quarta-feira, 31 de julho de 2019

Pensamento do dia

John Tenniel


A descolagem da matéria de facto da retórica política tem como frutos o descrédito institucional e o conflito, interno ou externo.

O mundo mudou muito

duas ou três coisas

O Estado tem de ser sério, se quer ser levado a sério. Não é admissível, num 

tempo de forte escrutínio sobre a gestão dos bens públicos, em que se pede aos 

cidadãos um esforço fiscal tremendo, assistir a dispêndios cuja afetação possa 

suscitar fundadas dúvidas, em termos de transparência ou de rigor nos gastos. 

Quem não perceber que o mundo mudou muito, neste domínio, terá um destino 

político breve ou muito conturbado.


terça-feira, 30 de julho de 2019

Vanguardas


Se pesquisarmos na google por vanguardas tecnológicas em Portugal apenas uma questão surge no JN «Portugal vai estar na vanguarda tecnológica?».
Se quisermos saber quais as vanguardas tecnológicas portugueses teremos de retroceder de 2016 para trás. Interessante.

terça-feira, 23 de julho de 2019

From and to China with Love


«(...) «Existe alguma palavra que, por si só, possa guiar a nossa vida inteira?» O Mestre disse: «Não será reciprocidade? Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti próprio.»

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Pelo Serviço ao Bem Comum



Vivemos em sociedades com muita diferenciação cultural no seu interior. Entenda-se como se quiser o termo cultura. Se representa estilo de vida, padrões e valores, níveis de instrução ou polidez, tanto faz. A sociedade é complexa mas agrega todas estas diferenças se vivemos «civilizadamente».
Esta variada confluência cultural não contribuirá para diminuir a pertença comunitária, mas se houver contextos comuns de socialização. A democracia por si só não resolve este problema, considerando, pelo menos, a abstenção e a guetização. Requeremos pois, uma restruturação necessária para adequar e sobrelevar esta e as novas situações de complexidade cultural.
Se a participação e a interação das pessoas com os vários grupos sociais já não tem suficiente contato, apresentam-se-nos vaus sem ponte entre grupos sociais e culturais, mais um vazio político para onde também tem convergido o descontentamento por esta Europa fora. 
Além disto, falha também a coesão na desconfiança e desesperação com a representatividade política e a esta diversidade cultural tampouco tem sido capaz de se formular em movimento político coerente e profundo temporalmente. Assim, para que o todo nacional se reveja numa cultura de fundo terá de ser objetivado em instituições suficientemente abrangentes que concite os objetivos comuns de convivência, de socialização, de democracia. 
Continuam os atributos definidores da nossa cultura nacional: uma culinária que conjuga o ocidente com o oriente, uma língua com um grande leque fonético e semântico (1), uma história de quase 900 anos, fronteiras geográficas bem definidas desde D.Dinis (à exceção de Olivença), uma literatura com fortes referências ao campo ímpar de aprendizagem humana que é a história nacional, e enfim, capacidade de integração quer pela nossa conjugação na CPLP e na UE, ou por, desde sempre, e em todos os âmbitos, havermos produzido novos conhecimentos, e hoje também, relevantes para a humanidade.
Porém, não há acesso a uma ação conjunta que contribua para fundamentar toda a nova geração muito diversa culturalmente em coesão. O sistema de educação está longe de poder ser a resposta adequada como gostaríamos. E, como não acredito em processos revolucionários, pois conhecendo História, por serem aqueles processos eivados de uma mística e carisma que a dura normalidade não possui nem requer, temos de apelar a outras instituições para a coesão. E, não havendo lugar nesta complexa sociedade contemporânea para uma hegemonia de um grupo social, seja ele de carácter religioso ou ideológico, a formação de todos na instituição das Forças Armadas é, para a maior multiplicidade, a melhor coesão. Entendo, pois, que as grandes transformações são aquelas que se fazem por incorporação e não por exclusões. 
Sou, pois, pelo serviço militar obrigatório, salvo exceções muito, mas muito ponderosas. Pois não é numa universalização abstrata que se realiza o processo da humana aprendizagem, mas sim num mundo de referências humanas que se propõe a identificação pessoal, pela participação numa comunidade e numa continuidade histórica, permitindo visão e vivência mais largas do que o horizonte primeiro e local. Somente após este desenvolvimento de participação na instância nacional torna-se possível então o universalismo e o cosmopolitismo. Claro que esta perspectiva afasta-se da perspetiva ideológica de Victor Hugo, que apenas admite voluntários nas Forças Armadas, ver Écrits Politiques, pensamento ainda hoje dominante. Mas hoje também já estão bastante claras as dificuldades que tal medida criou à civilidade, ao prumo, à coesão e até à própria à democracia.

domingo, 14 de julho de 2019

Fading out Brexit



Labour to back Remain as it calls for a new EU referendum.

terça-feira, 2 de julho de 2019

Corrupção


The Council of Europe’s anti-corruption group (GRECO) published today a compliance report on Portugal assessing the implementation of the 15 recommendations it issued to the country in a report adopted in December 2015 concerning measures to prevent and combat corruption in respect of members of parliaments, judges and prosecutors. Portugal has fully complied with one recommendation. Another eight recommendations have been partially implemented and six remain non implemented. GRECO concludes that the current very low level of compliance with the recommendations remains “globally unsatisfactory”.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Imagens de Portugal



Não é numa universalização abstrata que se realiza o processo da humana aprendizagem, pois é num mundo de referências culturais que se propõe a identificação pessoal, pela participação numa comunidade e numa continuidade histórica, permitindo a solidariedade mais larga do que o horizonte primeiro e local. Somente após este desenvolvimento de participação na instância nacional torna-se possível então o universalismo e o cosmopolitismo. 
 
PFC 

Perceções



Parte das nossas percepções sobre o funcionamento do Estado decorre também do que é difundido pelos meios de comunicação social e nas redes sociais. Se alguma coisa correr muito mal, isso é mais facilmente motivo de notícia ou de conversa do que tudo o que corre bem no dia-a-dia. Por cada pessoa que morre num hospital por negligência, há centenas de milhares de pacientes que receberam o tratamento adequado e milhares de vidas que foram salvas - mas só a primeira será notícia. (...) [T]odos os anos o Fórum Económico Mundial publica um relatório sobre várias dimensões relevantes para a competitividade dos países. O relatório cruza informação de várias fontes, tentando reduzir a subjectividade resultante de impressões casuísticas. Há vários anos que esta publicação diz o mesmo sobre Portugal: o nosso país tem um desempenho sistematicamente superior a todos os outros países comparáveis no que respeita ao funcionamento das instituições públicas.
Comparado com os restantes países do sul da UE (Espanha, Itália, Grécia) ou dos países da Europa de Leste, o retrato que emerge de Portugal é muito mais benigno em indicadores relacionados com ética, corrupção, subornos e desvio de fundos, confiança nos políticos, independência do sistema de justiça, favorecimento de interesses particulares pelos decisores políticos, eficiência da despesa pública, entre outros. Nestes indicadores o desempenho português está mais próximo de França, Alemanha ou EUA - nações com economias muito mais avançadas - do que de países com níveis de desenvolvimento comparáveis ao nosso. (...) [O]s apoios às empresas financiados pelos fundos europeus em Portugal têm cumprido todos os principais objectivos a que se propõem - aumentar o investimento, a competitividade, a inovação, a internacionalização e a qualificação dos trabalhadores. Estas conclusões, apesar de robustas, contrastam com a percepção generalizada sobre a má utilização dos fundos europeus em Portugal.

terça-feira, 25 de junho de 2019

Não somos todos iguais


« (...) Os partidos, que usufruem de um quase monopólio de representação institucional, não podem continuar a não tirar consequências, em tempo útil, das atitudes de quantos atuam em seu nome. Os delitos praticados por quantos acederam a cargos por virtude da confiança democrática dos cidadãos têm de lhes merecer uma atenção muito particular. Sabemos quanto os principais partidos dependem do poder autárquico e de como temem fragilizar quem, a nível local, atua em seu nome. E também é óbvio que essas forças partem sempre do princípio cautelar de que uma acusação não pode ser uma condenação antecipada. Mas não seria prudente, para uma qualquer força partidária, transmitir um sinal de respeito pelo processo judicial, com impacto público, suspendendo preventivamente de órgãos de direção quem houvesse sido objeto de uma indiciação por crime grave por parte do Ministério Público? Não estaria em causa uma expulsão das fileiras, mas um mero afastamento até tudo ficar mais claro. Ao não fazê-lo, deixam-se cair no fácil “são todos iguais”.» @ duas ou três coisas  Francisco Seixas da Costa

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Frases (retomadas deste blogue)



«Num país com a nossa história, geografia, desigualdade, ignorância e pobreza, o futuro devia ganhar este jogo político sem a menor dificuldade. Devia mas não ganha. Passa-se o mesmo um pouco por toda a União Europeia. O medo está claramente a ganhar ao futuro.»
Miguel Monjardino, «Entre o Medo e o Futuro»,Guerra e Paz in Expresso, 9 de Maio de 2009, Primeiro Caderno, 21.

Frases



É óbvio, mesmo para um economista amador, que se a recuperação económica praticada em Portugal não é acompanhada de um investimento apropriado, a fragilidade aumenta e aquela que foi recuperação termina por verificar-se em recessão. Os impostos arrecadados não são suficientes para cobrir a expansão.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Leituras

Viriato Soromenho-Marques
«Na Europa só os mais otimistas e menos lúcidos parecem acreditar que os mecanismos de proteção irão funcionar perante uma nova crise global do sistema financeiro. E sobre esta, a única dúvida que permanece é acerca da data em que ela eclodirá.»
@ Depois da Queda, Círculo de Leitores, Col. Temas e Debates, 2019, 77.

Sinopse pelo autor:

«Em Portugal na Queda da Europa, publicado em 2014, defendi que a Europa estava em queda, mas ainda não se tinha despedaçado. Volto ao tema neste breve livro, com uma urgência redobrada, para afirmar que a Europa em 2019 - entendida como o projeto de integração europeia de que resultou a atual União Europeia - já se encontra tombada sobre terra, impossibilitada de se reerguer se as políticas e as instituições que a conduziram até ao chão se mantiverem sem mudanças profundas. Insisto, a União Europeia jaz à beira de um declive para onde resvalará se o presente rumo não for alterado, daí resultando uma fragmentação de consequências negativas imprevisíveis, mas com toda a certeza de enorme impacto, não só para o Velho Continente, mas para a ordem global.»

domingo, 2 de junho de 2019

Consistências


D.António Luís de Menezes
                         



Miyamoto Musashi
«[O] samurai deve seguir o caminho das letras, ao lado das artes marciais (...).»
Miyamoto Musashi (1584-1645) trad. F.B.Ximenes


sábado, 1 de junho de 2019

Leituras


«(...) [I]ndependence of judiciary was assured with the advent of life appointments.»


Leituras



«(...) [S]ociety is not a balance sheet. People interpret the world in moral terms. (pág,193)


quarta-feira, 29 de maio de 2019

Tentar perceber a saúde


«(...) [N]ão se sabe por que razões o país tem tão bons indicadores quantitativos (médicos, hospitais, camas, equipamentos, consultas, urgências), alguns muito bons resultados (esperança de vida, mortalidade infantil, vacinações) e tão maus índices de qualidade (espera, acidentes, desigualdades, preços dos medicamentos, horrendas condições de espera e atendimento nos serviços públicos). (...)» ABarreto

terça-feira, 28 de maio de 2019

Imagens de Portugal


A pátria do bucolismo*
* Esta expressão "pátria do bucolismo" foi de um estudioso alemão Friedrich Bouterwek

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Imagens de Portugal


 
Biblioteca Digital Hispánica


Luis de Milán (n. 1500 – c.1561) foi um compositor renascentista valenciano (Coroa de Aragão), tendo dedicado o seu famoso livro El maestro a D.João III, incluindo no prólogo palavras muito elogiosas para a cultura musical portuguesa: «La mar dond he echado este libro es piamente el regno de Portugal, que es la mar dela musica; pues enel tanto la estiman; y tambien la entienden.»

João Carlos Picoito «Sobre a História da Música Portuguesa» @ Valls Gorina, Que é a Música, Lisboa, BBV 53, 1971, pág.149.

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Brexit felizmente cada vez mais "fade out"

Ephemera

«[A] (...) União Europeia tornou-se um bunker (…) [!] [E]u não acho que haja qualquer problema em os ingleses quererem manter o "controlo" sobre o seu país (…). Pelos vistos isto agora é um crime, num meio europeu que cada vez mais desvaloriza o valor da democracia e da sua ligação com a soberania. É que o erro iluminista – para lhe dar uma classificação apesar de tudo valorativa – é pensar que se pode na Europa e com as nações europeias restringir a soberania nacional a favor de uma entidade supranacional que ninguém reconhece como tendo mais legitimidade democrática do que os parlamentos nacionais (…). A questão não está em cumprir acordos internacionais (...) está em aceitar-se que um país possa ser governado de fora em aspectos cruciais como orçamentos, economia, política interna e externa, por uma burocracia internacional (...)». @ Público 

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Artes


Memórias de Inverno

De https://imagenscomtexto.blogspot.com/

Impávido o tempo inclina-se
De qual soberbo e alto muro
Ao meu tormento tão constante,
Mal pesaroso e medonho 
Caso e estado escuro, 
Dor que reside e espera,

Nesta hora difusa infernal
Na difusa e leve cinza
Radiante ignea flor
Começa a florescer como fénix
...Como o Prometeu agrilhoado
Espera volver um dia incognito
A salvar-se do perene castigo.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Questão Relevante

«The more financially integrated a country is, the more it aims to protect itself  from the risks stemming from...» Moritz Schularick

A ideologia que a circunstância permite...? As ideologias são populares como sementes esperando a sua circunstância primaveril...? Ou não será assim? Solicitam-se respostas, hipóteses diversas, etc. Abr

Frases: Flecha direta aos PC's. Certamente!



"Mas nisto de mulheres o peso de herança falocrática é tão forte que mesmo na esquerda os clarins mais altissonantes das liberdades se engasgam quando soa a voz das mulheres."

Natália Correia, 8 de março de 1989.

Diário da Assembleia da República, 9 de março de 1989, p. 1758.

MIL




2 de maio, na Sociedade de Geografia de Lisboa: Entrega do Diploma de Instituição Honorária da Academia Internacional da Cultura Portuguesa ao MIL

sexta-feira, 10 de maio de 2019

ExCertos



(...) não se ver prezado o verso e a rima,
[...] Porque quem não sabe arte, não na estima.

LVCamões, Lusíadas, V, 97



Não nos perturbarmos por os nossos méritos serem ignorados: não é a marca distintiva do homem de bem?

Confúcio, Analectos, 1.1 [trad. Pierre Rickmans & António Gonçalves] 



quarta-feira, 8 de maio de 2019

Portugal e UK



Já a partir de amanhã D.Francisco de Almeida participa no OST
@JEM
«Até 13 de Junho a fragata portuguesa treinará com a Royal Navy, após o que concluirá o seu aprontamento para integrar a Força Naval Permanente da NATO, em Agosto

Largou esta semana da Base Naval de Lisboa a fragata D. Francisco de Almeida, rumo a Inglaterra, onde participará no Operational Sea Training (OST), a partir de amanhã e até 13 de Junho. Depois deste treino com a Marinha britânica, a fragata “irá concluir o seu ciclo de aprontamento, de forma a integrar Força Naval Permanente da NATO, em Agosto próximo”, refere a Marinha portuguesa.
De acordo com a Marinha, o OST é habitualmente um “importante marco no processo de aprontamento das unidades navais portuguesas, com vista a preparar os navios para operarem em cenários de elevada complexidade, na máxima extensão das suas capacidades, nomeadamente todo o espectro e ambientes das operações navais, maximizando a sua capacidade para combate, em especial de defesa contra ataques terroristas que ocorram a partir do mar”.
Comandada pelo capitão-de-fragata Ricardo da Silva Inácio, a fragata tem uma guarnição de 192 militares, “incluindo duas equipas do pelotão de abordagem do Corpo de Fuzileiros, uma equipa de mergulhadores, uma equipa médica e um destacamento de helicópteros embarcado”, esclareceu a Marinha.»

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Frases

Troques ou Digitalis Purpurea subsp Purpura autóctone de Trás-os-Montes


Primeiro texto, inspirado em JPP @ A Lagartixa e o Jacaré, «O ultimato ao Reino Unido», Visão, escrito por mim às 06.30 de 06-05-2019, mas publicado inicialmente em 02-12-2018.

[Havendo] uma entidade supranacional europeia que, não tendo mais legitimidade democrática do que os parlamentos nacionais, os "fundadores" da Europa, teriam de ver como uma enorme imprudência o acelerar do aprofundamento da união política da Europa. Por muito federalistas que alguns fossem... também saberiam muita história.”




Segundo texto, inspirado por mim às 07.00, 06-05-2019, sob o único efeito de café solúvel Nestlé Gold.

A falta de solidariedade, de cooperação (a todos os níveis), o instinto de preponderância e até de agressividade de alguns países europeus, aos mais diversos níveis, uns contra outros, nada pode ou poderá augurar nada de positivo, ainda para mais com poderes externos à UE com vontade de desagregar-lhe os intentos próprios políticos ou de reunir a si a sua potência económica (escolher EUA e Rússia). Não vejo na última parte nada de negativo (isto é, reunir a sua potência económica a outros elementos fora da Europa)... desde que a Banca passe a estruturar-se como era antes de Clinton, uns eram bancos financeiros e outros eram comerciais ou dando garantias todos pela insolvência de outros (et pluribus...), com o interesse de se moderarem uns aos outros, coisas que em 140 anos não tem existido. E não digo 140 anos por dizer. Há um estudo de caráter científico, isto é, elaborado por gente com honestidade intelectual, sempre e renovadamente comprovada, e outros tantos escritos que o coadjuvam a afirmar isto mesmo: Os banqueiros não se moderam uns aos outros, resultando as crises financeiras de há 140 anos em falta de credibilidade do crédito concedido. Um pleonasmo concedido pois me parece bem representar o absurdo da situação...

A Europa, sem a mais desenvolvida tecnologia para o lar (olhemos para os nossos electrodomésticos e vejamos onde foram primitivamente criados) e para ferramentas industrais... sem a mais avançada tecnologia para a defesa e segurança, não se pode almejar a paralelos e menos a hegemonias, regionais ou outras, como nos ensinam as continuidades e as ruturas históricas (desde que há memória humana...). 

Os que não têm criado inovações tecnológicas organizam-se. Mas infelizmente com o rosto da raiva, da vingança e na forma da morte de inocentes. Todavia, com tanta inovação não esqueçamos o básico, que a técnica mais antiga e eficaz entre todas é a capacidade de organização humana nas mais diversas formas. E que o erro na organização complexa de quem somos, de quem não respeita os princípios que nos fazem distinguir como humanos, apresentou o que de mais errado fizemos (perseguisões, genocídios, terrores, fome, indignidade). Já Montesquieu criticava os EUA de terem sido tomados pelo frenesim francês de tudo resolver pelo seu governo central, diminuindo a capacidade de organização da sociedade civil para solucionar os seus problemas. Mais recentemente, no mesmo sentido, mas com experiência já no terreno, ver um resumo de Derk Loorbach, To Transition! Governance Panarchy in the New Transformation, 31 de Outubro, 2014, Erasmus University of Rotterdam: Ruptura e Transição. Mais , ainda também neste mesmo sentido, temos o pensamento de Niall Ferguson, 2018.

Nós, por exemplo, temos a tecnologia mais desenvolvida para a segurança submarina dos portos (e etc). Mas a credibilidade e a aposta em pensamento estratégico, e desenvolvimento de estratégia, são cruciais. O pensamento estratégico é e foi o que sempre distinguiu progressos dos seus contrários.

Nem eu aprecio hegemonias (culturais ou militares), em parte alguma, mas a colaboração, esta sim é indispensável (especialmente com quem não tem, como se dizia em Portugal há mais de 500 anos, o “espírito muito levantado”). Felizmente, Portugal tem uma imensa credibilidade internacional e todos o querem como neutral, e sem hegemonias culturais que o definam caricatural e hipocritamente. A neutralidade será a função geostratégica mais própria e mais conveniente para todos. Mas prepararmo-nos para ela implica um reforço imenso do pensamento estratégico dirigidas às atividades domésticas. Leia-se acerca disto mesmo em, por exemplo, Make domestic challenges central em Graham Allison, 2017, págs 238 e sgs...

Nota: Por incúria pessoal, certamente, não consigo, por mais que tente, editar este texto num único estilo. Parece fácil, mas aqui foi impossível. Desculpem os leitores. Não vou passar culpas ao sistema operativo do «blogspot»...

História e Ficção



In 1547 Fernando De Gama, a young "Soldier of Fortune" from Portugal, set sail for the Orient in a bid to find the man that murdered his father and, with luck, like many of his fellow countrymen, to make his fortune. A vicious storm in the Indian ocean almost ended his plans when the ship he was on sank. The sole survivor, he was washed up on a tropical beach only to be captured by Arab slavers and taken to Ayutthaya in the kingdom of Siam where he was offered for sale as a slave. He is rescued from slavery when a beautiful young woman Maria, also from Portugal, living in Ayutthaya with her father, buys him from the Arabs and restores his freedom. Not suprisingly he falls for Maria and Maria him, much to the chagrin of Maria's Father. As an experienced soldier his services are soon in demand when the King of Siam declares war on a Northern renegade pretender and all of the Portuguese colony are press-ganged into the service of the King. Predictably, Fernando's experience and gallantry in the heat of battle, gain favour with the King who commands him to be one of his honoured personal Guard along with a new found Thai friend of tremendous gallantry, Tong. Unbeknownst to the king, his beautiful but devious wife, Queen Sudachan, plots to kill him and place her lover on the throne. The first attempt by the Queen to rid herself of the king fails and she enlists the services of Phillippe, who it transpires was the murderer of Fernando's father. He in turn organises another failed attempt on the Kings life. As trusted guardians of the king, Fernando and Tong discover that Phillippe is involved but is killed during an attempt to arrest him. They subsequently discover that the perpetrator is the Queen but are to late to save the king who has already succumbed to her poison. The blame for the kings death is fostered upon Fernando and Tong who are arrested and forced to fight each other to the death for the amusement of Queen Sudachan and her lover, the new king.

Porque ainda não passou em Portugal? Questionou SAR D.Duarte. 

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Assim vai o mundo

JPP
«Uma União Europeia claramente em crise e decadência resolveu empertigar-se com os ingleses e apresentar -lhes um acordo que sabe que a senhora May, primeira-ministra inglesa, tem muito poucas oportunidades de conseguir que passe no Parlamento. O Reino Unido fica assim condenado ou a aceitar muitas regras que os defensores do Brexit consideram inaceitáveis e uma violação do sentido da votação popular, ou ter uma saída dura que sabe ser muito temida principalmente pelos interesses empresariais ingleses.» JPP excerto @ Sábado 

terça-feira, 30 de abril de 2019

Efemeridades

Os holandeses comemoram hoje o Dia da Rainha 

Festa rija

Frases

Confluências poéticas

José Pacheco Pereira


«As coisas são fuzzy, cintilam demasiado (...)»
@ Público, 16 de Junho 2012


(...) vereis o mar fervendo aceso (...)
@ LC, Lus.II, 54 1

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Frases

František Kafka
«Creio que foi através de Kundera que tomei conhecimento das sonoras gargalhadas que terão dado Kafka e seus amigos quando o autor de "A Metamorfose" leu em voz alta as aventuras de Gregor Sansa, o pobre caixeiro viajante que um dia acorda transformado num inseto. Veio a guerra e o humor foi sendo varrido da literatura dos textos (...) para dar lugar ao pesadelo da angústia e do absurdo.»

Ana Cristina Leonardo, «Isto Anda Tudo Ligado» @ Expresso, 14 de Abril 2012, Atual, pág.11.

domingo, 28 de abril de 2019

Artes

Confluências poéticas



(...) Mal-entendidos, incertezas, compreensões tardias, lamentações, remorsos inúteis, recordações talvez enganadoras, erros tontos e irremediáveis (...)

António Tabuccchi

(...) premonições mórbidas, 
investigações eruditas, acasos
raramente felizes, imaginações presas ao passado,
medos surdos, sonhos de sonhos (...)

Pedro Mexia



sábado, 27 de abril de 2019

Imagens de Portugal

 
porto
Quando os Corvinos vencem piratas

Praticam o olhar. Param o tempo e ficam a olhar, o que for. Param de trabalhar para contemplar. Sabem não fazer nada, olhar para nada, usufruem da capacidade de descansar sobre o tempo.

Texto inspirado em Gonçalo Tocha, Público, 30 de Março, 2012 

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Cultura MIL: Movimento Internacional Lusófono



Liberdade de imprensa em Portugal

Liberdade de imprensa: Portugal é o 9º país mais livre da Europa, 12º no mundo
Miguel Carvalho
@fadopositivo
Repórteres Sem Fronteiras : Portugal volta a subir no ranking dos países com maior liberdade de imprensa no mundo. No mais famoso ranking, elaborado pelos Repórteres Sem Fronteiras, ficam atrás de Portugal países como Alemanha, Áustria, Luxemburgo, Canadá, Austrália, França, Inglaterra, etc.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

25 de Abril


Álvaro Dâmaso

Há 45 anos fomos todos para as aulas no Liceu Antero de Quental. As turmas não eram mistas. A primeira aula foi de Português e o excelente professor anunciou que de madrugada tinha havido um "golpe de Estado" e as aulas estariam suspensas naquele dia. Explicou-nos perante a nossa questão, em três frases, o que significava um golpe de Estado, satisfazendo plenamente  a nossa curiosidade à nossa maturidade de 13 anos. A delicadeza em ter ido ao nosso encontro logo na primeira aula da manhã, de haver iniciado o ritual de entrada na sala de aula e a instalação do espaço com os estudantes, realizando assim um dia normal, a sua voz grave e afável sempre, deixa-me enternecido. Agradeço-lhe daqui o seu belíssimo testemunho, um exemplo de grande parte, do melhor, que o 25 de Abril nos proporciona ainda hoje.

domingo, 21 de abril de 2019

Pensamentos


Artur Manuel R, N, Pires

"Alípio Severo Abranhos, o Conde de Abranhos, quando recentemente empossado como Ministro da Pasta da Marinha e do Ultramar, ao discursar sobre política ultramarina, referiu Moçambique como ficando na costa ocidental de África. Mas naquela altura, o erro não durou mais do que instantes, porque à correção pronta da bancada da oposição, de que Moçambique era na costa oriental, o nosso extraordinário Conde de Abranhos, e senhor ministro, não fez a coisa por menos: «Que fique na costa ocidental ou na costa oriental, nada tira a que seja verdadeira a doutrina que estabeleço. Os regulamentos não mudam com as latitudes!»". 

in JEM