Os
portugueses estão mais pobres ou estão a empobrecer, ou são
demasiado velhos ou são jovens que não encontram oportunidades, que
querem andar para a frente e têm um País a ajustar-se no
macro-económico mas sem esperança para o dia seguinte.
Em
primeiro lugar é preciso reconhecer que o contrato social é a fonte
mais clara do poder político. E ele tem vindo a desfazer-se. O
contrato social é o suporte de todas as comunidades políticas
através dos tempos. É ele o bem-comum por excelência que se não
projeta sem uma visceral ligação com o poder político.
A
situação gerada pelas últimas eleições contém aspetos novos
para a democracia portuguesa, sem comparação com o passado dos
últimos quarenta anos. Há um movimento informal que está a
desenvolver-se no âmbito nacional e internacional. É a crise da
democracia que está à vista, um dos últimos aspetos de soberania a
não perder. Se nem o euro apresenta as convergências sociais
prometidas... A possibilidade de dispor o dinheiro para investimento
no crescimento com as empresas, como o estão a fazer recentemente a
Tailândia e a Noruega, e sem que a sua inflação sofra alterações,
na zona euro tal não é possível, senão ao abrigo de programas que
não são pensados para Portugal. Medidas que o último relatório do
BP relativamente ao crescimento previsto para 2015-2017 a tal
aconselharia.
PFC
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