Se têm sido continuamente
solicitadas à sociedade mudanças de comportamento e
a sociedade portuguesa já
tem clara a necessidade de construir uma renovação dentro do
próprio sistema político.
É necessário elaborar uma solução democrática, com pessoas
vocacionadas para a administração do interesse público, com uma
assembleia ainda mais forte, capaz de soluções positivas. Ampliar a
representação do todo nacional pela Instituição Real, uma unidade
sem divisões, um regime que o dinheiro não pode comprar,
completamente apartidária e economicamente independente, um regime
universalmente aceite internacionalmente, que evidencie valores
comuns, que evidencie sem fações a lógica da participação sobre
a lógica do confronto, uma instância de unidade e coesão nacional,
para o equilíbrio de poderes, estável e intergeracional, vivendo ao
mesmo tempo do Povo, não no vai e vem dos políticos, mas uma
instituição que é acolhimento e voz da sequência estratégica
democrática e última instância de apelo para os que não têm voz.
Entendo ser necessário afirmar uma estrutura política não conflitual, não proveniente dos partidos, que permite uma vida democrática mais completa, onde o semicírculo parlamentar se complete com uma mesa estável e de conversação permanente para os acordos estratégicos fundamentais, proporcionando a continuidade e a monitorização daquelas políticas que sejam democraticamente consideradas objetivos comuns.
Pedro F. Correia