Os objetivos
sociais precedem as escolhas técnicas e os objetivos políticos
precedem as questões económicas.
terça-feira, 29 de julho de 2014
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Da evolução do internacionalismo
(…)
[Uso] o termo “patriotismo” num sentido vago de um sentimento
comum de partilha a uma mesma comunidade com identidade histórica e
nacional, linguística, cultural, territorial, que define
fronteiras e interesses comuns e que pressupõe que esses interesses
têm que ser defendidos num quadro de competição ou conflitualidade
com outros interesses. É o sentimento de risco permanente, logo de
defesa activa, dos interesses de uma comunidade nacional, que é o
elemento dinâmico daquilo que se possa chamar patriotismo. (…) A
chave deste processo de abandono da noção de Pátria (…)
[acompanha] a evolução do “internacionalismo”
clássico da tradição comunista para um “europeísmo”,
muito evidente no Livre e em parte do Bloco. Por uma daquelas ironias
em que a história é fértil, o PCP, perdida a referência
internacionalista da URSS e do comunismo mundial, acaba por ser nos
dias de hoje o mais patriótico dos partidos e aquele que mais
resiste à deslocação dos centros de poder nacionais para o quadro
europeu.
quinta-feira, 24 de julho de 2014
A democracia requer restruturação
Vivemos
em sociedades abertas e complexas. Se esta variada confluência
cultural contribui para diminuir a pertença comunitária nos moldes
tradicionais e nos contextos próximos de socialização, e se,
paulatinamente, as estruturas tradicionais perdem representatividade,
a democracia requer uma restruturação necessária para adequar-se e
sobrelevar esta nova situação. Se a participação e a interação
das pessoas com os vários grupos sociais já não é mediada pela
tradição familiar, mas pela necessidade de realização pessoal, de
objetivação social, e, se as instituições legitimadoras cada vez
mais conflituam, apresenta-se-nos um vazio político para onde tem
convergido o descontentamento. Contudo, tem sido este
descontentamento incapaz de se formular em movimento político
coerente e profundo temporalmente. Assim, a forma democrática requer
uma alteração de modo a que a representatividade nacional, e
especialmente a do todo nacional, se revejam numa cultura de fundo e
numa instituição suficientemente abrangente que concite os
objetivos comuns à democracia. Continuam
a haver
atributos definidores da cultura nacional: uma culinária que conjuga
o ocidente com o oriente, uma língua com um grande leque fonético e
semântico, uma história de quase 900 anos em liberdade política (o
Reino de Portugal nunca foi assimilado ao Reino de Espanha),
fronteiras geográficas bem definidas (à exceção de Olivença),
uma literatura com fortes referências a esse campo ímpar de
aprendizagem humana que é a história nacional, e enfim, capacidade
de iniciativa pela emigração, pela nossa conjugação na CPLP e na
UE, ou por, desde sempre e em todos os âmbitos havermos produzido
novos conhecimentos relevantes ao mundo. Porém, não havendo lugar nesta
complexa sociedade contemporânea para uma hegemonia de um grupo
social, seja ele de carácter
religioso ou de carácter político, a
Instituição
Real é, para a maior multiplicidade, a melhor coesão. A
doença
política e democrática a que temos assistido no seu larvar
mostra-se sobretudo pelo alheamento cívico e pelo descontentamento
assim expresso, pela perceção de perda de autogoverno e de força
alternativa democrática (devido ao nosso exíguo leque de realismo
político no parlamento nacional e devido à falta de realismo social
de algumas medidas europeias). É decisiva pois a seguinte questão:
“(...) que sentido tem a democracia portuguesa se os eleitores
portugueses vão deixar de poder escolher quase tudo que é decisivo
para o seu país e para as suas vidas?” JPP. Não
acredito que os processos revolucionários tenham maior virtude que
outros, por serem eivados de uma mística e carismas que a dura normalidade não os possua. Entendo, pois, que as grandes
transformações são aquelas que se fazem por incorporação e não
por exclusão.
terça-feira, 22 de julho de 2014
Múltiplo
As
vias multiplicaram-se, já não existem caminhos únicos. Temos a
liberdade de assumir os nossos valores e inventar novos. (...) A
perplexidade surge quando decobrimos incoerências e contradições
ou quando somos confrontados com um problema ao qual podem ser
aplicados princípios conflituantes.
Mendo
Henriques e Nazaré Barros in Olá,
Consciência!
266
Poetry
Art Class
Let us begin with a simple line,
Drawn as a child would draw it,
To indicate the horizon,
More real than the real horizon,
Which is less than line,
Which is visible abstraction, a ratio.
The line ravishes the page with implications
Of white earth, white sky!
The horizon moves as we move,
Making us feel central.
But the horizon is an empty shell—
Strange radius whose center is peripheral.
As the horizon draws us on, withdrawing,
The line draws us in,
Requiring further lines,
Engendering curves, verticals, diagonals,
Urging shades, shapes, figures…
What should we place, in all good faith,
On the horizon? A stone?
An empty chair? A submarine?
Take your time. Take it easy.
The horizon will not stop abstracting us.
James Galvin in JPP
Let us begin with a simple line,
Drawn as a child would draw it,
To indicate the horizon,
More real than the real horizon,
Which is less than line,
Which is visible abstraction, a ratio.
The line ravishes the page with implications
Of white earth, white sky!
The horizon moves as we move,
Making us feel central.
But the horizon is an empty shell—
Strange radius whose center is peripheral.
As the horizon draws us on, withdrawing,
The line draws us in,
Requiring further lines,
Engendering curves, verticals, diagonals,
Urging shades, shapes, figures…
What should we place, in all good faith,
On the horizon? A stone?
An empty chair? A submarine?
Take your time. Take it easy.
The horizon will not stop abstracting us.
James Galvin in JPP
Seguem-se das palavras efeitos muito aproximados ao tencionado «igual a» credibilidade
«(...) [The] increase in the
euro's value against the dollar since 2011 had driven down the price of
commodities such as fuel in euro terms, contributing to low inflation. (…)
[The] central bank might take steps to encourage banks to lend more. (…) [Mario
Draghi also] cited data showing that even
profitable companies in (...) Portugal have trouble getting banks loans.
(…) [One-third] of Portuguese companies face credit constraints, Mr Draghi
said, compared with only 1 percent in Germany and Austria. (…) There has been
speculation the European Central Bank might
issue cheap loans to euro zone banks, with
strings attached to ensure they lend the money to businesses rather than
investing bonds, as that happened in the past.
Pensamento e arte
«O
que se faz hoje será o que haverá amanhã.»
Dantas Pereira, 01 de Outubro de 1801
Subscrever:
Mensagens (Atom)