segunda-feira, 6 de maio de 2019

Frases

Troques ou Digitalis Purpurea subsp Purpura autóctone de Trás-os-Montes


Primeiro texto, inspirado em JPP @ A Lagartixa e o Jacaré, «O ultimato ao Reino Unido», Visão, escrito por mim às 06.30 de 06-05-2019, mas publicado inicialmente em 02-12-2018.

[Havendo] uma entidade supranacional europeia que, não tendo mais legitimidade democrática do que os parlamentos nacionais, os "fundadores" da Europa, teriam de ver como uma enorme imprudência o acelerar do aprofundamento da união política da Europa. Por muito federalistas que alguns fossem... também saberiam muita história.”




Segundo texto, inspirado por mim às 07.00, 06-05-2019, sob o único efeito de café solúvel Nestlé Gold.

A falta de solidariedade, de cooperação (a todos os níveis), o instinto de preponderância e até de agressividade de alguns países europeus, aos mais diversos níveis, uns contra outros, nada pode ou poderá augurar nada de positivo, ainda para mais com poderes externos à UE com vontade de desagregar-lhe os intentos próprios políticos ou de reunir a si a sua potência económica (escolher EUA e Rússia). Não vejo na última parte nada de negativo (isto é, reunir a sua potência económica a outros elementos fora da Europa)... desde que a Banca passe a estruturar-se como era antes de Clinton, uns eram bancos financeiros e outros eram comerciais ou dando garantias todos pela insolvência de outros (et pluribus...), com o interesse de se moderarem uns aos outros, coisas que em 140 anos não tem existido. E não digo 140 anos por dizer. Há um estudo de caráter científico, isto é, elaborado por gente com honestidade intelectual, sempre e renovadamente comprovada, e outros tantos escritos que o coadjuvam a afirmar isto mesmo: Os banqueiros não se moderam uns aos outros, resultando as crises financeiras de há 140 anos em falta de credibilidade do crédito concedido. Um pleonasmo concedido pois me parece bem representar o absurdo da situação...

A Europa, sem a mais desenvolvida tecnologia para o lar (olhemos para os nossos electrodomésticos e vejamos onde foram primitivamente criados) e para ferramentas industrais... sem a mais avançada tecnologia para a defesa e segurança, não se pode almejar a paralelos e menos a hegemonias, regionais ou outras, como nos ensinam as continuidades e as ruturas históricas (desde que há memória humana...). 

Os que não têm criado inovações tecnológicas organizam-se. Mas infelizmente com o rosto da raiva, da vingança e na forma da morte de inocentes. Todavia, com tanta inovação não esqueçamos o básico, que a técnica mais antiga e eficaz entre todas é a capacidade de organização humana nas mais diversas formas. E que o erro na organização complexa de quem somos, de quem não respeita os princípios que nos fazem distinguir como humanos, apresentou o que de mais errado fizemos (perseguisões, genocídios, terrores, fome, indignidade). Já Montesquieu criticava os EUA de terem sido tomados pelo frenesim francês de tudo resolver pelo seu governo central, diminuindo a capacidade de organização da sociedade civil para solucionar os seus problemas. Mais recentemente, no mesmo sentido, mas com experiência já no terreno, ver um resumo de Derk Loorbach, To Transition! Governance Panarchy in the New Transformation, 31 de Outubro, 2014, Erasmus University of Rotterdam: Ruptura e Transição. Mais , ainda também neste mesmo sentido, temos o pensamento de Niall Ferguson, 2018.

Nós, por exemplo, temos a tecnologia mais desenvolvida para a segurança submarina dos portos (e etc). Mas a credibilidade e a aposta em pensamento estratégico, e desenvolvimento de estratégia, são cruciais. O pensamento estratégico é e foi o que sempre distinguiu progressos dos seus contrários.

Nem eu aprecio hegemonias (culturais ou militares), em parte alguma, mas a colaboração, esta sim é indispensável (especialmente com quem não tem, como se dizia em Portugal há mais de 500 anos, o “espírito muito levantado”). Felizmente, Portugal tem uma imensa credibilidade internacional e todos o querem como neutral, e sem hegemonias culturais que o definam caricatural e hipocritamente. A neutralidade será a função geostratégica mais própria e mais conveniente para todos. Mas prepararmo-nos para ela implica um reforço imenso do pensamento estratégico dirigidas às atividades domésticas. Leia-se acerca disto mesmo em, por exemplo, Make domestic challenges central em Graham Allison, 2017, págs 238 e sgs...

Nota: Por incúria pessoal, certamente, não consigo, por mais que tente, editar este texto num único estilo. Parece fácil, mas aqui foi impossível. Desculpem os leitores. Não vou passar culpas ao sistema operativo do «blogspot»...