«Nos últimos 10 anos,
concluiu-se que a tecnologia muda a sociedade e até a
governabilidade, mas pode não ter impacto económico direto. A
produtividade é que aumenta a riqueza a médio e longo prazo, e há
tecnologia de impacto social que não a cria. Depois de 10 anos de
redes sociais, ninguém diz que a nossa civilização está mais rica
por causa do Facebook. O problema não é faltar dinheiro ao estado
social, mas ter sido pensado para uma sociedade produto da Revolução
Industrial.»
Nuno Garoupa, in Visão
Com pouca atividade
industrial o emprego torna-se muito mais volátil. O País esgotou-se
no projeto de entrar na União Europeia e na moeda única. Não só
temos de educar de forma mais elástica, mas também integrarmo-nos
em áreas de crescimento potencialmente globais (nos produtos
farmacêuticos, atividades culturais, produtos alimentares –
incluindo a piscicultura e outras atividades relacionadas com o mar –
o nosso grande património).
Se o pastel de nata já é
exportado congelado, nós, que temos a mais variada e rica doçaria
da europa, temos de avançar ainda mais neste sentido. A miríade
de empresas a confecionar produtos associados com desenho artístico
ou com um perfil de alta qualidade no setor alimentar também captam
a potencialidade de internacionalização, porém,
na maioria dos casos, sem capacidade de alterar muito
significativamente a sua escala de produção, devido à exigência
de qualidade manufatureira ou à escassez de capital para obviar uma
grande comercialização e produção.