Dom Manuel II – O Rei Amigo
Sinos a repicar alegremente, foguetes a estalar nos céus, mantas coloridas nas janelas, faixas e bandeiras nas árvores, tudo sinais com que as povoações com multidões compactas, entusiasticamente, por brios ter, acolhiam o Rei.
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El-Rei Dom Manuel II de Portugal num interesse atento entregava constantemente um sorriso mostrando-se sempre o que era, pois já na sua «Doutrina ao Infante D. Luís», o douto humanista Lourenço de Cáceres Lhe recomendava “que se não aparte da afalibilidade nem dê pouca parte de si ao povo, pois que não há erro mais nocivo para quem seja de senhorear ânimos portugueses!” Berço abençoado!
Era a comunhão entre Rei e Povo, represtinada dos primórdios da humanidade que começou por se organizar sob o modelo da Monarquia, o Elo natural que só as revoluções de uma minoria que se apropriou dos meios de força e coacção conseguiu quebrar.
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Este louvor popular é a prova que a História dos últimos 104 anos tão faltado tem à Verdade, transmudada pela pena dos subjugadores, distorcida pela vontade dos caluniadores! Só esses são os nossos inimigos, pois enquanto um Rei encarna a História os políticos têm de a reescrever.
Miguel Villas-Boas