
Esta complexa sociedade contemporânea subtraiu-se à
hegemonia de um grupo social, seja ele de carácter religioso ou político, de
direita ou de esquerda. Assim, a Instituição
Real é, para a pluralidade democrática e diversidade cultural, a
coesão nacional e o símbolo do Estado. A doença
política e democrática a que temos assistido no seu larvar europeu
e nacional mostra-se sobretudo pelo massivo alheamento cívico, pela
perceção de perda do autogoverno, local e nacional, e exaustão da
alternativa democrática.
Os processos
revolucionários não tâm maior virtude que o paulatino reformismo.
Entendo, pois, que as grandes
transformações são aquelas que se fazem por incorporação e não
por exclusão.De um povo, que se fez grande além
de Macedónia e Roma segundo Camões, podemos justamente esperar uma
ação decisiva. Facto é que os conceitos sociais e políticos e as
fórmulas que evidenciam-se nas letras e nos laboratório, traduzem
já esse paradigma de futuro: uma democracia balanceada tanto para a
controvérsia e alternativa como para o consenso e a continuidade
estratégica, uma sociedade culturalmente plural e uma política
centrada no desenvolvimento humano, equilíbrio financeiro e fiscal,
uma economia aberta ao mar, participação cívica generalizada e ativa, uma solidariedade
condizente com uma mudança de vida, uma intensificação da produção
de pensamento estratégico e sustentabilidade ambiental.