terça-feira, 27 de janeiro de 2015
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
ExCertos
por Luis Lavradio, em 01.12.14
«A Causa Real tem um objectivo político. O de apresentar aos portugueses uma alternativa viável ao sistema vigente – que se encontra manifestamente esgotado. Queremos um sistema mais representativo, mais transparente, mais aberto, com claras divisões entre poderes. Um sistema que, na nossa opinião, sairá sempre reforçado se coroado por uma instituição independente, que possa encarnar a nossa história, a nossa cultura, que seja um símbolo de unidade e continuidade nacional.»
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Reflexões acerca de Charlie
«Ora o que é que estabelece o
Direito? O Direito estabelece precisamente (...) a igualdade dos
deveres recíprocos para a mais equitativa distribuição dos bens. O Direito
portanto não só não é uma emanação da lei natural, mas é uma reacção contra essa
lei. A natureza é o triunfo brutal decretado ao forte. A sociedade é a protecção
consciente assegurada ao fraco. A criação funda a luta pela vida. A sociedade
organiza o auxílio pela existência.»
Ramalho Ortigão, As Farpas (1883)
Artes
Sò o triste cadáver insinava,
A inconstante fortuna castigava
Como às mayores com mayor estrago
Nos vestígios do celebre Areopago
Já feytos brenhas, feras alojava,
Que onde acabão senados divididos,
Se vèm a conservar brutos unidos.
Bras Garcia Mascarenhas, Viriato Trágico, I, 9.
Iniciando uma exposição de fotografias de Pedro Jorge Alves
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Voluntários
"Founded on the values of solidarity and mutual trust, volunteerism transcends all cultural, linguistic and geographic boundaries. By giving their time and skills without expectation of material reward, volunteers themselves are uplifted by a singular sense of purpose."
Ban Ki-moon
As palavras oficiais: regime democrático em vez de regime republicano
Portugal começou a ter governos eleitos
com o fim da monarquia absoluta (em 1820), mas durante estes quase dois
séculos, o regime
democrático passou por vários períodos em que as liberdades públicas de
expressão, de reunião e de associação foram limitadas. Destes, destaca-se,
pelos seus quase 50 anos de duração e pela sua proximidade, o regime
salazarista, que terminou em 25 de Abril de 1974. Um ano depois realizaram-se
as primeiras eleições livres e com sufrágio universal (em que todos os cidadãos
maiores de idade que quiseram, puderam votar). Quer em 1833, quer em 1974, Portugal era uma das poucas
democracias do mundo. Hoje, felizmente, na maior parte dos países do
mundo, os cidadãos elegem os seus governantes.
http://www.portugal.gov.pt/pt/a-democracia-portuguesa.aspx
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
Repensar a inclusão I
Neste movimento de globalização, nem as pessoas nem os centros de decisão perdem a sua identidade, a lealdade das suas relações originárias e a responsabilidade perante a sua comunidade de procedência, mas expandem dinâmicas de comportamento, o que tem protagonizado importantes diferenças nas culturas de partida e de destino.
É também comum em revistas e jornais, na televisão, nos meios de comunicação de grande difusão, termos noção das ideias e pequenos negócios que se afirmam desde o local até ao outro lado do mundo, onde cada vez mais praticam a sua possível externalidade, sobretudo devido a uma vida urbana semelhante que praticamos à escala planetária.
A interpenetração cultural, pela assimilação e transmissão de experiências proporcionadas pelas novas tecnologias, tem proporcionado ao presente uma fusão de horizontes, situação apenas comparável no alvor da idade moderna, aquando da expansão dos horizontes navegáveis. Se o movimento tecnológico tem vindo a ser realizado de ocidente para oriente e do norte para o sul, e tem expandido modelos institucionais e de convivência globalmente, o movimento cultural tende a ser efetuado em sentido inverso, e tem polinizado irreversivelmente as culturas de destino.
Porém, estes movimentos implicam também, para todos, a clareza deprincípios que são mais vastos do que as culturas particulares. As sociedades abertas transformaram a sociedade de espaços e classes em sociedade de fluxos, de comunicação, de produtos e de pessoas em realização pessoal e social sem fronteiras, sustentada por relações culturais, políticas e económicas. Mas esta sociedade aberta, se também aumentou as diferenças de rendimento, diminuiu o acesso às oportunidades, sobretudo nas sociedades desindustrializadas. Procurámos solver distâncias abrindo a comunicação, reduzir a cava dos ciclos económicos e promover a paz pela complexidade das interdependências; procurámos o desenvolvimento social pelo prolongamento da escolaridade em profissionalização, mas é correlativamente necessário, para a abrir oportunidades de realização, procedimentos transformativos pela economia social, pela economia local expandida e pela formação em ambiente de trabalho.
Ver também A economia de Cinderela
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Revisões
Pedro Jorge Alves |
Desde
que, pelo sucesso obtido na enorme provação da crise de 1383-85, Portugal saiu de
uma das maiores crises europeias com a sua independência reforçada, com uma
nova elite forjada nos ardentes campos de batalha, teve como consequência a
transformação do País numa potência marítima que iria transformar o
cristianismo numa religião universal e abriria, pioneiro, as rotas da
globalização europeia, implicou uma diferenciação na estrutura do Estado. A
aliança entre uma monarquia apetrechada de recursos e visão estratégica, e uma
sociedade organizada em concelhos cuja lealdade tinha sido posta à prova nas
Cortes e na guerra, foram as bases para que Portugal, durante mais de um século
tivesse desempenhado uma função histórica universal. Com isso, o país
transformou a sua localização na periferia europeia numa mola para se tornar em
centralidade à escala global” (1). Hoje, neste mundo multipolar, Portugal pode
ser considerado central na realização, com antecipação, de uma política
solidamente democrática e participativa, pela intensificação no desenvolvimento
humano, pela sustentabilidade nas suas várias dimensões, defesa, agrícola,
fiscal e ambiental, pelo seu potencial crítico, pela sua capacidade tecnológica
e científica efetivamente aplicada (já exporta mais tecnologia do que importa), e com uma maior mobilidade social pelo
incentivo ao empreendedorismo jovem, mas a partir das freguesias, vilas e cidades,
como capitais produtivas de um diverso conglomerado industrial.
(1)
Adaptação de um excerto de Viriato Soromenho-Marques, Portugal na Queda da Europa, 2014.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Pluralismo
«O lavrador pedindo água, o marinheiro sol e vento, e o caminhante nenhua cousa destas. Quem te parece que, em um momento, pode satisfazer a três géneros de homens de tão diferentes vontades? E ainda nelas há tantas mil.»
João de Barros, Ropicapnefma
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
A autonomia açoriana no passado
«A autonomia açoriana de 1895 é a mera reposição, a continuação da autonomia administrativa que os Açores detinham nos três distritos desde 1832 até 1892.» Arnaldo Ourique
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
O copo está meio vazio
O copo está meio vazio |
A economia portuguesa registou uma capacidade de financiamento de 1,9% do PIB no ano acabado no terceiro trimestre deste ano, uma melhoria de 0,3 pontos face ao trimestre anterior.
Segundo os números publicados esta terça-feira, 23 de Dezembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o principal responsável por esta variação foi a melhoria do "saldo dos rendimentos de propriedade", com os rendimentos recebidos do exterior a aumentarem 5,7%, ao mesmo tempo que o saldo externo de bens e serviços estabilizou nos 0,7% do produto interno bruto (PIB).
No que diz respeito a sectores da economia, o Estado foi aquele que mais contribuiu para a melhoria. O défice do sector público na média dos últimos 12 meses é 4,3% do PIB, 0,5 pontos percentuais abaixo do valor observado no trimestre anterior (4,8%). A ajudar à capacidade de financiamento da economia esteve também o sector financeiro com um ligeira subida do seu saldo para 2,7% do PIB.
Famílias e empresas não financeiras viram a sua capacidade de financiamento deteriorar-se no terceiro trimestre (...).
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Mensagem de Sua Alteza Real o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, Chefe da Casa Real de Portugal, por ocasião das Comemorações da Restauração da Independência, no dia 1 de Dezembro de 2014
Portugueses:
O 1º de Dezembro é a mais nacional de todas as nossas datas.
Sem ela, todos os outros feriados civis deixam de fazer sentido.
E por isso, começo por saudar a Iniciativa Popular para a reposição do feriado comemorativo do dia 1º de Dezembro!
Nós, monárquicos, nunca a deixaremos de celebrar como aquele dia em que renasceu Portugal!
Hoje, Portugal e os Portugueses vivem dias amargurados.
Vive a nossa Pátria dias difíceis porque não se comporta como País livre e independente, grande pelos seus avós, e grande pelos nossos filhos.
Não podemos hoje, a soldo de interesses económicos duvidosos, vender essa independência que tanto custou a tantas gerações de portugueses.
Vivem os Portugueses dias difíceis porque o desemprego assola as famílias e destrói capacidades e laços de vida, obrigando as mesmas famílias a terem o papel supletivo que o Estado social já não alcança.
Vivem os Portugueses dias difíceis porque são forçados a emigrar, sobretudo os mais jovens e sobretudo os mais qualificados; e por muita experiência que possam trazer de volta, fazem-nos agora falta.
Vivem os Portugueses dias difíceis, porque manifestam pouca confiança naquelas instituições que deveriam garantir a nossa democracia, como sejam a Justiça e a Assembleia da República.
É nestes momentos mais difíceis, que o povo português deve revelar as suas extraordinárias capacidades.
Assistimos a sinais muito recentes de que a Justiça finalmente está a funcionar, com plena independência entre os poderes.
A nossa justiça tem dado extraordinárias provas de independência apesar das péssimas condições com que os juízes contam para realizarem o seu trabalho.
Sem uma justiça rápida e eficiente não pode haver democracia.
Assistimos a que, nas eleições autárquicas, os portugueses manifestaram o desejo de ver independentes nos cargos municipais a serem escolhidos pessoalmente pelos eleitores.
Assistimos a sinais de que os cidadãos se movimentam para procurar alternativas políticas para as eleições legislativas, mais consonantes com tudo aquilo que a sociedade civil sabe fazer, e fazer bem.
Para todo este desejo de renovação que perpassa pelo nosso país, estou convicto que a Instituição Real seria muito importante, ao aproximar a população das suas instituições políticas.
Todas as democracias cujo Chefe de Estado é um Rei ou uma Rainha têm essa ligação muito mais forte do que os Países onde a chefia de Estado é assumida por um político, independentemente das notáveis qualidades pessoais que ele possa ter.
Num momento em que os portugueses sofrem as consequências gravíssimas de muitos anos de políticas economicamente irresponsáveis e moralmente desajustadas, precisamos de uma “revolução cultural”.
A ignorância e o relativismo moral estão na base da nossa crise actual.
Queremos que os produtos nacionais, na indústria, na agricultura e nos serviços, sejam cada vez mais conhecidos.
Queremos que os jovens encontrem alternativas adequadas às suas vocações.
Queremos que as famílias continuem a promover a educação dos filhos, apesar de entraves que o próprio Estado por vezes coloca.
Temos provas dadas na ciência, na tecnologia, na qualidade dos produtos nacionais, na ousadia dos nossos empresários, na dedicação dos nossos trabalhadores, nas competências dos nossos pescadores e agricultores, na eficácia das nossas Forças Armadas, nos feitos conseguidos pelos nossos desportistas.
Acreditamos que saberemos estar presentes num Mundo em evolução.
Aproveito para apelar aos nossos governantes, para que tenhamos uma intervenção em defesa das vítimas do fanatismo no Próximo Oriente.
Algumas organizações têm tido um papel muito importante na denúncia dos crimes cometidos contra as comunidades cristãs que há mais de mil anos vivem nessa região.
A Fundação de Ajuda à Igreja que Sofre é uma das mais eficazes no apoio efectivo às vítimas dessas perseguições.
A minha Família e eu temo-nos esforçado por contribuir para o progresso da nossa Pátria.
Neste ano que termina, visitámos em Família a Nação irmã de Timor-Leste, cujo Parlamento generosamente me concedeu a sua nacionalidade.
Visitámos S.E. o Presidente da República, General Taur Matan Ruak, e o anterior Presidente da República, Prémio Nobel Dr. José Ramos Horta e contactámos várias personalidades civis e religiosas.
O nosso filho Afonso foi nomeado pela Associação do Senado dos Liurais, presidido pelo Deputado Dr. Manuel Tilman, com o grau de Liurai Timorense.
Visitámos em caminho, a Tailândia, onde fomos recebidos pela Família Real e pela comunidade de origem portuguesa, descendentes dos militares que foram enviados para ajudar o Reino do Sião.
Visitámos também o Rei e a Família Real do Reino do Cambodja.
Visitei Angola, por ocasião do Congresso das Fundações da CPLP, iniciativa do maior interesse, tendo-me ainda reunido com Bispos da Conferência Episcopal Angolana.
Em Portugal visitámos oficialmente vários Concelhos a convite das suas Câmaras Municipais.
Em alguns casos, o motivo foi a celebração dos 500 anos do foral manuelino, noutros o apoio a boas iniciativas culturais, económicas e cívicas.
Estive presente em Braga, Sintra, Aveiro, Ovar, Porto, Guimarães, Massarelos, Estremoz, Viana do Castelo, Caminha, Aljustrel, Funchal, Torres Vedras, Lamego, Felgueiras, e Vieira do Minho. E daqui saúdo as suas populações, autarcas e outras pessoas que sempre tão generosamente me receberam.
O futuro de Portugal depende de mantermos vivas estas nossas raízes e de alcançarmos uma inteligente renovação das nossas instituições.
Só todos juntos, num esforço bem organizado, o poderemos conseguir.
Tenho afirmado que o pensamento republicano é de curto prazo; interessa-lhe resolver os assuntos a quatro anos, até às próximas eleições; é um pensamento muito provisório.
Hoje estamos aqui neste 1º de Dezembro porque respiramos o ar da História e esse ar mede-se por séculos e gerações e não por ciclos eleitorais.
E por isso, hoje e aqui, solenemente repito - na presença de minha Mulher Isabel, que tanto tem promovido as causas da família e da educação, e de meu Filho Afonso que este ano celebrou a sua maioridade - que a minha Família está preparada para assumir os compromissos que o nobre povo português nos quiser confiar.
Assim sucedeu noutras épocas da nossa gloriosa História como povo.
Assim possa vir a suceder, após estes tempos conturbados em que vivemos.
Viva Portugal!
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Pluralismo
João de Barros |
«Não vês com quanta variedade d’árvores, ervas e flores,
tão diferentes em espécia, cobrio a terra? (…) doutrina que nos demonstra antre
os homens, per semelhante modo, haver tão
diferentes estados e opiniões (…).»
João de Barros in RopicaPnefma
(ed.1983:132)
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
De onde nos chegaram as instituições fundamentais para a organização democrática e para o desenvolvimento humano? Das Repúblicas? Não. Da Monarquia? Sim
O rei sempre foi a última instância de apelo para que Justiça fosse feita, sempre os monarcas edificaram instituições para o desenvolvimento humano, hospitais, escolas, universidades, academias, o parlamento, a constituição, a democracia... De onde nos chegaram estas instituições senão da monarquia? @Caderno Monárquico
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Revisão
SS Papa Francisco
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Ramalho Ortigão por Columbano A felicidade consiste em acharmos na vida um destino e em o cumprirmos sempre com dedicação (…). Ramalho Ortigão (1875) |
Apud Alice Nogueira Alves, Ramalho Ortigão e o Culto dos Monumentos Nacionais no século XIX, 2009, UL.
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