O desenho estrutural da nossa política resulta em frequentes
irresoluções, dilações e retornos. Por um lado, as reformas e as
regulações não têm sido nem ágeis, nem atempadas, nem faseadas de modo a
suavizar alguns inconvenientes delas derivadas. Por outro lado, sem
a perspetiva do longo prazo, o custo da mudança é maximizado e a
eficácia política é minimizada, e, enquanto os recursos e as
circunstâncias oscilam, os objetivos sociais são dispersados.
É necessário adicionar na nossa sociedade um eixo institucional
favorável ao consenso estratégico, sem o qual a recuperação
económica, o reforço da produção para a transação, a abertura
externa e a modernização, a orientação do investimento público
para o aumento da produtividade, a produção de pensamento
estratégico, tão determinantes para o bem comum, oscilam, definham
e se perdem.