in TSF |
quinta-feira, 20 de julho de 2017
terça-feira, 11 de julho de 2017
Análise da Situação Política
Pieter Brueghel o Velho - The triumph of death (excerto) |
É
consensual que os nossos problemas decisivos têm sido políticos:
- De organização (a mais antiga e eficaz das tecnologias humanas),
- De consenso (porque não existe uma mesa onde a conversação possa convergir em vez de sempre divergir),
- Insistimos em práticas que não se demonstram fecundas,
- Não procurando propostas fundamentadas (ausentando a Academia nos processos de decisão).
Uma
transformação económica exige uma profunda transformação
política.
Se
têm sido continuamente solicitadas à sociedade mudanças de
comportamento, adaptações e sacrifícios, também a sociedade
encontra necessidade de mudança na política.
Se
havemos de passar a um novo patamar económico, político e cultural, são imprescindíveis a continuidade estratégica, a
monitorização dos programas em realização, os consensos sobre
objetivos comuns à democracia e o reforço da credibilidade do
Estado.
A
política decorre na livre contenda de interesses e opiniões. Os
conflitos expressam-se na discussão democrática. O nosso modo de
viver é plural. Mas tampouco é o atual pluralismo político e
cultural do País que, por si só, espontaneamente, fabricará a
eficácia política que unanimemente reconhecemos fundamental e
requeremos.
Mas
sem uma mudança política, assertiva, clara e definidora, por
resposta vigorosa e democrática, nada mais poderemos alcançar.
(Continua)
sábado, 8 de julho de 2017
Imagens de Portugal
(...) Tão de repente,
Realidade, tu poisaste o teu pé
Nas pegadas do mar, disseste
águas, exorbitaste dos olhos,
e repetiste: lágrimas. Chamaste
a coroa das palavras, o nome
de todas as palavras, neste lugar:
a língua, no tempo de Portugal. (...)
Fiama Hasse Paes Brandão,
«Teoria da Realidade. Tratando-a por tu» (excerto)
in Cenas Vivas, Lisboa, Relógio D'Água, 2000 (1997)
segunda-feira, 3 de julho de 2017
Análise da Situação Política
As
crises ou problemas sociais, económicas e financeiros que se nos
antepõem são, em primeiro lugar, problemas da organização
da sociedade em que vivemos e da política que praticamos.
A
abertura da nossa economia não é explicação para os problemas que
hoje enfrentamos. Sabemos que o modo como foram geridas as
relações do Estado com suas várias parcerias e as
irresponsabilidades da Banca estão no centro do descalabro
financeiro, dos problemas económicos e da retração da expetativa
dos portugueses.
O
nosso percurso social e económico foi constituído de alguns poucos
anos de entusiasmo e por muitos de preocupação.
Porém,
recuso atribuir atrasos e percalços a problemas de índole social ou
nacional.
Mas falta adequação pedagógica e falta consistência nas
políticas de prevenção.
Sabemos
que colhemos o fruto da falta de estratégias orçamentais a longo
prazo.
É
preciso voltar a pôr questões políticas essenciais. (Continua)
domingo, 2 de julho de 2017
Leituras
«O estudo das formas do passado ajuda, sem dúvida, a compreender o funcionamento da complexa realidade em ue estamos inseridos e a tomar consciência dos limites dentro dos quais é possível alguma mutação ou mesmo a elaborar estratégias adequadas para transformar num sentido positivo uma realidade cultural, social ou económica que já não corresponde às necessidades do mundo actual.»
in José Mattoso, Identificação de um País, Vol I, Ed.Estampa, 1985, pág 25.
Subscrever:
Mensagens (Atom)