Os objetivos de
desenvolvimento social, de desenvolvimento institucional e de
desenvolvimento económico, colunas políticas principais,
efetivamente, não podem realizar-se apenas no período de uma
legislatura.
A instituição
presidencial visaria colmatar descontinuidades zelando pela linha
histórica constitucional, mas apenas isto não pode servir a estratégia de
desenvolvimento, não possui poderes para tal, nem tem cultivado suficientemente a conversação para uma melhor coesão política, mas menos ainda tem concitado a continuidade e ou monitorização das
políticas estratégicas nacionais (educação, finanças, justiça, segurança).
Se há uma instituição
que, continuamente, ao longo dos séculos criou instrumentos de
desenvolvimento social, apesar da nossa pesada inércia cultural,
como as escolas obrigatórias, os liceus, as escolas superiores, os
hospitais, os serviços assistenciais, as ligações modernas
terrestres e marítimas, os grémios de cultura e livre pensamento,
os teatros, o parlamento, a divisão de poderes, a livre expressão e
associação, etc e etc, enfim, tudo o que enforma fundamentalmente a
nossa vida cívica, democrática, solidária e cultural, a par ou em
liderança com o que havia no mundo, foi a instituição real. Dou
apenas cinco exemplos desta liderança e em épocas muito
diferenciadas. Portugal instituiu o primeiro seguro marítimo; o
serviço assistencial mais completo, antigo e institucionalizado é
português (as Misericórdias); instituiu o primeiro hospital
veterinário; uma cidade portuguesa foi a segunda na europa
usufruir de luz elétrica e um jornal português foi e é ainda hoje
o segundo diário do mundo.
PFC