(Aveiro) Foto de Rui Monteiro |
segunda-feira, 27 de maio de 2013
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Imagens de Portugal
«'Não
há alguém como ele que possa vos dar tantos relatos tão completas
sobre povos e países desconhecidos, e eu sei que sois curioso a este
respeito'. 'Então', disse, 'não adivinhei mal, pois logo à
primeira vista tomei-o por um homem do mar.' 'Enganai-vos e muito',
disse ele, 'pois ele não velejou apenas como um nauta, mas como um
viajante, ou melhor, como um filósofo'; Este Rafael, que traz de sua
família o nome de Hythloday, não ignora o Latim, mas é eminente em
Grego, tendo-se-lhe aplicado especialmente mais do que à outra
língua, porque empenhou-se intensamente à filosofia, pela qual
soube que os Romanos pouco deixaram de valor, excepto o que se
encontra em Séneca e Cícero. Portugal é o seu país (...).»
Thomas More, Utopia,
c.1516.
Pensamentos
Começar é fácil. Acabar é mais fácil ainda. Por isso respeito cada vez menos estas actividades. Aprendi que o mais natural é criar e o mais difícil de tudo é continuar. A actividade que eu mais amo e respeito é a actividade de manter.
Miguel Esteves Cardoso, «Alimentar o Amor», As Minhas Aventuras na República Portuguesa
quarta-feira, 22 de maio de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Especificamente vocacionada para a representação, para a participação e para o acordo democrático
O conflito
tem medido as relações institucionais até ao mais alto nível. A
meu ver, a nossa democracia elabora necessariamente pela controvérsia, mas
também poderia elaborar mais pela medida da participação, da negociação e do acordo. Porém, a
expressão desta dimensão política ganha todo o seu
sentido com uma intituição
especificamente vocacionada para acolher, evidenciar e representar
os consensos nacionais, isto é, a Instituição Real.
sábado, 18 de maio de 2013
Temos de realizar referências estáveis ao nosso viver democrático
Acerca da representatividade do Estado numa lógica de conflito |
Hoje convivemos democratcamente, sem que as maiorias esmaguem as minorias. A nossa sociedade é plural, mas há muito se tornou evidente a falta de uma organização ido sistema político conveniente à eficácia dos seus propósitos. É necessário continuar com firmeza o que politicamente se tem mostrado eficaz, mas é também necessário sermos capazes de uma profunda reestruturação. Enquanto se reformula a nossa existência social e cultural para uma nova economia temos de realizar referências estáveis ao nosso viver democrático, de outro modo, continuará o que tem sido expresso como problema. Considero que a democracia portuguesa alcançou uma idade de passagem. Para transformarmos a situação presente, que envolve problemas sociais e económicos muito graves, para operar a transformação requerida, a nível nacional e na pertença à União Europeia, as respostas adequadas terão de ser perspectivadas, já não com remendo sobre remendo, mas por resposta democrática, por uma resposta portuguesa e por uma democracia melhor. É necessário adicionar na nossa sociedade um eixo institucional favorável ao consenso estratégico, sem o qual a recuperação económica, o reforço da produção para a transacção, a abertura externa e a modernização, a orientação do investimento público para o crescimento da produtividade, a intensificação da produção de pensamento estratégico, taõ determinantes para o bem comum, oscilam, definham e se perdem. De outro modo, sem esta perspectiva instituicional de longo prazo, o custo da
mudança é maximizado e a eficácia política é descontinuada, e, enquanto
os recursos e as circunstâncias oscilam, os objectivos são dispersados.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
De três repúblicas
Tivemos três repúblicas até agora, a primeira de 1910 até ao golpe de estado de 1926, a segunda daí até ao 25 de Abril de 1974, e a terceira, desde então até agora. Pela sua sucessão tumultuosa, pela presente e cavadíssima crise, pela ausência de expectativas sociais e políticas, torna-se evidente a necessidade de uma revisão. Algumas das mais nefastas experiências passadas foram extinguidas. O individualismo político não subsistiu na primeira república. A desordem social e política da primeira república não sucedeu na seguinte formulação, e na terceira república não houve tanta perseguição aos adeptos da segunda. Essas formas extremadas de combate político foram, felizmente, subtraídas da nossa convivência. A meu ver, os dispositivos de legitimação partidária, a tolerância política e a consequente convivência democrática, são a herança mais bela e frutífera deste passado recente, e, os seus inversos, o individualismo, a intolerância, o revolucionarismo, estão ausentes do combate político; causas graves do impasse político da sociedade portuguesa no século XIX, como o foram também de muitas outras sociedades europeias. Mas ainda durante o século XX assistimos às suas réplicas, sobretudo pela via das ditaduras à esquerda e à direita. (cont.)
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Frases
Every age has its own outlook. It is
specially good at seeing certain truths and specially liable to make
certain mistakes. We all, therefore, need the books that will correct
the characteristic mistakes of our own period. And that means the old
books.
C. S. Lewis in Abrupto
Artes
Não se trata aqui de fazer um jejum
no alto da montanha sagrada
para que a fraqueza e os ares elevados
possibilitem tremores e doenças benignas.
Trata-se simplesmente de constatar
como a razão ainda permite
algumas viagens longas (...).
Gonçalo M. Tavares
Uma Viagem à Índia, Canto I, 4
quarta-feira, 15 de maio de 2013
terça-feira, 14 de maio de 2013
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Estratégia Marítima para o Atlântico (Comissão Europeia)
Prioridades
The Action Plan considers responses to the challenges of delivering growth, reducing the carbon footprint, using the sea's natural resources sustainably, responding effectively to threats and emergencies and implementing an "ecosystem" management approach in Atlantic waters. The priorities are to:
- Promote entrepreneurship and innovation;
- Protect, secure and enhance the marine and coastal environment;
- Improve accessibility and connectivity;
- Create a socially inclusive and sustainable model of regional development;
quinta-feira, 9 de maio de 2013
quarta-feira, 8 de maio de 2013
A solução mais civilizada para a chefia dum Estado europeu e quase milenar como o nosso
"(...) Acredito profundamente na Monarquia, na instituição real como a
solução mais civilizada para a chefia dum Estado europeu e quase milenar
como o nosso. Num tempo de relativismo moral, de fragmentação cultural e
de enfraquecimento das nacionalidades, mais do que nunca há urgência
numa sólida referência no topo da hierarquia do Estado : o Rei,
corporização dum legado simbólico identitário nacional, garante dos
equilíbrios políticos e reserva moral dum povo e seus ideais. O Rei,
primus inter pares, é verdadeiramente livre e, por inerência, assim será
o povo. (...)"
João Távora, in " Liberdade 232 ", Aldeiabook, Abril de 2013, p.104.
A sociedade portuguesa solicita mudanças profundas à democracia
Têm sido solicitadas à sociedade portuguesa mudanças profundas, porém, a sociedade portuguesa solicita também mudanças profundas no sistema político. Aquelas políticas que foram democraticamente consensualizadas, e efectivamente prosseguidas, são hoje políticas de sucesso, mas carecemos de uma instituição apartidária, que represente o todo nacional, concite e dê voz aos acordos estratégicos da democracia. Precisamos, além da lógica do conflito, de uma lógica de participação. A democracia ganha mais participação, maior perspectiva histórica e melhor coesão social com a Instituição Real.
Referendo
Quanto
a Referendos os portugueses têm a experiência que esse modelo não
corresponde a uma representatividade adequada! Na sociedade portuguesa sabe-se disto à esquerda e
à direita. O Parlamento e o Poder Local juntos, em Cortes Gerais, parece-me ser o
modelo mais próximo à tradição portuguesa e a assembleia mais representativa de Portugal.
terça-feira, 23 de abril de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Livros, máquinas de consciência
Procura traz consigo
Certa e longa viagem
Onde fermenta inovada
A hora, o sonho e a jorna renovada,
São engrenagem sem retorno,
Invento na carne perpetrado,
Prensa, sabor, explicado vinho.
Plano C
A cidadania pode ser o plano C para Portugal, de acordo com os autores
do livro “Plano C – O Combate da Cidadania”, que foi apresentado na livraria Bertrand, e do qual fazem parte vários
ensaios que pretendem apresentar alternativas às políticas públicas que
têm sido seguidas em Democracia. Editada pelo Instituto da Democracia Portuguesa (IDP), a obra teve uma
primeira apresentação em Lisboa, em Novembro, e foi trazida às Caldas da
Rainha pelo professor Nicolau Marques, associado daquela entidade.
Estiveram presentes os autores Gonçalo Ribeiro Telles, Francisco da Cunha Rego e Paulino Brilhante Santos.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
terça-feira, 2 de abril de 2013
Uma viagem formidável, plena de momentos especiais
«Há momentos de consciência (...) como se, de repente, escutássemos a música a cuja partitura não tínhamos acesso e de que até então só tínhamos escutado notas soltas. São momentos únicos (...).» Mendo Henriques/Nazaré Barros
in Olá, Consciência! pág 28
quarta-feira, 27 de março de 2013
26 de Março na História de Portugal
1211 Falecimento de D. Sancho I de Portugal (Coimbra, 11 de Novembro de 1154 - Coimbra, 26 de Março de 1211), cognominado o Povoador (pelo estímulo com que apadrinhou o povoamento dos territórios do país), povoando áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha, destaca-se também a fundação da cidade da Guarda, em 1199, a atribuição de cartas de foral na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187) ...
terça-feira, 26 de março de 2013
quinta-feira, 21 de março de 2013
Em Memória
(…)
Só a alma sabe falar com o mar,
depois
de chamar a si o Rio, no imo
de
cada um (…)
Fiama
Hasse Pais Brandão
in
Foz do Tejo, Um País
segunda-feira, 18 de março de 2013
Dedicado aos autores de «Olá, Consciência!»
Ó pomar venturoso,
onde coa natureza
a subtil arte tem demanda incerta;
que em sítio tão fermoso
a maior subtileza
de engenho em ti nos mostra descoberta!
António Dinis da Cruz e Silva
http://olaconsciencia.com
domingo, 17 de março de 2013
sábado, 16 de março de 2013
Olá, Consciência!
Olá, Consciência! é um convite a uma viagem apaixonante pelo mundo da filosofia. De leitura viva e acessível, com uma apresentação inovadora que conjuga rigor e linguagem atraente, esta obra de introdução à filosofia distingue-se das demais porque parte das experiências quotidianas para explicar conceitos filosóficos e mostrar como a vida faz mais sentido se for vista à luz da filosofia. Mendo Henriques e Nazaré Barros trazem de novo a filosofia à praça pública — onde ela nasceu — e introduzem os leitores no mundo da consciência como chave de compreensão do que nos rodeia, na ciência e na política, na arte e na religião, na economia e na metafísica, na comunicação e na ética.
Olá, Consciência! destina-se a todos os que não se conformam com a norma instituída, com o politicamente correto, com a superficialidade e o comodismo do pensamento único. Porque a filosofia é de todos os que ousam pensar por si próprios.
Este livro é um espaço para refletir como quem passeia num jardim, sem pressas nem compromissos. Ou, para os mais apressados, um mapa de metro, em que o leitor pode escolher a linha que quer seguir. Num caso como noutro, o destino da viagem é uma existência mais consciente e necessariamente mais rica.
No site www.olaconsciencia.com, o leitor encontrará informações complementares para esta viagem pela filosofia. Boa viagem!
Autores: Professor Doutor Mendo Castro Henriques e Mestre Nazaré Barros
http://olaconsciencia.com/index.php/autores
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Orações
'Elísio Gala pôs a demanda, começando por ler, como quem ora, o poema Ao Senhor dos Mundos, inédito de António Telmo destinado ao próximo número da revista Nova Águia, e já aqui publicado. Uma comunicação plena de testemunhos e vivências, onde igualmente se evocaram Dalila Pereira da Costa, António Quadros e Mestre Lima de Freitas.'
Sesimbra, Biblioteca Municipal, Homenagem a António Quadros
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Por uma cultura mais sóbria
Gilles Lipovetsky, A Sociedade da Deceção. Trad. Luis Flipe Sarmento, Edições 70.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
sábado, 26 de janeiro de 2013
Artes
(...) Se o grego também estrategos e medida deu ao mundo,
E se aquele latino antigo e clássico
O mundo legislou, de Braga sueva e cristã outro latino,
Osório, ao mundo deu também sua primeira, geral e
mítica História,
E depois Portugal do mar oceano ignoto
Fez enfim o mundo pela armilar esfera desenhado.
Porém, no antigo Amor e lusitana liberdade,
Sem os quais definham todos os outros bens,
Ao Rei Dom João IV, deu-lhe a Ocasião seu compasso
E com amor livre e activo o próprio Tempo
Sua primazia natural cedeu aos esforçados,
Tempo que antes se comprazia em fazer desfazendo
E em fazendo, desfazer.
Assim amorosos resolveram-se nos feitos
Tais determinados e prudentes,
Que tanto, tão poucos nunca fizeram. (...)
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Da crise
August 1966 ( Hoover Archives) |
"...the spiritual disorder of our time, the civilizational crisis of which everyone so readily speaks, does not by any means have to be born as an inevitable fate; (...) And our effort should not only indicate the means, but also how to employ them. No one is obliged to take part in the spiritual crises of society; on the contrary, everyone is obliged to avoid the folly and live his life in order."
in Science, Politics, and Gnosticism
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
The better man you have to look at
"[701a]
For, thinking themselves knowing, men became fearless; and audacity begat
effrontery. For to be fearless [701b] of the opinion of a better man, owing to
self-confidence, is nothing else than base effrontery; and it is brought about
by a liberty that is audacious to excess."
Plato, The Laws, trad. R.G. Bury, Cambridge- MA, London, William Heinemann Ltd./Harvard University Press, 1967-1968.
Plato, The Laws, trad. R.G. Bury, Cambridge- MA, London, William Heinemann Ltd./Harvard University Press, 1967-1968.
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