sábado, 29 de dezembro de 2018

Artes

@ Amazon


«Era uma onda
Entre uma vaga e outra
Era uma onda
De meus cacos
De meus medos
De minha intimidade profunda
Quando a lua ficou nua
E sugou as vagas
Do meu eu por inteiro …lentamente, como sempre faz. Ferida.
Aí veio a noite, ventania e o frio
Quando o pano abriu e a peça se chamava Vida.
Agora não era uma onda
Eram olhos vendo os meus cacos
Eram mãos tocando em meus medos
Eram línguas lambendo minhas feridas… lentamente.
E doía.»
Luís Peazê