quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Marinha: indústria, emprego qualificado, exportação

«As nossas cinco fragatas são bons navios, com o casco e a propulsão em bom estado e os sensores e o armamento ainda atualizados. Contudo, os computadores do sistema de combate, das comunicações e da propulsão estão ultrapassados, sendo já difícil encontrar sobressalentes. A sua substituição terá um valor diminuto face ao investimento global nos navios, que qualquer dia ficam na base com aqueles sistemas vitais inoperativos. O upgrade destes sistemas é algo que está ao alcance, pelo menos em parte, de algumas empresas nacionais - Critical, Edisoft, EID, ESRI, Thales e outras – que assim ganhariam competências e que poderiam tentar obter contratos semelhantes no exterior. O Estado e os Privados, a Indústria e a Defesa tem de dar as mãos e conceber projetos de médio prazo que resolvam os problemas da Marinha, suscitem encomendas à indústria, criem emprego qualificado e, porque não, possibilitem a exportação.»
Almirante Alexandre Fonseca, Diretor da Revista de Marinha