Revisão
“Para a ética, olha-se habitualmente com um certo
desprezo sarcástico; é considerada contraproducente, demasiado humana, porque
relativiza o dinheiro e o poder. É sentida como uma ameaça, porque condena a
manipulação e degradação da pessoa. Em última instância, a ética leva a Deus
que espera uma resposta comprometida que está fora das categorias do mercado.
Para estas, se absolutizadas, Deus é incontrolável, não manipulável e até mesmo
perigoso, na medida em que chama o ser humano à sua plena realização e à
independência de qualquer tipo de escravidão. A ética – uma ética não
ideologizada – permite criar um equilíbrio e uma ordem social mais humana.
Neste sentido, animo os peritos financeiros e os governantes dos vários países
a considerarem as palavras dum sábio da antiguidade: 'Não fazer os pobres
participar dos seus próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida. Não são
nossos, mas deles, os bens que aferrolhamos.”
SS Papa Francisco