«Os desafios que Portugal
tem pela frente são tão grandes que não podem coexistir com a
indiferença da população. Porque só a atenção, o espírito
crítico e a participação podem obrigar o Estado a respeitar quem
serve e a respeitar-se a si próprio. Só isso pode obrigar os
partidos a procurar consensos e a fundamentar as suas posições, sem
ser em ciclos políticos de curto prazo, como se gerir um país ou
preparar a vida de gerações futuras fosse o mesmo que reagir a
pequenos escândalos. Não adianta pôr a pressão nos dirigentes,
nos políticos ou nas elites. Essa pressão só é legítima e
consequente se for acompanhada por todos, se o desabafo fácil e
desinformado for trocado por algum esforço de compreensão e
participação.»
Ricardo Costa in Portugal. Manual de Instruções