«Onde os sintomas de
“privação relativa” dos portugueses em relação à Democracia
– no sentido da constatação de uma discrepância entre
expectativas e realidade – parecem ser maiores, e onde mais se
jogam os sentimentos gerais em relação ao desempenho do regime, é
em dimensões que constituem o contexto social, politico e
institucional no qual as eleições têm lugar: [1] os incentivos dos
eleitos para atenderem aos eleitores em vez de atenderem a outros
factores e prioridades; [2] a disponibilidade da informação
necessária para fazer boas escolhas e responsabilizar os governos;
[3] e as condições básicas de cidadania, sejam elas legais ou
sociais.»
A Qualidade da
Democracia em Portugal: A Perspectiva dos Cidadãos, Relatório
inicial de um estudo promovido pela SEDES, com o apoio da Fundação
Luso-Americana para o Desenvolvimento e da Intercampus, Pedro
Magalhães (redator), (Instituto de Ciências Sociais da Universidade
de Lisboa), Julho de 2009