terça-feira, 28 de abril de 2020




                
Gonçalo Magalhães Collaço, “Do Mar. Em Exaltação de Portugal”, Edições Revista de Marinha, Dezembro 2019, 205 págs.

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Da Nação Marítima que Somos para Ser

O Mar, um dos nossos maiores activos geopolíticos e geoestratégicos, e maior recurso económico, terá de ser assim entendido para ser a realização mais importante para o País. Todavia, as políticas que têm o Mar como perspectiva estão longe de haver desenvolvido o seu potencial social, político, económico e estratégico para o País.
Acender a «consciência de si» em Portugal enquanto Nação Marítima, está em directa proporção com o potencial interpretativo requerido para nos conduzir a uma maior soberania, isto é, a uma maior liberdade. A política com pouca consciência desta Nação Marítima vogará apenas.
A Nação Marítima «que é, e é para ser» Portugal, requer uma «transmutação de visão e atitude». É para uma convolação, para uma alteração qualitativa no modo de pensar Portugal pelo Mar que esta obra nos convoca. E não há, a partir desta exposição, qualquer tipo de escusa para não colocar na vanguarda das políticas as várias vertentes de intervenção necessárias e que ficam claramente explícitas e explicadas nesta obra.
Salienta-se a importância da cultura estratégica, especialmente oportuna para considerar a compreensão do Mar como Desígnio Nacional. Uma perspectiva que começa a ser elaborada desde 2004 com o Relatório da Comissão Estratégica dos Oceanos, a seguir, em 2009, com o Hypercluster da Economia do Mar de Ernâni Lopes, e ainda depois com a Estratégia Nacional para o Mar 2013/2010, além desta preocupação haver continuado a ser sublinhada pela Directiva Estratégica EMGFA 2018-2021.
Porém, deixou-se entretanto politicamente de sermos plenamente actuantes, quanto mais actantes, protagonistas, para o qual esta obra apresenta variadíssimas disposições nesse sentido. A cultura estratégica, que inclui a prospectiva, tem estado, à evidência, ausente da cultura política, pois as atenções não se têm aplicado ao grau de interesse manifesto pelo discurso dos Executivos. Todavia, esta é uma situação, a ausência de cultura estratégica, que Graham Allison (Destined for War: 2017), do Belfer Center for Science and International Affairs, Harvard, refere várias vezes com assombro, indicando inclusivamente departamentos que teriam de ter essa cultura e essa preocupação como central. Não podemos afirmar, pois, que seja este um problema português. Mas, por isto, mais premente se torna que não nos atrasemos, mas antes nos adiantemos no diálogo europeu e internacional e mais contribuamos.
A nossa tradição marítima afirma-nos como mestres de um Pensamento Marítimo, global, olhando para o mundo como ele veio a ser, cultural e politicamente, científica e empiristicamente, reconfiguradores da interconectividade europeia e mundial. Não tenhamos, pois, quaisquer reservas em pensar o Mar no interesse estratégico do País que, nunca poderá ser alheio aos interesses de uma estratégia global. Já assim fomos, e somos, e temos de ser, enquanto sempre tivemos e temos o Mar como nosso limite mais longo e profundo.
A profundidade temporal desta obra, pelas referências que expõe, exibindo conexões que persistem, numa Europa de poderes, senão conflituantes sempre com objectivos específicos diferenciados, são bastantes para proporcionar homogeneidade a uma Estratégia Portuguesa para o Mar; especialmente indicando o que não pode ser continuado em apatia ou disfunção política e salientando a relevante função de todos os sectores em criar valor neste sentido. Os constrangimentos financeiros impostos foram ultrapassados de formas criativas em várias intervenções, com as PPP’s ou com unidades de gestão semi-privadas, como é o caso mais recente da Florestugal, e o mesmo pode acontecer para superar o constrangimento dos 2% do PIB atribuídos às Forças Armadas, ideias há muito expostas pelo saudoso General Loureiro dos Santos. Algo de facto se realizou neste sentido, mas a continuidade dessa acção quase estacionou, e, como ficará a relação com a Tyssen relativamente à activação de nosso potencial para a manutenção de várias classes de submarinos em Portugal ainda está para se ver... Não podemos por falta de imaginação, não quero pensar em inacção, ficarmos por enunciados optimistas sem abranger de fundo a projecção que o Mar nos propicia, interna e externamente.
Sem que se assuma e se evidencie, esta obra produz os bons resultados que a metodologia da História Aplicada tem proporcionado (...) (a recenção continua na Revista de Marinha)

sexta-feira, 17 de abril de 2020

terça-feira, 14 de abril de 2020

sábado, 11 de abril de 2020

ESTAÇÃO


Quem acorda com palavras de Amor? Até mesmo, conseguindo escolher quais as que lhe falam com mais amor ainda...? Só me resta esperar o canto dos pássaros e a felicidade será hoje minha.

MPC

segunda-feira, 6 de abril de 2020

domingo, 5 de abril de 2020

Do Mar




«Tendo falhado as duas primeiras “revoluções industriais”
(a do carvão/ ferro e a do petróleo/plásticos) Portugal tenta agora lograr um bilhete para a era “da informação e da robótica”, num contexto em que as sociedades experimentam uma profunda “revolução nos costumes”, que pode tudo permitir mas também tudo arruinar, e que a própria ciência sociológica tem dificuldade em acompanhar. Mas a sua escala demográfica, os atrasos acumulados e alguns traços “patogénicos” serão óbices difíceis de superar. Mas “o mar” continua aberto à nossa frente.»

João Moreira Freire, «O que faz hoje a riqueza das nações?» 127-136, in Roteiros, Nova Série, 2019, N.o 13, Instituto D.João de Castro.