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«Era
uma onda
Entre
uma vaga e outra
Era
uma onda
De
meus cacos
De
meus medos
De
minha intimidade profunda
Quando
a lua ficou nua
E
sugou as vagas
Do
meu eu por inteiro …lentamente, como sempre faz. Ferida.
Aí
veio a noite, ventania e o frio
Quando
o pano abriu e a peça se chamava Vida.
Agora
não era uma onda
Eram
olhos vendo os meus cacos
Eram
mãos tocando em meus medos
Eram
línguas lambendo minhas feridas… lentamente.
E
doía.»
Luís Peazê
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