e os portugueses têm revelado uma adaptação excepcional aos desafios históricos, à democracia, às novas tecnologias. A organização, o humano concerto, é a melhor e mais poderosa tecnologia de que dispomos.

Manhattan (cena final) Have A Little Faith In People




«Tracey: Ouve, seis meses não é tanto tempo como isso. Nem toda a gente se deixa corromper. Tch.... Olha (dando uma risadinha), tens de ter um pouco de fé nas pessoas.

(Ike tem no rosto uma expressão irónica. Sorri.)»

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Imagens de Portugal



«(...) Lisbonne m'est apparue comme une sorte de paradis clair et triste;»

Antone de Saint-Exupéry, Oeuvres, «Lettre à  un Otage» (1940),  Paris, Gallimard, Pléiade, 1959, págs. 389

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ExCertos


 «Vivemos numa democracia na qual, como em toda a Europa, existe uma expressão pluralista dos interesses públicos, nomeadamente mediante partidos políticos e movimentos cívicos. Um regime monárquico, ou mais simplesmente uma república dotada de um rei, é uma expressão do todo nacional reconhecido pelas diversas partes que confrontam políticas alternativas. D. Duarte de Bragança tem sido denodado na promoção de uma realeza democrática deste tipo e já adquiriu um lugar na história ao preparar-se a si e à Família Real para essa transição que a sociedade portuguesa cada vez mais exige.»

Mendo Henriques (Entrevista à Plataforma Monárquica)

Imagens de Portugal


 "Passeava havia meia hora pelo bosque, subindo sempre. Estava cada vez mais frio. O vento agitava de quando em quando os ramos mais altos das árvores, depois parava. Tinham passado a zona dos cedros que estendiam os braços por cima do bosque. Este tornava-se cada vez mais denso à medida que se aproximavam do cimo. Depois, num cotovelo do caminho, avistaram a cruz: Cruz Alta.
Avistava-se de todos os lados uma paisagem que se estendia até muito longe. Para o poente, no horizonte, das montanhas começavam a confundir os seus contornos. Mais perto distinguiam-se ainda vales e clareiras, inúmeros caminhos, campos lavrados vermelhos, castanhos, cor de casca de árvore.
- Vamos até lá cima - propôs Stefan.
Um velho, sentado sobre os degraus de pedra que levavam à cruz, afastou-se, saudando-os. Eles treparam, e lá em cima encostaram-se ao parapeito, dirigindo os olhos para Coimbra. Muito branco e sóbrio, o Convento de Santa Clara emergia, solitário, do oceano verde das colinas. O Mondego serpenteava através dos salgueiros chorões, dos choupos e dos plátanos e brilhava na distância.
Um grande pássaro voava por cima deles. Volteou por uns instantes, quase sem bater as asas, depois deixou-se deslizar na direção do vale.
- Às vezes, quando estou a sonhar - contou Ileana - parece-me que estou em qualquer parte, perto de si, sobre uma montanha muito alta e que olho para baixo. Como agora... E um sonho como este, gostaria de o sonhar para sempre."

Micea Eliade, Bosque Proibido, 1963, 351 (trad. Maria Leonor Buesco)

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

ExCerto


 Portugueses, 
Monárquicos…, Republicanos…, 
São apenas adjectivos. Portugueses é o que somos e como, agora mais do que nunca, nos devemos sentir! Na véspera do 1º dia de Dezembro de 1640, algumas dezenas de portugueses corajosos, reuniram-se para combinar os últimos detalhes da revolução que iria devolver a liberdade a Portugal ou, caso falhassem, os levaria ao degredo ou à decapitação. No momento presente, Portugal encontra-se sob dependência de credores e burocratas estrangeiros, devido à irresponsabilidade de governantes que endividaram o País, gastando o que tínhamos em investimentos que não produziram riqueza mas que permitiram ganhos a um número reduzido de privilegiados e que lançaram muitos para o desemprego e pobreza. 
(...)
Mas quero e creio que o ano que se avizinha seja um ano de esperança, um ano de renovada afirmação dos valores que a Família Real procura seguir. Valores de solidariedade. Valores de honestidade. Valores de integridade e nobreza de carácter. Valores de liberdade contra os opressores das nossas vidas e dos nossos bens. Valores que foram erguidos bem alto em 1640 e que hoje gritam por uma nova Aclamação.
Viva Portugal!

O Chefe da Casa Real Portuguesa, Dom Duarte, Duque de Bragança

30 de Novembro de 2013

Financial system requires a more comprehensive reform agenda

http://www.bloomberg.com/

 «(...) a sounder, more stable financial system requires a more comprehensive reform agenda.

Governor Daniel K. Tarullo, «Shadow Banking and Systemic Risk Regulation» @ The Americans for Financial Reform and Economic Policy Institute Conference, Washington, D.C., November 22, 2013

Artes


"Assim como a morte não a pinta senão quem morre,

nem pode ser pintada senão vendo quem está morrendo,

assim o trago que passam os que navegam de Portugal para a Índia,

não o pode contar senão quem o passa

nem o pode entender senão quem o vê passar."


D. Gonçalo da Silveira, 1557