O
cenário de transformação económica formulado para Portugal até
ao horizonte do primeiro quartel deste século implica-se
intensamente na qualificação das equipas de gestão, na
transferência de tecnologia que está disponível nos centros de
investigação para as indústrias e serviços e, não menos
importante, numa agenda política dirigida para o incremento dos
índices da qualidade de vida, isto é, elevar os níveis de
educação, de prevenção da saúde, de empregabilidade, de
participação cívica, de realização profissional, de iniciativas
empresariais qualificadas. Contudo, tal agenda só ganha pleno sentido numa
configuração político-institucional que veicule a afirmação de
consensos democráticos, distinguindo o que é essencial e o que é
supletivo, numa visão política mais longa, mais eficaz e
abrangente. Há política além do espaço de confronto das representações.