(...) o Mar é o principal factor de poder nacional, o mais importante porque modela a nossa geografia e porque contém um enorme valor, actual e potencial, em diversos domínios. Portanto, ele constitui um factor do nosso poder nacional a aproveitar por nós e a não desbaratar por cedências desprevenidas ou ignorantes, para usar apenas palavras simpáticas. Há, de facto, que evitar situações como a que ocorreu, por força do Tratado de Lisboa, da transferência para a UE da competência exclusiva para a conservação dos recursos biológicos de todo o nosso mar, logo a partir da borda de água, sem quaisquer cláusulas precaucionais.
Almirante Nuno Vieira Martins, in O Valor Prospectivo do Mar, Academia das Ciências de Lisboa, 2012.