Se, outrora, a
persistente hegemonia de uma linha ideológica se demonstrou prejudicial ao
País, tampouco é o atual pluralismo político e cultural do
País que, por si só, é capaz de espontaneamente fabricar a eficácia política que
universalmente reconhecemos tanto carecer. Consideremos, pois, uma
instituição política apartidária que acolha a afirmação estratégica democrática, que sublinhe a necessária continuidade de políticas para objetivos
comuns à democracia, para o desenvolvimento social, que realize uma lógica de participação e não reproduza a lógica de conflito. A
Instituição Real é essa instância que a democracia portuguesa carece para amadurecer
positivamente.