Excessos (...) estão a fragilizar não só a liberdade de pensar como o simples bom-senso. A consequência é vivermos tempos de empobrecimento do indispensável pluralismo na abordagem dos mais diversos assuntos relacionados com a qualidade de vida em comum. Estão em causa a saúde, a justiça, a educação, a vida do dia-a-dia, entre outros exemplos. Libertar o pensamento empírico ou especulativo numa época em que as democracias estão sedimentadas pode revelar-se um caminho útil para a reinvenção do modo como os Estados tutelam as sociedades.
Gabriel Mithá Ribeiro in «O Ensino da História», Ensaios da Fundação Francisco Manuel dos Santos, Lisboa, 2012, 13.