quinta-feira, 30 de abril de 2015
Monarquia na origem de tudo quanto é institucionalmente contemporâneo
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Leituras
«O impossível ideal de um mundo que teria reencontrado a sua unidade deve manter-se, no próprio seio da irremediável dispersão, como princípio regulador da investigação e ação humanas.»
Pierre Aubenque, Le Probème de l'Être chez Aristote, Essai sur la Problematique Aristotélicienne, PUF, 1962, p.402
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Conferência de Richard Zenith acerca de Fernando Pessoa na Livraria do Congresso EUA
TITLE: Fernando Pessoa: An Englishly Portuguese, Endlessly Multiple Poet
SPEAKER: Richard Zenith
EVENT DATE: 2015/03/04
RUNNING TIME: 64 minutes
TRANSCRIPT: View Transcript (link will open in a new window)
SPEAKER: Richard Zenith
EVENT DATE: 2015/03/04
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Para o ano é que é
«Caro leitor, desculpe, mas eu já escrevi isto. Quer continuar, se já leu isto? Já leu isto, já ouviu isto e provavelmente pensava que já tinha pago isto. Mas isto continua, ano após ano, isto a que chamam consolidação que não consolida, equilíbrio que não equilibra, ajustamento que não ajusta. A austeridade não arma crescimento nem desarma de nós. Mesmo o crescer é sempre a perder e de cada vez que anunciam que tem de ser é como nos mandassem à perda.
A perda é até mais de esperança do que de dinheiro. “A década perdida” é uma expressão errada, porque não é uma, são duas: entre 2001 e 2010, a economia portuguesa cresceu 0,8%. E de 2011 a 2020 vai crescer... uns miseráveis 0,2%. Somos o sétimo país com o crescimento mais lento do mundo.
Calma, este não é um texto contra este governo de direita nem contra o anterior governo de esquerda — sim, eu também já escrevi isso, uma e outra coisa, o de Sócrates pela loucura da dívida acelerada sem proveito coletivo, o de Passos pelo falhanço nas reformas que levassem à reconversão da economia. Se for contra o Governo, então este texto é contra o próximo. Porque se o próximo não souber mais do que isto, estamos perdidos; perdidos na alta austeridade e no baixo crescimento como se tivéssemos defeito de fabrico. Não temos. Mas ouve-se Passos dizer que não há nenhuma razão para Portugal não ser dos países mais competitivos do mundo (...).»
Pedro Santos Guerreiro, in Expresso, 18/04/2015
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sábado, 18 de abril de 2015
Pensamento
«Our sense of reality is multiplied by this world of fiction and possibility»
apud A Ricoeur Reader. Reflection and Imagination, p.443
quinta-feira, 16 de abril de 2015
quarta-feira, 15 de abril de 2015
A melhor escola
«(...) [Na escola] de amor se alcança com perfeição tudo o que pelas [escolas] do mundo variadamente se aprende e com muito decurso de anos se alcança: o aviso no falar, a discrição no escrever, a brandura no conversar, a polícia no vestir, a graça no parecer, a cortesania no tratar, a liberalidade no despender, o esforço no pelejar, a largura no jogar, a humildade no servir e a pontualidade no merecer.»
Francisco Rodrigues Lobo
terça-feira, 14 de abril de 2015
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Soberania Popular
A
soberania popular é uma ideia que desde João das Regras (+1404) e após 1641
com César de Meneses e Velasco de Gouveia foi estabelecida em
Portugal. Uma teoria da soberania popular pode ser encontrado na escola de
Salamanca (Francisco de Vitória (1483–1546) ou Francisco Suárez (1548–1617), que
consideravam a soberania passando igualmente de Deus para todas as pessoas, não
somente para os monarcas. Decorre também no
pensamento político europeu da escola
contratualista (de 1650 a 1750),
representada por Thomas Hobbes (1588-1679), John
Locke (1632-1704) e Jean-Jacques
Rousseau (1712-1778). A doutrina central
é a de que a legitimidade do governo ou da lei está
baseada no consentimento dos governados. A soberania popular é assim uma
doutrina básica da maioria das democracias. Todos postulavam
que os indivíduos escolhem entrar em um contrato social contra os perigos e
riscos de um estado natural.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Sou monárquico por rigorosa convicção intelectual
António Filipe Pimentel - Gestor Cultural - Museu de Arte Antiga |
Observador: (...) No início de 2016 o país vai necessitar de que perfil na Presidência da República? Alguém que assegure pequenas cosméticas ou que proponha uma grande cirurgia ao regime?
António Filipe Pimentel: Neste ponto estou em completo embaraço: sou monárquico, por rigorosa convicção intelectual, pelo que a questão se me afigura de índole rigorosamente sofística (com a devida vénia, claro), partindo do princípio de que a figura do Presidente da República terá algum impacte na reforma da estrutura política, da qual mais ou menos diretamente emerge. O pobre senhor, qual ele seja, será sempre vítima das contradições internas do cargo/função: se interventor, contribuirá poderosamente para o aumento do clima de conflitualidade institucional; se colaborante apagar-se-á e será acusado pela oposição de conivência com o Governo e quebra da sua função arbitral (sobram os exemplos de uma e de outra, até com ritmos que configuram uma coreografia pré-determinada: colaborante no 1º mandato; interventivo e conflitual no último, sendo o caso presente atípico por alteração violenta das condições meteorológicas). (...)
quarta-feira, 8 de abril de 2015
ExCertos
Dom Manuel II – O Rei Amigo
Sinos a repicar alegremente, foguetes a estalar nos céus, mantas coloridas nas janelas, faixas e bandeiras nas árvores, tudo sinais com que as povoações com multidões compactas, entusiasticamente, por brios ter, acolhiam o Rei.
(...)
El-Rei Dom Manuel II de Portugal num interesse atento entregava constantemente um sorriso mostrando-se sempre o que era, pois já na sua «Doutrina ao Infante D. Luís», o douto humanista Lourenço de Cáceres Lhe recomendava “que se não aparte da afalibilidade nem dê pouca parte de si ao povo, pois que não há erro mais nocivo para quem seja de senhorear ânimos portugueses!” Berço abençoado!
Era a comunhão entre Rei e Povo, represtinada dos primórdios da humanidade que começou por se organizar sob o modelo da Monarquia, o Elo natural que só as revoluções de uma minoria que se apropriou dos meios de força e coacção conseguiu quebrar.
(...)
Este louvor popular é a prova que a História dos últimos 104 anos tão faltado tem à Verdade, transmudada pela pena dos subjugadores, distorcida pela vontade dos caluniadores! Só esses são os nossos inimigos, pois enquanto um Rei encarna a História os políticos têm de a reescrever.
Miguel Villas-Boas
terça-feira, 7 de abril de 2015
Um passado que nos acrescenta e consolida, e uma democracia que nos atualiza
sexta-feira, 3 de abril de 2015
O sentido social da monarquia foi e é, desde sempre, para o desenvolvimento humano e social
O rei sempre foi a última
instância de apelo para que Justiça fosse feita, sempre os monarcas
edificaram
instituições para o desenvolvimento humano, hospitais,
escolas, universidades, academias, o parlamento, a
constituição, a
democracia... De onde nos chegaram estas instituições senão da
monarquia?
@Caderno Monárquico
Efeméride
«(...) se com devida atenção quisermos considerar, os extremos
da nossa composição com passo de tão desvariados membros, o número e ordem de
tantas potências poderemos manifestamente conhecer que nos deu a natureza em
nós mesmos não somente a mostra de suas grandes maravilhas mas ainda um copioso
e expresso regimento para o governo de nossas vidas, porque quem bem discutir, e especular, o
assento tão firme dos pés o artificio tão grande sobre eles edificado, o foro
do corpo tão robusto e largo; a lonjura dos
braços, o engenho e subtileza das mãos, as luzernas dos principais sentidos
postos em a cabeça como em atalaia de todo o corpo verá evidentemente como em
nós estão traçados os fundamentos e princípios de toda a prudência humana, e
governo da boa e perfeita república, verá como digo em nós desenhada uma
república sobre todas mais excelente que é o reino ajuntado de muitos e
desvairados estados (...)»
Francisco de Melo na abertura das Cortes de Évora, Domingo dia 13 de Junho de 1535 (D.João III)
quarta-feira, 1 de abril de 2015
terça-feira, 31 de março de 2015
Nacionalidade portuguesa dos judeus sefarditas
Congratula-se o IDP pelo facto de o Governo ter regulamentado a atribuição da nacionalidade portuguesa aos descendentes de judeus sefarditas portugueses, através do Decreto-Lei n.º 30-A/2015 de 27 de fevereiro:
https://dre.pt/application/conteudo/66619927
Estabelece o referido decreto no seu Artigo 2.º Aditamento ao Regulamento da Nacionalidade Portuguesa
1 — O Governo pode conceder a nacionalidade portuguesa, por naturalização, aos descendentes de judeus sefarditas, quando satisfaçam os seguintes requisitos: a) Sejam maiores ou emancipados à face da lei portuguesa; b) Não tenham sido condenados, com trânsito em julgado da sentença, pela prática de crime punível com pena de prisão de máximo igual ou superior a três anos, segundo a lei portuguesa
A Assembleia da República aprovara por unanimidade a Lei n° 43/2013, para a aquisição da nacionalidade, publicada a 3 de julho em Diário da República.
Desde 2012 que o IDP mormente através de um seu diretor, dr. Francisco da Cunha Rego, diligentemente auxiliado pelo Dr. Bruno Cabecinha, estabeleceu um protocolo com uma comissão de judeus sefarditas para diligenciar uma iniciativa legislativa que atribuísse a nacionalidade portuguesa aos atuais judeus sefarditas de origem portuguesa.
Essa Comissão foi composta por Luciano Lopes, rabino e empresário; Rosangela de Paiva Lopes, empresária e educadora infantil; Carlos Zarur, antropólogo; Ariel Shemtob, médico; Luciano Oliveira, médico; David Neria Ramirez, administrador de empresas; Sérgio Mota, jornalista e genealogista; Simon Albuquerque Senior, genealogista; Renato Leão, empresário e Artur de Oliveira, freelancer
O IDP acompanhou esta diligência, como noticiado em 10 ABRIL, 2013– “Uma Reparação Histórica” http://idportuguesa.pt/?p=6238 e em 18 JUNHO, 2014 http://idportuguesa.pt/?p=7831 “Falta regulamentar a Lei da Nacionalidade dos Judeus Sefarditas”
Com a regulamentação da Lei por este Decreto-Lei n.º 30-A/2015 de 27 de fevereiro, Portugal realizou uma reparação histórica, ao reconhecer o regresso destes seus filhos, após mais de 5 séculos de exílio, ao seio da sua nação portuguesa.
Nos últimos vinte anos, foram várias as personalidades nacionais que exprimiram o desejo de que fosse levada a cabo uma reparação histórica da expulsão dos judeus, em 1496.
A Assembleia da República, na “Sessão Evocativa dos 500 anos do Decreto de Expulsão dos Judeus de Portugal”, em Dezembro de 1996, patrocinada pelo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, votou, por unanimidade a revogação simbólica do decreto de expulsão.
Em Outubro de 2001, na Sinagoga Shearith Israel de Nova York, D. Duarte de Bragança apresentou um pedido de desculpas, em nome dos reis de Portugal, aos descendentes dos judeus perseguidos pela Inquisição
O rabino Luciano Mordekhai Lopes, associado do IDP, vê agora coroar de êxito os esforços que tem desenvolvido desde há 15 anos, para ter condições de regresso a Portugal. Ninguém sabe ao certo quantos sefarditas optaram por partir, nem quantos conseguirão agora, 500 anos depois, provar a ascendência portuguesa para obterem a nacionalidade. “Só na Turquia existem alguns milhares de interessados”, segundo Francisco Cunha Rego, do IDP – Instituto da Democracia Portuguesa. “Para a comunidade judaica sefardita, como para qualquer ser humano cujos antepassados tenham sofrido o mesmo, acredito que é importante o reconhecimento oficial do crime cometido e o início de uma reparação legal pelo nosso país”, refere Francisco Cunha Rego.
https://dre.pt/application/conteudo/66619927
sexta-feira, 27 de março de 2015
segunda-feira, 23 de março de 2015
Controvérsia filosófica
«(...)[Il] manque à la pensée d’Aristote, comme à
celle d’autres philosophes antiques, une dimension historique. C’est une
faiblaisse dont souffrent également aujourd’hui certains théoriciens de la
vertu.» Bernard Williams, «Vertus et Vices» in Monique Canto-Sperber (dir.), Dictionnaire d’Éthique et de Philosophie
Morale, Paris, Centre National du Livre-PUF, 1996, pág.1579.
A
dimensão histórica da Metafísica A de
Aristóteles e das Leis, assim como
algumas referências no Político de
Platão, e outras passagens disseminadas em sua obra, não são aqui consideradas. Contudo, relativamente ao tema contemporâneo
em apreço «(…) [la] faiblaisse dont souffrent (…) aujourd’hui certains
théoriciens de la vertu (…)» nada tenho a objetar.
PFC
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