«As nossas cinco
fragatas são bons navios, com o casco e a propulsão em bom estado e
os sensores e o armamento ainda atualizados. Contudo, os computadores
do sistema de combate, das comunicações e da propulsão estão
ultrapassados, sendo já difícil encontrar sobressalentes. A sua
substituição terá um valor diminuto face ao investimento global
nos navios, que qualquer dia ficam na base com aqueles sistemas
vitais inoperativos. O upgrade destes sistemas é algo que está ao
alcance, pelo menos em parte, de algumas empresas nacionais -
Critical, Edisoft, EID, ESRI, Thales e outras – que assim ganhariam
competências e que poderiam tentar obter contratos semelhantes no
exterior. O Estado e os Privados, a Indústria e a Defesa tem de dar
as mãos e conceber projetos de médio prazo que resolvam os
problemas da Marinha, suscitem encomendas à indústria, criem
emprego qualificado e, porque não, possibilitem a exportação.»
Almirante Alexandre Fonseca, Diretor da Revista de Marinha