pormenor G.Bolonha - Rapto das Sabinas |
O
desejo, ardente ânsia
Incessante
não se aquieta
E
se refaz como respira.
Sempre
afirma e certifica
Sua
fortuna como vera e bela.
Coubesse
na vida breve,
Pudesse
enganar a morte
Como
na vida tanto desengana.
Mas
sem largueza, paz e vista
Logo
procura já imaginando
Outro
calor que tudo lhe confirme.
O
sedento sonho corre
Como
nuvens no ar consentidas.
Negar desejo é vã refrega,
Esse
camaleão muda de si, cor e sonho
Mas
não muda nunca o querer,
Dar,
mandar e receber sem sossego,
Vogando
escurecido por inquieto.
Que
forma, que lei, que costume,
Que
engano enganado aprume?
PC
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