As
crises ou problemas sociais, económicas e financeiros que se nos
antepõem são, em primeiro lugar, problemas da organização
da sociedade em que vivemos e da política que praticamos.
A
abertura da nossa economia não é explicação para os problemas que
hoje enfrentamos. Sabemos que o modo como foram geridas as
relações do Estado com suas várias parcerias e as
irresponsabilidades da Banca estão no centro do descalabro
financeiro, dos problemas económicos e da retração da expetativa
dos portugueses.
O
nosso percurso social e económico foi constituído de alguns poucos
anos de entusiasmo e por muitos de preocupação.
Porém,
recuso atribuir atrasos e percalços a problemas de índole social ou
nacional.
Mas falta adequação pedagógica e falta consistência nas
políticas de prevenção.
Sabemos
que colhemos o fruto da falta de estratégias orçamentais a longo
prazo.
É
preciso voltar a pôr questões políticas essenciais. (Continua)