Why the arguments for a republic are
an insult to the intelligence
(...) When I’m allowed to debate this point (republicans are insatiably eager to discuss the pitfalls of a monarchy, but hardly ever the merits and mechanics of a republic), the debate never seems to get very far because quite frankly – the arguments are an insult to the intelligence.
What is the alternative? “An elected president,” they retort, chosen by the people. “Great,” I always respond, “but how is politicising the office of head of state and making the office part of the political establishment a better system than what we have now?”
The natural response I find to this splits into two parts. Firstly there are those who say ‘it’s the price we pay for democracy’ (though never care to explain why we should pay this price if it’s the difference between giving all the power to the politicians and having a neutral figure to prevent unconstitutional behaviour) and then there are those who, for some reason I can’t quite comprehend, seem to think that the president wouldn’t be a politician. “Oh no,” they say, “we’ll have a fair system where anyone can be Head of State – it won’t be a politician!”
It’s at this point that the basis of the argument collapses. Anyone, really? As anybody who’s thought it through can plainly see political parties are an integral part of any election, least of all for a president. And with political parties comes patronage. Why? Because candidates will always need funding for election campaigns, they will always need the backing of established organisations. Without this, the running for president would simply be an exercise in who could spend the most money, thus making it a plutocracyrather than democracy.
Another thing republicans don’t care to discuss is the divisive nature of presidents. Just by virtue of being elected for their views and principles, any president would inherently create division and disunity – there will after all always be opposition to a candidate.
It’s all well and good saying a president would give up their political allegiance when taking office, but this means nothing in practice. There will always be people who voted for other candidates and their opinions, views and allegiance don’t disappear when they win elections and alienate those who didn’t vote for them, something that cannot happen with Monarchy because party patronage and divisive candidates are not involved!
One particularly demonstrably ludicrous claim purported by those in favour of a British republic is the idea that an elected president would in some way be able to act as a barrier in politics to prevent and correct unconstitutional behaviour. Leaving aside the obvious problem with having a referee who is also one of the players and what that would mean for their independence from the Government, the obvious remedy for a malevolent parliament seeking to carry on doing as it pleases is to vote a president out as soon as he starts exercising powers. Political referee? More like the football.
No system is perfect, Monarchy certainly isn’t, and this is something I routinely acknowledge (much to the chagrin of republicans). Of course, it means the head of state isn’t elected, but there are patently legitimate reasons why this is a good idea and no amount of dogmatism from republicans about how presidencies are so inherently and infinitely divine and wonderful can change that.
Monarchy works because it offers everyone the same representation, regardless of politics. Whether you’d vote Labour, Lib Dem, UKIP, Conservative or for that matter Monster Raving Loony Party, the monarchy no more represents the supporters of one party than any other. Which goes to show how much worse off you’d be in a republic when you find your candidate loses out and you end up with some ostensibly “representative” party member, because “that’s democracy”.
There’s a lot to be said for having a Head of State who’s not party of the political establishment of the day. A position of independence, neutrality and objectivity which couldn’t be achieved by a politician in the office. Not to mention the ability for the sovereign to act to preserve democracy, should any government ‘go rogue’ and exceed their powers, without fear of being kicked out of office with the ease a president can be.
You can deride and revile Monarchy all you want, but when it comes to the alternatives, I know which side of the fence I’m on!
Apud http://www.royalcentral.co.uk/
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sexta-feira, 6 de junho de 2014
Argumentos
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Goodbye To Social Europe
«The newest Flash Eurobarometer 398 focuses on working conditions and was published on the same day - 28 April - as a Conference of the European Commission
on the same topic. The Commission announced that this survey was
carried out in the 28 Member States in early April 2014 and that 26,571
respondents from different social and demographic groups were
interviewed via telephone (landline and mobile phone) in their mother
tongue.
The survey reveals that “more than 80% of respondents in Denmark,
Luxembourg, Finland and The Netherlands consider working conditions in
their country to be good” – so a Commission press release states.
The Eurobarometer poll tries to give the impression that an
overwhelming majority is satisfied and bad working conditions are an
exception. Indeed some responses could support the impression that
workers are happy with their working conditions. If you read it
carefully, however, it shows that this is not the case.
(...) Then the supporter of a change of course should promote some arguments
against the impression that everything is fine in the best of all
possible European worlds – and against the propaganda that there is no alternative.»
Tempo para pensar
'I don't see a lot of organizations that actually encourage employees to reflect, or give them time to do it', reflects Francesca Gino. They should, the research of Gino and colleagues bears out. Employees who take time to reflect on their work learn more deeply and are more productive. The lesson? Give your workers time away from work to make their work better.
adapt. apud Sean Silverthorne
terça-feira, 29 de abril de 2014
40 anos depois
A veneração do 25 de Abril reduz os dois anos mais complexos e
conturbados da nossa história contemporânea a uma data, e a uma ideia. É
pena, diminui a importância de uma série de acontecimentos cujo
conhecimento e análise revelam muitos dos fundamentos e fragilidades do
nosso actual regime. Para qualquer democracia que procura aperfeiçoar a
transparência e a representatividade do seu sistema político, que preza a
liberdade e o progresso do seu povo, essa análise seria um imperativo. O
jornalismo militante, a censura e indoutrinação desavergonhada nas
salas de aula, a conivência na nossa justiça e a obsessão pela
manutenção do status quo indicam o contrário. Esta cegueira
colectiva denota uma estranha necessidade de autolegitimação 40 anos
depois do golpe de Estado. Ela limita a nossa capacidade crítica perante
uma profunda crise sistémica, cada vez mais alarmante, relegando os
interesses da Nação para segundo plano.
Segundo o relatório anual do “Economist Intelligence Unit” há
apenas 25 países que funcionam em plena democracia. Portugal não é um
deles.
O Índice de Democracia publicado pelo EIU sustenta e reforça o
comentário de Jack Lang, político francês, republicano, de que as
monarquias constitucionais são os páises mais democráticos da Europa. O
nosso regime está caduco, está na altura de olharmos para outras
alternativas. A bem da liberdade e da democracia.
por Luis Lavradio, 40 anos depois, em 25.04.14
40 difíceis anos económicos
As
dificuldades de gestão colocadas após a revolução, devido às
incertezas da conjuntura política, que foi cumulativamente
convergente com o choque petrolífero de então, comprimiram a
atuação económica. Foram precisos cerca de dez anos, após a
revolução de Abril de 1974 para se devolver alguma perspectiva
realista ao sistema económico. Entretanto, a produtividade cresceu
pouco, e quando trabalhámos mais horas foi em setores que
produziram menores fluxos positivos. Nesse período, de 1985 a 1990,
se comparativamente o PIB cresceu pouco, 10%, a produtividade cresceu
ainda menos 5%. Ou seja, as atividades económicas não deslocaram
fortemente o seu padrão competitivo, devido à competição se
exercer por via dos salários baixos e aplicadas em atividades de
baixa tecnologia. A desvalorização do escudo ia favorecendo a
manutenção e o crescimento desse tipo de atividades. Mas, com a
valorização do escudo, sobretudo a partir de 1990, a produção de
bens transacionáveis caiu. As transferências do exterior para as
infraestruturas e para a reconversão de algumas atividades
tardaram em produzir algum do efeito desejado, o estímulo à
produção de qualidade carecia ainda de competências para nos
alavancar suficientemente a um modelo de desenvolvimento com maior
pendor tecnológico, à exceção dos vários cadinhos de excelência
e dos cestos da gávea que sempre houve no País. Temos procurado
inverter a situação, mas a lentidão está hoje bem patente no
preço que continuamos atualmente a pagar.
Ficam
claras várias precauções, por um lado, sobre cálculos demasiado
otimistas acerca da espontaneidade dos desenvolvimentos, sociais e
económicos e, por outro lado, fazer despesa não resultará por si
só em benefício duradouro nem é certo que sem incentivos as
sociedades ganhem impulsos modernizadores.
Quando
se tornar claro que o País adota estavelmente, sustentadamente, um
programa de diminuição da despesa, quando se tornar claro que o
País abre amplas vias de realização económica e intensifica o
pensamento estratégico, quando a sustentabilidade fiscal tornar
possível debelar os constrangimentos sociais (desemprego e
envelhecimento), e, sobretudo, quando se tornar clara uma
estabilidade política que assegure tal processo, então, e só
então, os nossos esforços não terão sido em vão.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Democratização cultural
Nas atividades culturais expressam-se os horizontes humanos, através dos seus símbolos e práticas, na sua diferenciação e procura de universalidade, isto é, em aspectos determinantes para um projeto de vida, à hermenêutica de si e do mundo, pelas escolhas a que elaboram e exibem.
Mas não só à cultura erudita me refiro, mas também aos grupos de cantares e danças populares ou às bandas de música que se desdobram por vezes em vários agrupamentos a elas associados, aos grupos de conservação da natureza, aos clubes desportivos, às várias escolas de artes marciais, associações gastronómicas e tantos outros, cuja aplicação pedagógica potencia comprovadamente os conhecimentos das matérias disciplinares, avivam o interesse curricular e os exercícios académicos. Todos estes agrupamentos podem ter uma utilíssima interação com a escola.
A expressão cultural é socialmente transversal. Se em alguns casos a autoria ganha maior relevância e noutros não, segundo a criação é de origem erudita ou popular, e consoante as épocas, no entanto, não deixam de ser essas expressões igualmente conviviais, identitárias e veículos de humana aprendizagem.
terça-feira, 22 de abril de 2014
Instituição Real: Dedicação, Independência, Preparação, Unidade, Representação
A situação presente, a sua dificuldade e urgência, revela-nos eloquentemente a insuficiência de mecanismos estratégicos na democracia. Somos num sistema político que debalde tem procurado em si mesmo o equilíbrio entre a cooperação e o combate político.
A política decorre na livre contenda de interesses e opiniões. Os conflitos expressam-se na discussão democrática. O nosso modo de viver é plural. Mas importa identificar, colectivamente, formas políticas comprovadas, que permitam uma democracia mais completa, de modo a resolver suave, alongada e harmoniosamente os persistentes problemas, sem sofrimentos excessivos e tantas vezes inúteis. Há objectivos comuns à democracia que requerem uma consideração comum, não podem vogar ao sabor da facção.
Antes de ser uma crise económica e financeira esta é uma crise da sociedade que vivemos e da política que praticamos. Quando periga o financiamento às políticas sociais, quando não há mobilização de vontades e créditos, quando a política perde prestígio e, quando o fatalismo é imposto pela força dos factos e por uma lógica de inevitabilidade, então instalou-se uma crise política que requer uma acentuada descontinuidade.
Este cenário de esgotamento não é
apenas correspondente à diferença entre as expectativas de há algum tempo atrás
e a situação presente, não está somente relacionada com problemas recentemente
emergentes, mas deve-se também a condições institucionais e políticas que podem
gerar tais resultados. Estamos numa fase em que a descontinuidade salienta-se
com evidência e estrondo a vários níveis, na evidência do desemprego e falência
de projectos de vida, no peso da dívida acumulados, na sociedade que está sem perspetiva.
Encontramo-nos num circunstância que apela a uma profunda renovação. Estamos numa época de transição, para uma sociedade e uma economia diferentes, mas sem um modo social e político alternativo ou consoante com as aprendizagens havidas. Portugal conseguirá enfrentar estas dificuldades, se as condições adversas presentes constituírem a oportunidade de uma transformação adaptada às realidades de amanhã. Mas, sem uma mudança vigorosa na nossa democracia, nada mais conseguiremos alcançar.
António Quadros – Grupo da Filosofia Portuguesa – Memórias Vivas
A tertúlia começava ao jantar, na Mimosa do Chiado, às
quintas-feiras. Chegávamos, íamo-nos acercando das mesas já dispostas para nós,
e de cumprimentos calorosos eram recebidos os que iam surgindo, mas pouco
esperávamos. Quem não pudera vir previamente fazia saber de sua ausência. As
novidades editoriais, especialmente as que diziam respeito à cultura portuguesa
e à lusofonia, eram geralmente a peça de abertura. A leitura de quem já se
havia aproximado de sua análise era logo partilhada. Outras novidades, futuros
eventos ou participações dos membros do grupo, notícias do foro político
relativas à cultura, também eram de permanente interesse, assunto este em que
António Quadros mostrava particular interesse. E conversava-se variamente,
evocando memórias de que a geração mais nova, da década de 60, absorvia e
indagava. Por vezes liam-se ou davam-se a ler poemas inéditos, ou alguns
rememorados, que haviam resultado especialmente interessantes para a vida
circunstancial de alguém entre os participantes. O Elísio e o João liam
singularmente bem, mas também me deliciei com Barrilaro Ruas, apesar dele
muito dar a ler. Depois, inevitavelmente, vinham as
experiências de vida partilhadas com esses e outros autores, que haviam sido do
conhecimento ou da amizade dos convivas mais idosos. Era um privilégio ouvir
essas experiências de vida não registadas por escrito. Quanta riqueza de vida
foi deste modo partilhada além de uma geração e aquém das obras escritas!
Se é sempre função das gerações mais adiantadas um nexo de unidade, a equação do passado ao presente para o futuro, ao modo como era praticada, era por si mesma constituída de valor, na funda experiência de pessoa a pessoa, na sensibilidade ao outro, na inteligência com profundidades e abordagens diferenciadas, na sua dedicação objetivada em obra. Estas competências, que se estimulam e são próprias numa Academia, formavam uma Escola no seu sentido mais amplo, espaço para a dedicação reflexiva e interativa, mais do que esteio ou projeção para alguma específica e pessoal ambição, política ou de cariz filosófico, em parte devido à variedade de personagens, percursos e incidências que a compunham, em parte devido a serem estas reuniões um estímulo para a obra a desenvolver, pessoal e literária, e não um fim. A diversidade pessoal era coisa sagrada, mas também o era a partilha e a exigência de fundamentação, perante uma pluralidade de ideias e abordagens, na polidez do tratamento, na elevação das nossas responsabilidades como agentes culturais e, também, no amor a Portugal.
O gosto e filosofia desse Grupo incidia especialmente na
cultura portuguesa, do passado e do presente, no sentido de ela ser, mais do
que um importante recurso para a erudição, elemento imprescindível ao
autoconhecimento e motivo de reinterpretação da realidade social, económica e
política; pois não há outro portal para aceder ao presente, pela sua diferença ou
semelhança, senão a memória, nos arquivos, nos livros, na experiência de vida
das gerações passadas.
Contudo, não ficávamos pela tertúlia. Depois de jantar passávamos ao IADE para o colóquio aprazado. António Quadros, também presente na tertúlia do Grupo da Filosofia Portuguesa, acolhia-nos numa sala ampla. Um convidado, ou um dos que estivera na tertúlia, iria desenvolver uma interpretação filosófica. Por vezes, além de um público frequente e quase permanente, chegavam a estes colóquios várias pessoas, também eles dedicados à cultura portuguesa e à filosofia que se haviam deslocado, por exemplo, de Estremoz e do Porto
O orador ia para o estrado, sem mesa, e de pé dissertava, ou
melhor, como nessa tradição se manteve, orava. Mas quando começava o diálogo
logo a sala se ia tornando elítica, ativada a conversação entre uns e outros e
com o orador. Não eram esses colóquios fáceis, com um público meramente
expectante, mas sempre se constituía em estímulo, para que o intérprete e
orador fizesse o seu caminho, tendo por início e não como ponto de chegada a
sua mesma exposição, pois a relação com a atividade interrogativa, reflexiva e
crítica dos participantes era intensa, viva e muito participada, vigorosa a
questionação, mas não necessariamente severa.
Era este espaço de acolhimento, também um espaço de
construção e de afirmação num pensamento exigente, na questionação à
terminologia aplicada, quanto ao limite de sentido proposto na interpretação de
um autor ou de uma obra em análise, quanto à pertinência das referências aduzidas
em justaposição ou contiguidade com outros autores e quanto ao esclarecimento
de pressupostos teóricos.
A sociedade portuguesa vivenciava uma intensa mudança
cultural nessa época, com as diligências políticas de conformação normativa
com a então CEE. Uma mudança que pode também representar-se pela construção de
um discurso económico renovado, pela independência dos meios de comunicação
social, que se tornaram mais apelativos, pela crescente oferta e participação
do público em eventos culturais. A oportunidade de intervir politicamente, do
ponto de vista de um jovem nos anos oitenta, estava na adesão a um partido
político, na participação em associações de carácter solidário ou na
participação em várias instituições culturais, onde inseri algumas contribuições,
nas associações académicas, numa revista elaborada com o Elísio Gala, os
“Cadernos de Filosofia”, para difusão na Universidade, e na participação
ativa em colóquios e conferências públicas.
Numa dessas conferências, algures na baixa de Lisboa, o tema era a política cultural portuguesa. Um dos palestrantes fora Secretário de Estado para a Cultura, de quem positivamente não me recordo o nome, e António Quadros. O primeiro advogava como meio de apoio às atividades culturais criar-se uma expetativa melhorada às receitas do Orçamento de Estado, por sua vez, mais incisivo no assunto e menos otimista perante aquela tese, António Quadros dissertou acerca da quase ausência dos autores portugueses nos compêndios escolares, fossem eles de História ou de Ciências, um problema político e de interdisciplinaridade. Importa salientar que esta sua intenção viria a objetivar-se, se bem que ainda ficasse muito longe do que poderia ser. Intervim após as conferências, durante o debate, na perspetiva de António Quadros, especificando no que dizia respeito à disciplina de Filosofia.
Ao terminar esse debate, à saída, tenho o gratíssimo prazer
de António Quadros se me dirigir, com total surpresa minha, e convidar-me para
os colóquios no IADE. É verdade que já para eles havia entrado na semana
anterior pela mão do Elísio Gala, mas foi esse um episódio que nunca
esquecerei, pois por ele dou a conhecer alguém que do púlpito dos
conferencistas vem convidar uma pessoa que participara, para lhe proporcionar o
estímulo, a continuidade e o aprofundamento dessa participação. Porém, estou
reconhecido a António Quadros por outros e vários motivos, não apenas pelo seu
acolhimento, mas também pela sua promoção da cultura portuguesa e lusófona,
pelo seu trato e pela sua presença.
sexta-feira, 18 de abril de 2014
Estação
Nossa Senhora da Enxara (Campo Maior)
Em Campo Maior a Páscoa está associada a outra festividade local, celebrada no mesmo fim de semana, que o milagre da Nossa Senhora da Enxara é recordado. A história reza que uma criança brincava pelos campos enquanto a sua mãe lavava no rio e foi ter com ela com um brinco de ouro que disse ter sido ofertado uma bela senhora. Ao deslocarem-se ao local indicado pela menina encontraram, no lugar onde a senhora oferecera o brinco, uma pedra com a imagem de Nossa Senhora gravada. Os populares erigiram uma capela a meio caminho entre a povoação de Ouguela e o local do aparecimento da mãe de Cristo, mas todas as manhãs a pedra que fora para ai transportada regressava miraculosamente ao seu local de origem. Foi então erigida no local onde a criança avistou a Senhora uma capela que recebe entre a Sexta-Feira Santa e a segunda-feira após a Páscoa uma romaria onde participam gentes de Campo Maior mas que também atrai cada vez peregrinos de fora do concelho. A festa esteve abandonada muito tempo até que nos anos 60 fez manchete dos jornais, quando foi retomada por alguns homens da terra que Salazar e a Ditadura tentaram silenciar e cognominar de comunistas. As gentes da terra tiveram uma visão diferente, e desde então é neste local perto da aldeia de Ouguela que são feitas as celebrações pascais de Campo Maior, numa festa que tem também tem uma missa e procissão campal, espectáculos, touradas, concertos e diversos carrosséis.
Espaço Público
“(…) open spaces in cities are
opportunities. Yes, they are
opportunities for commercial investment,but they are also
opportunities for the common good of the city (…) public spaces have power. It's not just the number of people using
them, it's the even greater number of people who feel better about their city just knowing that they are there. Public space can
change how you live in a city, how you feel about a city, whether you choose one city over another, and public space is one of the most
important reasons why you stay in a city.
I believe that a successful city is
like a fabulous party. People stay because they are having a great time.”
Amanda Burden, «How public spaces make cities work», March
2014, TED2014
terça-feira, 15 de abril de 2014
quinta-feira, 10 de abril de 2014
A servir Portugal
A vocação nacional do nosso País
não precisa da república. Até porque a república está morta, mas
precisa de ser enterrada. Já a monarquia, pelo contrário está viva! Está viva e
pronta para continuar a servir Portugal, devendo-lhe o nosso país a sua
identidade cultural, a sua unidade enquanto nação, e também as páginas mais
gloriosas da sua história. O rei não é burocratizável, é um importante elemento
de coesão, de equilíbrio, de motivação, de dinamismo, de independência política
e económica.
Adapt. de Octávio dos Santos, Um Novo Portugal – Ideias de, e para, um País, Fronteira do Caos Editores, Porto, 2012/ apud Correio Real 9
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Pela Instituição Real
A atividade política não visa
apenas a conquista do poder, mas criar condições institucionais pelas quais a
continuada conversação torna possível tanto a convivência plural de diversas racionalidades, quanto a coerência e a continuidade de linhas políticas estratégicas, objetivos
comuns à democracia.
Melhor servir os interesses de Portugal e dos portugueses
«(...) estamos convictos de que a Instituição Real é a forma de Chefia de Estado que melhor serve os interesses de Portugal e dos portugueses. Sustentando esta convicção, para além da nossa profunda tradição monárquica e da riquíssima literatura publicada ao longo dos últimos 100 anos defendo o nosso ideal, temos os resultados visíveis da nossa infeliz experiência “republicana” e, cada vez mais, os exemplos claros de sucesso que vemos nas monarquias modernas.»
quarta-feira, 2 de abril de 2014
Que deve ser feito para sair da estagnação?
«The questions are what caused
stagnation and what must be done to restore shared prosperity? There is no
guarantee we will answer those questions correctly (my prior is mainstream
economists will continue their track record of getting it wrong). But it is absolutely
certain we will not get the right answer if we do not ask the right question.»
in Explaining Stagnation: Why It Matters, 20/03/2014
Ensaio de resposta em Paul Krugman, Wages of Fear, NYT
terça-feira, 1 de abril de 2014
Transparências
«Dos cinco países com maior transparência, que demonstram um maior respeito pelos seus concidadãos, quatro são monarquias constitucionais. Dos primeiros 10, sete são monarquias. Mais notável é o facto de todas as monarquias ocidentais - com a excepção de uma - estarem entre os 20 países menos corruptos a nível mundial.
Não se trata de um mero acaso ou acidente estatístico, mas sim resultado da influência da isenção política e representatividade suprageracional da Instituição Real.»
Luís Lavradio
sexta-feira, 28 de março de 2014
And counting
Frank Roels |
The fallacy of
“investing”
In many discourses, “investment for growth” is
proposed as an answer to the crisis. However, “investment” has various
meanings. Often it is equated to job growth; but this is erroneous in most
cases in today’s economy. Indeed, the biggest investments nowadays, totalling
dozens of billions each year, are fusions or take-overs of one corporation by
another, resulting in overlap or synergies that require fewer personnel.
Jobloss is the result. For a shortlist, see.
A second common type of large investment is restructuring,
in order to increase productivity and/or lower production capacity in response
to a slack of demand; the explicit goals are fewer jobs to reduce labour cost,
and to maintain or improve net profit.
Increasing competitiveness is another credo in
political and business circles. But it always results in jobloss in the lesser
competitive enterprise, and in a smaller number of jobs where productivity is
higher. In the internal European market, job creation is zero. And when
considering the exports out of Europe, are there truly some businessmen who
hope to beat the Chinese and Indian working conditions?
In fact, substantial job growth in the private
sector is always dependent on significantly higher demand on condition that the
latter exceeds the existing production capacity; because it is the clients who
must pay for the bill. If future demand is uncertain, hiring will be postponed;
instead personnel will work overtime, and/or clients are asked to have
patience. At present, many businesses have an unutilized capacity.
What type of investments do really create novel
jobs? Innovation? Again, it depends. Not so, if a computer program replaces
employees (example: pc banking). More of such developments are predicted to be
forthcoming. Job creation does result in case the investment simultaneously
raises its demand: the most evident example is building works, either for
private or public clients: roads, bridges, houses, schools, hospitals, homes
for the elderly, energy plants, as well as renovation and insulation of the
same. And of course, military expenditures, which are ordered and paid for by
governments.
It is important to note, that for almost all of
these jobs, public funding or public support is the motor (keep this in mind,
for the subsequent chapter on employment). So, investments in each specific
case should be questioned in terms of job creation.
The fallacy of
activation
Most European governments continue to propagate and
organize so-called activation of the unemployed. This includes a) short-time
training, in languages, skills, and stages in enterprises; b) mandatory
uninterrupted applying for jobs; c) sanctions if an individual does not fully
comply. In addition, in some countries, unemployed must carry out unpaid jobs.
Unemployment benefits are being lowered in several
ways. For example, next year, Belgian youngsters will lose their benefits if
they have not compiled 312 working days in 3 years; widows and widowers under
45 will lose their widow’s pension after 1-2 years, “to motivate them for
work”. While training is always useful, and is a must for youngsters leaving
school without certificate (which requires special programs, with dedicated
teachers), this activation policy does not create jobs. Advocates of this
policy ignore the permanent disproportion between the number of unemployed seeking
jobs, and the (small) number of vacancies. The latter are in part for workers
with years of experience in a very specific task, or for highly qualified
employees. Training on the floor of the company should remedy so-called
“bottleneck vacancies”; but in their advertisements employers rarely offer
training, and then complain about lack of candidates.
According to the EC, there are 2 million vacancies in
Europe. Even if true, the figure shows the discrepancy. The 27 million
unemployed in Europe can never find jobs in this way because the jobs simply
are not available. The inefficiency of activation to solve unemployment is
clear from the unemployment figures: the latter have not decreased while
activation was stepwise extended over the years and sanctions became more
systematic.
Recently the activation policy in The Netherlands was
evaluated by Rutger Bregman. The government spents over 6.5 billion euro a year
on a series of measures, but their effectiveness is not tested nor visible,
given the persistence of 700.000 unemployed.
High level
«The high level of
unemployment resulting from the crisis and the remedies applied to solve it
are exerting downward pressure on wages generally and actually pushing down wages in
the crisis countries. This is a costly and dangerous way to adjust real exchange rates and rebalance
the euro area.»
iAGS
terça-feira, 25 de março de 2014
Os problemas vêm sempre a par
A contribuição
fundamental da nossa geração será a da consolidação de uma estrutura política
adequada aos processos de alternativa e de continuidade estratégica no sentido dos objetivos comuns à democracia (IDH).
Os problemas de fundo, que subjazem
à cultura política, e aos processos de coesão e de desenvolvimento
socioeconómico, são dois. O primeiro, não haver instâncias próprias que
suportem perspetivas alongadas de desenvolvimento, o segundo, não se considerar
que tais perspetivas, em democracia, só podem ser veiculadas por uma instância apartidária.
Tal configuração política estrutural, mas
dinâmica, é sempre atualizada pela democracia, interessa tanto à
credibilidade e eficácia do próprio Estado e às suas instituições, como ao desenvolvimento social, à sustentabilidade económica, fiscal e ambiental.
Uma estrutura europeia contrária à inspiração inicial
A globalização
retirou-nos todas as certezas e a integração europeia diminuiu a soberania. O
endividamento arromba a nossa independência.
Temos de participar nas decisões dos nossos vizinhos e parceiros. A integração europeia trazia essa promessa. No entanto, o seu dispositivo coletivo e solidário esboroa-se. Alteraram-se regras e costumes institucionais e práticos. Tem avançado gradualmente uma estrutura europeia verticalizada e centrípeta, contrária à inspiração inicial.
Temos de participar nas decisões dos nossos vizinhos e parceiros. A integração europeia trazia essa promessa. No entanto, o seu dispositivo coletivo e solidário esboroa-se. Alteraram-se regras e costumes institucionais e práticos. Tem avançado gradualmente uma estrutura europeia verticalizada e centrípeta, contrária à inspiração inicial.
Adapt. de António Barreto (2012) in
Portugal, que Futuro? - Academia das
Ciências de Lisboa
Apontamentos para a campanha eleitoral europeia
Europe must
lead the fight for equality. Suffocating austerity measures hitting the poorest
and the Troikas’ short-sighted excesses have exacerbated inequalities. A
long-term investment strategy for sustainable, high-tech and research-based
jobs, as well as modern industry and manufacturing, will reduce inequalities
and return Europe to its global leadership role. (…) It is the European Union’s duty to address these inequalities wherever they
occur and to lay the ground for national legislators to implement policies that
foster equality and social justice. If the recovery is focused on
guaranteeing social justice, investment in growth and job creation can help
reduce socio-economic inequalities. But beyond that, the European Union must
rekindle the public’s sense that fairness is a value worth defending in our
society. Equality must be at the heart of every European policy – be it
completing the banking union, protecting small savers, investment policy,
creating decent jobs, protecting the environment and consumers, or ensuring the
safety of European citizens. (…) In the European Parliament elections in May
2014, 350 million voters will have a chance to have their say on Europe’s
future. We know that we want this future to be one of equality and fairness.
Europe must
lead the fight for equality. Suffocating austerity measures hitting the poorest
and the Troikas’ short-sighted excesses have exacerbated inequalities. A
long-term investment strategy for sustainable, high-tech and research-based
jobs, as well as modern industry and manufacturing, will reduce inequalities
and return Europe to its global leadership role. (…) It is the European Union’s duty to address these inequalities wherever they
occur and to lay the ground for national legislators to implement policies that
foster equality and social justice. If the recovery is focused on
guaranteeing social justice, investment in growth and job creation can help
reduce socio-economic inequalities. But beyond that, the European Union must
rekindle the public’s sense that fairness is a value worth defending in our
society. Equality must be at the heart of every European policy – be it
completing the banking union, protecting small savers, investment policy,
creating decent jobs, protecting the environment and consumers, or ensuring the
safety of European citizens. (…) In the European Parliament elections in May
2014, 350 million voters will have a chance to have their say on Europe’s
future. We know that we want this future to be one of equality and fairness.Apud Social Europe Journal
quarta-feira, 12 de março de 2014
Pensamento
How rich they feel [the people] depends
not just on how
much money they have, but also how they live in comparison
to most other people.
Robert Reich,
12/02/2014much money they have, but also how they live in comparison
to most other people.
Frases (ouvidas de passagem)
Não podemos ter um ordenado mínimo de 1400 euros, porque 2/3 iriam parar ao exterior.
OTAN
Foreign Ministerial Meetings - Brussels, 1-2 April 2014
Meetings of the North Atlantic Council (NAC) at the level of Foreign Ministers will be held at NATO Headquarters on Tuesday 01 and Wednesday 02 April 2014. All information about these meetings will be made available via the NATO website. The meetings will be chaired by the NATO Secretary General, Anders Fogh Rasmussen.
Novo quadro de investimentos
O Acordo de Parceria com Portugal, no âmbito do novo Quadro Comunitário de Apoio Financeiro (2014-2020), terá um total de 19.058,5 milhões de euros, alocados aos vários fundos e distribuídos ao longo dos anos pelas diversas regiões do território continental e ilhas. A este montante deverá ser acrescida a verba de 7 mil milhões de euros, destinada à “Aquacultura – Desenvolvimento Rural”, bem como 370 milhões de euros destinados a financiar projetos elegíveis pelo FEAMP (Fundo Europeu dos Assuntos do Mar e das Pescas). Ou seja, o total do ciclo financeiro 2014-2020 disponibiliza para Portugal cerca de 25,4 mil milhões de euros. A globalidade destas verbas será canalizada, como habitualmente, através do FEDER, FSE e Fundo de Coesão. Este envelope financeiro de cerca de 19 mil milhões de euros para Portugal insere-se no montante total da coesão para toda a UE, que atinge os 350 mil milhões de euros (mais de 80% destinados aos países do leste europeu). Apud http://www.saer.pt/
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