segunda-feira, 30 de junho de 2014
With strings
«(...)
[The] increase in the euro's value against the dollar since 2011 had
driven down the price of commodities
such as fuel in euro terms, contributing to low inflation. (…)
[The] central bank might take steps to encourage banks to lend more.
(…) [Mario Draghi also] cited data showing that even
profitable companies in (...) Portugal have trouble getting banks
loans.
(…) [One-third] of Portuguese companies face credit constraints, Mr
Draghi said, compared with only 1 percent in Germany and Austria.
(…) There has been speculation the European
Central Bank might issue cheap loans to euro zone banks,
with
strings attached to ensure they lend the money to businesses
rather than investing bonds, as that happened in the past.
Jack
Ewing (Sintra, Portugal), «E.C.B.seeks a strategy for staving off
deflation», International
New York Times,
Tuesday, May 27, 2014, p.15
sexta-feira, 27 de junho de 2014
Controvérsia, um mês depois
I
«Social media lets us pretend
to know something about everything. In reality, we've outsourced our
opinions. (…) The data stream can't be shut off. It pours into our
lives a rising tide of words, facts, jokes, GIFs, gossip and
commentary that threatens to drown us.»
Karl Taro Greenfeld @ The End of
Cultural Literacy, INYT, 27 de Maio 2014
II
A amplitude do campo de produção informativa (sobretudo na rede digital) apenas permite um panorâma impressionista. Penso que não há problema quanto a isso, enquanto houver consciência de que as fontes de informação irregulares estão sujeitas à propaganda, isto é, à manipulação, pois não se encontram institucionalizadas na democracia e não respondem a tutelas políticas e a organismos sancionatórios (conselhos de redação etc). No entanto, ficamos preocupados quando questionando os estudantes acerca da temática que os preocupa, como resposta não obtemos referências relativamente à sua própria localidade, à sua própria situação existencial, à sua direta interação, mas a tudo o que vem dos meios de comunicação de massa.
P.F.C.
25-27 de Junho 2014
Poesia (Dueto)
Lágrimas
são de míseros amantes;
A
viva flama, o nunca morto lume,
Desejo
é só que queima e não consume.
(Luís
Vaz de Camões, L, IX,31)
Oh,
quem nunca conhecera
todo
bem que descobri
em
vos ver, porque a si
e
a ele não perdera.
(D.Francisco
de Portugal)
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Revisitações
«Democracy
in government, brotherhood in society, equality in rights and
privileges, and universal education, foreshadow the
next higher plane of society
to which experience, intelligence and knowledge are steadily tending»
[Lewis Henry Morgan, 1877; 552]. What is this “higher plane”? It
is here that Morgan seemingly succumbs to the error made by such
thinkers as Rousseau and Marx: the confusion between communitas,
which is a dimension of all societies, past and present, and archaic
or primitive society. “It will be a revival” he continues, “in
a higher form, of the liberty, equality and fraternity of the ancient
gentes.” Yet, as most anthropologists would now confirm, customary
norms and differences of status and prestige in preliterate societies
allow little scope for individual liberty and choice (…).
VictorTurner, The Ritual
Process. Structure and Anti-Structure, Aldine
de Gruyter, New York, 1969, p.130.
Uma coisa inédita
Temos
é de fazer uma coisa inédita e inovadora na política portuguesa
que é sentarmo-nos à mesa e começar a negociar ["a escrita conjunta
de um Memorando de Desenvolvimento, sabermos onde é que Portugal vai
estar daqui a cinco ou dez anos na tecnologia e na qualificação da
força de trabalho"].
RuiTavares, Jornal i,
12 de Maio 2014, p.23
Poesia
Vasco Fernandes, 1506-1511 |
Do
Egipto pereceram as pirâmides e o mausuléu;
e
o rico templo Eles, de marfim feito, os tempos desfizeram;
as
estátuas de Scopas não puderam sustentar-se contra eles,
nem
as tábuas gentis do insigne Apeles.
Mas
vós, musas, aos vossos das injúrias dos tempos segurais,
e
quaisquer feitos vossos às leis da eternidade consagrais.
Com
a lira de Orfeu ressucitais a virtude esquecida,
qual
Euridice morta à doce vida.
LVCamões
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Pensamento
«(...) le système est toujours d'une complexité incroyable, qui cache parfois des absurdités (...)»
Antoine Bozio, Le Monde, Mardi, 27 Mai 2014,
Dossier, p.27
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Controvérsias (União Europeia)
(…) [A] União Europeia vive
mal com a opinião dissidente e é forte a tentação de se impor aos ditames
populares, escolhendo vias obscuras para ultrapassar o que se pensam ser
dificuldades momentâneas, como aconteceu no Tratado Constitucional em
referendos e a posterior aprovação de um tratado em muitos aspetos idêntico sem
consulta popular. (…) Por mais que se procurem as diferenças, vinga a perceção,
tanto no espaço europeu como nacional, que nada de essencial distingue (…) [as]
famílias políticas, que da alternância não surge uma real alternativa. Muitos não votam nas
eleições europeias, porque consideram que o seu voto não pode mudar as
políticas, perante uma capacidade limitada, senão nula, de influenciar as
decisões europeias.
Álvaro Vaconcelos
Apud Público, quarta-feira, 28 de Maio, 2014, p.53Ex-Diretor do Institute for Security Studies (Paris)
quarta-feira, 18 de junho de 2014
The Power of Networks: Knowledge in an age of infinite interconnectedness
Manuel Lima (Senior UX Design Lead at Microsoft)
Poesia
Sempre Amor usa e tem tristes queixumes
Enquanto arde no peito a viva chama.
Ora veja, ora não os claros lumes
Que movem, e que dão luz ò espírito que ama.
Não vendo, a razão é que em grave queixa
Se rompa a voz, e se desfaça o peito.
E vendo, inda a queixumes lugar deixa
O grande amor que nunca é satisfeito.
Enquanto o amor se queixa é verdadeiro,
O que nunca se queixa é lisonjeiro.
Pêro Andrade de Caminha
(Humanista Cristão)
Cancioneiro de Garcia de Resende
Controvérsia, 10 anos depois
I
«(…) the modern era can also be
seen as the Western era [começada há pouco mais de quinhentos anos com a
renascença italiana e as navegações oceânicas portuguesas]. All the great
movements which defined the modern era originated in Europe (…). Similarly, the
post-modern era (…) originated in Europe (particulary in France) [Maio de 68].
(…) The West great enemy today is the contemporary version of Enlightenment
(…). Because of is universalist pretensions and illusions, its adherents have
made the peoples of the West undiscriminating about other cultures and
unconfident about their own. (…) The protagonists of the contemporary version
of Enlightenment may think that they will create a global and universal
civilization, both abroad and at home, but the evidence is accumulating that
they have insted opened the doors to the barbarians (…).
O plano nacional das sociedades contemporâneas, na sua correção dos horizontes de possibilidade e de limite, requer uma mesa de conversação das partes representativas, numa perspetiva de participação, necessariamente sem domínio absoluto por parte de uma tendência, seja ela de cariz conservadora ou progressista. Se utilizarmos a imagem do caminho diríamos que é sinuoso, ou como um tronco retorcido de árvore, ou como uma figura a compôr que não pode ser esclarecida de uma vez por todas, nem é um processo que englobe histórica e paulatinamente todas as partes numa massa homogénea, numa síntese ulterior às partes prévias à composição. Esta configuração social pós-moderna traduz permanentemente a exigência da conversação, participação e clarificação dos valores partilhados e dos objetivos comuns.
As formas políticas democráticas contribuiram para
esta possibilidade e se resiste à tentação de reduzir a complexidade numa
equação simples, o que, sendo cientificamente correto, socialmente é
improdutivo e sempre produziu mais males que benefícios. Depois da luta contra o totalitarismo de direita e de esquerda ainda a
democracia portuguesa não possui o dispositivo institucional para dar
perspetiva, corpo e voz a esse plano de coesão necessário à complexidade
cultural contemporânea.
PFC, 18-20 de Junho 2014sexta-feira, 13 de junho de 2014
Pensamentos
«(...) a Monarquia coordenadora de municípios republicanos foi o regime mais certo para Portugal. O regime de que o mundo precisa para sair do atoleiro em que está metido, é realmente o da Monarquia Portuguesa (...)»
Agostinho da Silva
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Argumentos
Why the arguments for a republic are
an insult to the intelligence
(...) When I’m allowed to debate this point (republicans are insatiably eager to discuss the pitfalls of a monarchy, but hardly ever the merits and mechanics of a republic), the debate never seems to get very far because quite frankly – the arguments are an insult to the intelligence.
What is the alternative? “An elected president,” they retort, chosen by the people. “Great,” I always respond, “but how is politicising the office of head of state and making the office part of the political establishment a better system than what we have now?”
The natural response I find to this splits into two parts. Firstly there are those who say ‘it’s the price we pay for democracy’ (though never care to explain why we should pay this price if it’s the difference between giving all the power to the politicians and having a neutral figure to prevent unconstitutional behaviour) and then there are those who, for some reason I can’t quite comprehend, seem to think that the president wouldn’t be a politician. “Oh no,” they say, “we’ll have a fair system where anyone can be Head of State – it won’t be a politician!”
It’s at this point that the basis of the argument collapses. Anyone, really? As anybody who’s thought it through can plainly see political parties are an integral part of any election, least of all for a president. And with political parties comes patronage. Why? Because candidates will always need funding for election campaigns, they will always need the backing of established organisations. Without this, the running for president would simply be an exercise in who could spend the most money, thus making it a plutocracyrather than democracy.
Another thing republicans don’t care to discuss is the divisive nature of presidents. Just by virtue of being elected for their views and principles, any president would inherently create division and disunity – there will after all always be opposition to a candidate.
It’s all well and good saying a president would give up their political allegiance when taking office, but this means nothing in practice. There will always be people who voted for other candidates and their opinions, views and allegiance don’t disappear when they win elections and alienate those who didn’t vote for them, something that cannot happen with Monarchy because party patronage and divisive candidates are not involved!
One particularly demonstrably ludicrous claim purported by those in favour of a British republic is the idea that an elected president would in some way be able to act as a barrier in politics to prevent and correct unconstitutional behaviour. Leaving aside the obvious problem with having a referee who is also one of the players and what that would mean for their independence from the Government, the obvious remedy for a malevolent parliament seeking to carry on doing as it pleases is to vote a president out as soon as he starts exercising powers. Political referee? More like the football.
No system is perfect, Monarchy certainly isn’t, and this is something I routinely acknowledge (much to the chagrin of republicans). Of course, it means the head of state isn’t elected, but there are patently legitimate reasons why this is a good idea and no amount of dogmatism from republicans about how presidencies are so inherently and infinitely divine and wonderful can change that.
Monarchy works because it offers everyone the same representation, regardless of politics. Whether you’d vote Labour, Lib Dem, UKIP, Conservative or for that matter Monster Raving Loony Party, the monarchy no more represents the supporters of one party than any other. Which goes to show how much worse off you’d be in a republic when you find your candidate loses out and you end up with some ostensibly “representative” party member, because “that’s democracy”.
There’s a lot to be said for having a Head of State who’s not party of the political establishment of the day. A position of independence, neutrality and objectivity which couldn’t be achieved by a politician in the office. Not to mention the ability for the sovereign to act to preserve democracy, should any government ‘go rogue’ and exceed their powers, without fear of being kicked out of office with the ease a president can be.
You can deride and revile Monarchy all you want, but when it comes to the alternatives, I know which side of the fence I’m on!
Apud http://www.royalcentral.co.uk/
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