Entendem
algumas ideologias (presentes) que a história tem um motor
independente da ação humana, pessoal e institucional. No passado, com autoritarismo e violência, operaram ruturas (e operarão se lhes
for possível) visando impor uma ordem ideológica pela força e pela
demagogia, apresentando-se como momento de um processo histórico
inevitável e como interpretação que a si mesma se refere como
última, senão mesmo final. Ao contrário defendeu Agostinho da
Silva, Não haverá
movimento definitivo para a Humanidade enquanto esse movimento novo
aparecer como inovador, enquanto o que pretende ser revolução
final, se apresentar como revolucionária.
(As Aproximações,
Relógio
d'Água, 1990).