sábado, 21 de setembro de 2019

Portugal na vanguarda

 
Artigo completo aqui


Portugal foi agraciado com o prémio "Accessible Tourist Destination 2019" pela Organização Mundial de Turismo em parceria com a Fundação ONCE.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Monarquia? Para quê?




Assegurar a eficácia a objetivos políticos comuns à democracia requer um diálogo que considero inadiável. Usufruindo nós de liberdade e democracia, falta-nos ainda o ajuste institucional, o concerto devido à experiência política das últimas décadas e perante o futuro. Pois, não é somente por dispositivos técnicos, económicos ou financeiros, mas é também por diferença institucional que nos dinamizaremos positivamente.

O comparável em outras sociedades, até em algumas sociedades com executivos tendencialmente de esquerda moderada, mas sem corrupção... e que são monárquicas também, quanto ao desenvolvimento humano (literacia, empregabilidade, boas práticas de saúde, etc) dão que pensar…

São esses os países monárquicos da Europa em que melhor se vive! Segundo organizações internacionais completamente credíveis (ONU e muitas outras), todas, elencam os países monárquicos como os que têm a melhor qualidade de vida na Europa. 
 
Já me perguntaram com algum tom irónico,...como se o que digo atrás não fosse claro para todos os que vivem neste planeta e sabem ler relatórios e gráficos (nada herméticos… tudo claro como água limpa), e que consecutivamente, ano após ano, dão sempre o mesmo resultado às monarquias europeias...já me perguntaram, dizia, ironicamente, e percebo a ironia aqui como um olhar para o dedo que aponta a árvore para não querer ver a árvore… perguntaram-me, dizia, assim: «Então e a Espanha?» E perguntam assim porque, ou não deverão conhecer suficientemente bem Espanha ou apenas para defender com a ironia salgada um republicanismo obviamente decadente, tão decadente que ainda mata a democracia, e por todo o mundo. 

A Espanha não pode servir aqui de exemplo porque a disparidade de qualidade de vida é tão grande em suas tantíssimas regiões autónomas que, no seu todo, não pode servir de comparação. Se isto não é honesto intelectualmente solicito que me digam o que é ser honesto intelectualmente, só podemos comparar o comparável. É claro que a Espanha naqueles relatórios que mencionei é uma exceção ao comparado... Mas considerem-se as Regiões espanholas mais desenvolvidas socialmente e chegamos à mesma conclusão. 

A Espanha é tão grande e tão diferente dentro de si que não podemos compará-la, naqueles moldes dos inquéritos que dão lugar aos tais relatórios, como um todo. Esta minha preocupação epistemológica, para usar um termo erudito, e sem pedir desculpas por o usar, tem a haver com o rigor de nossos argumentos monárquicos, que têm de ser completamente honestos intelectualmente, como em todas as outras dimensões, sem golpes baixos como vemos por aí! Continuo a apelar para uma maior elevação de nossos debates pela monarquia e, em geral, no País!

Mas também, e sobretudo, pela aprendizagem de nossa história recente, recente repito, desde 1820... afirmo que poderemos estabilizar a democracia com maior equilíbrio de poderes e com uma instituição económica independente e sem fação, que vive num prolongamento temporal igual ao do Povo, fora da conflitualidade e do descrédito em que o conflito permanentemente insultuoso se traduz. Enfim, poderemos renovar, ampliar e desenvolver a democracia com uma mesa (ou carlinga, termo de navegação que significa o lugar onde o mastro penetra) para a conversação permanente, para atingir e afinar os objetivos comuns à sociedade e à democracia portuguesa.

Poderíamos estabilizar a democracia com maior equilíbrio de poderes e com uma instituição e o dinheiro não pode comprar, sem medo, independente e sem historial de fação partidária.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Vanguardas portuguesas




By studying the rocks inside impact craters like this one, ESA research fellow Joana S. Oliveira (personal presentation @ ESA) has found that the location of Mercury’s magnetic field has changed over time in surprising ways.

Just like Earth, Mercury has a liquid metallic core, the motions within generating the magnetic field. On Earth, our magnetic north and south poles drift between about 10 and 60 km per year, with our planet’s magnetic field orientation flipping more than 100 times in the course of its 4.5 billion years.

Joana used data from NASA’s MESSENGER mission, which orbited Mercury from 2011-2015, to try to better understand the magnetic history of the innermost planet. The results of the study will help inform investigations to be conducted by the joint ESA/JAXA BepiColombo mission that is on route to the planet, arriving in 2025.

Joana and her colleagues used spacecraft observations from five craters with magnetic irregularities. One of the craters, named Rustaveli and found in the northern hemisphere, is pictured here. The craters were suspected to have formed during a time with a different core magnetic field orientation than that of today. The researchers modeled Mercury’s ancient magnetic field based on the crater data to estimate the potential locations for the poles in the past.

While it is not unusual for a planet’s field to change, the new results reinforce the idea that Mercury’s magnetic evolution was very unlike Earth’s. The dual scientific orbiters of the BepiColombo mission will gather unique magnetic field data and potentially narrow the study’s conclusions, while also helping us to place our own planet’s magnetic evolution in context.

The new research is published in the AGU Journal of Geophysical Research.
Read a review of the article on the AGU blog. (excerto)

domingo, 1 de setembro de 2019

Poesia - Mar Absoluto (excerto)




[O mar] (…) Aceita-me apenas convertida em sua natureza:
plástica, fluida, disponível,
igual a ele, em constante solilóquio,
sem exigências de princípio e fim,
desprendida de terra e céu. (…)

E recordo minha herança de cordas e âncoras,
e encontro tudo sobre-humano.
E este mar visível levanta para mim
uma face espantosa.
E retrai-se, ao dizer-me o que preciso.
E é logo uma pequena concha fervilhante,
nódoa líquida e instável,
célula azul sumindo-se
no reino de um outro mar:
ah! do Mar Absoluto.

Cecília Meireles, Mar absoluto (excerto), in Mar absoluto,1945