quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O problema Indústria



«Nos últimos 10 anos, concluiu-se que a tecnologia muda a sociedade e até a governabilidade, mas pode não ter impacto económico direto. A produtividade é que aumenta a riqueza a médio e longo prazo, e há tecnologia de impacto social que não a cria. Depois de 10 anos de redes sociais, ninguém diz que a nossa civilização está mais rica por causa do Facebook. O problema não é faltar dinheiro ao estado social, mas ter sido pensado para uma sociedade produto da Revolução Industrial.»







Com pouca atividade industrial o emprego torna-se muito mais volátil. O País esgotou-se no projeto de entrar na União Europeia e na moeda única. Não só temos de educar de forma mais elástica, mas também integrarmo-nos em áreas de crescimento potencialmente globais (nos produtos farmacêuticos, atividades culturais, produtos alimentares – incluindo a piscicultura e outras atividades relacionadas com o mar – o nosso grande património).



Se o pastel de nata já é exportado congelado, nós, que temos a mais variada e rica doçaria da europa, temos de avançar ainda mais neste sentido. A miríade de empresas a confecionar produtos associados com desenho artístico ou com um perfil de alta qualidade no setor alimentar também captam a potencialidade de internacionalização, porém, na maioria dos casos, sem capacidade de alterar muito significativamente a sua escala de produção, devido à exigência de qualidade manufatureira ou à escassez de capital para obviar uma grande comercialização e produção.