domingo, 27 de outubro de 2019
quinta-feira, 17 de outubro de 2019
terça-feira, 8 de outubro de 2019
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
Percebi que os sistemas menos corruptos...
(...) percebi que os sistemas menos corruptos, com maior defesa dos valores da cultura, com mais igualdade de oportunidade para as pessoas, com melhor nível de vida e com maior apoio na saúde e na educação são monarquias. E como não são repúblicas, eu optei por pensar num sistema que fosse mais perfeito, um sistema mais próximo do povo, que não abusasse da ideia de povo. Esta coisa do “povo é quem mais ordena” e depois o povo passar fome, não me parece uma boa ideia, percebe?» Entrevista a José Cid
Portugal na Vanguarda
Com desenho da Almadesign, a Sunconcept apresentou em Vilamoura o seu Catamarã movido a Energia Solar, o Cat 12.0.
|
@ Jornal da Economia do Mar
sábado, 5 de outubro de 2019
Adicionar legenda |
«A situação de Portugal, proclamada a República, é a de uma multidão
amorfa de pobres diabos, governada por uma minoria violenta de malandros
e de comilões. O constitucionalismo republicano, para o descrever com
brandura, foi uma orgia lenta de bandidos estúpidos.
Mas — e assim é a humanidade —, através de tudo, e até nas almas de muitos desses bandidos, subsistia qualquer coisa do impulso lírico do ideal originário. E assim se via bandidos da pior espécie — gatunos de alma, vadios orgânicos — baterem-se com bravura pelo ideal que julgavam que tinham.»
Mas — e assim é a humanidade —, através de tudo, e até nas almas de muitos desses bandidos, subsistia qualquer coisa do impulso lírico do ideal originário. E assim se via bandidos da pior espécie — gatunos de alma, vadios orgânicos — baterem-se com bravura pelo ideal que julgavam que tinham.»
Fernando Pessoa, Da República
@ Vasco
sexta-feira, 4 de outubro de 2019
Frases
«The West hopes that wealth, globalization and political integration will turn China into a gentle giant…But Jacques (...) says that this is a delusion. Time will not make China more Western; it will make the West, and the world, more Chinese….» @ V
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
A sociedade portuguesa tem para si uma clara a necessidade de construir uma renovação dentro do sistema político
Se têm sido continuamente
solicitadas à sociedade mudanças de comportamento e
a sociedade portuguesa já
tem clara a necessidade de construir uma renovação dentro do
próprio sistema político.
É necessário elaborar uma solução democrática, com pessoas
vocacionadas para a administração do interesse público, com uma
assembleia ainda mais forte, capaz de soluções positivas. Ampliar a
representação do todo nacional pela Instituição Real, uma unidade
sem divisões, um regime que o dinheiro não pode comprar,
completamente apartidária e economicamente independente, um regime
universalmente aceite internacionalmente, que evidencie valores
comuns, que evidencie sem fações a lógica da participação sobre
a lógica do confronto, uma instância de unidade e coesão nacional,
para o equilíbrio de poderes, estável e intergeracional, vivendo ao
mesmo tempo do Povo, não no vai e vem dos políticos, mas uma
instituição que é acolhimento e voz da sequência estratégica
democrática e última instância de apelo para os que não têm voz.
Entendo ser necessário afirmar uma estrutura política não conflitual, não proveniente dos partidos, que permite uma vida democrática mais completa, onde o semicírculo parlamentar se complete com uma mesa estável e de conversação permanente para os acordos estratégicos fundamentais, proporcionando a continuidade e a monitorização daquelas políticas que sejam democraticamente consideradas objetivos comuns.
Pedro F. Correia
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
Devo estar certo...
Nenhuma
direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o
mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no
metafísico (in Caderno Três, inédito)
A
direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à
direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silva
Estação
"Listen! the wind is rising,
and the air is wild with leaves.
We have had our summer evenings,
now for October eves."
and the air is wild with leaves.
We have had our summer evenings,
now for October eves."
Humbert Wolfe, (1936).
Illustração de "The Country Diary of an Edwardian Lady" por Edith Holden'.
@ Maria Fernanda
domingo, 22 de setembro de 2019
sábado, 21 de setembro de 2019
Portugal na vanguarda
Artigo completo aqui |
Portugal foi agraciado com o prémio "Accessible Tourist Destination 2019" pela Organização Mundial de Turismo em parceria com a Fundação ONCE.
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
Monarquia? Para quê?
Assegurar
a eficácia a objetivos políticos comuns à democracia requer um
diálogo
que considero inadiável. Usufruindo nós de
liberdade e democracia, falta-nos ainda o ajuste institucional, o
concerto devido à experiência política das últimas décadas e
perante o futuro. Pois,
não
é somente por dispositivos técnicos, económicos ou financeiros,
mas é também por diferença institucional que nos dinamizaremos
positivamente.
O comparável em outras sociedades, até em algumas sociedades com executivos tendencialmente de esquerda moderada, mas sem corrupção... e que são monárquicas também, quanto ao desenvolvimento humano (literacia, empregabilidade, boas práticas de saúde, etc) dão que pensar…
São esses os países monárquicos da Europa em que melhor se vive! Segundo organizações internacionais completamente credíveis (ONU e muitas outras), todas, elencam os países monárquicos como os que têm a melhor qualidade de vida na Europa.
Já me perguntaram com algum
tom irónico,...como se o que digo atrás não fosse claro para
todos os que vivem neste planeta e sabem ler relatórios e gráficos
(nada herméticos… tudo claro como água limpa), e que
consecutivamente, ano após ano, dão sempre o mesmo resultado às
monarquias europeias...já me perguntaram, dizia, ironicamente, e percebo a
ironia aqui como um olhar para o dedo que aponta a árvore para não
querer ver a árvore… perguntaram-me, dizia, assim: «Então e a Espanha?»
E perguntam assim porque, ou não deverão conhecer suficientemente
bem Espanha ou apenas para defender com a ironia salgada um
republicanismo obviamente decadente, tão decadente que ainda mata a
democracia, e por todo o mundo.
A Espanha não pode servir aqui de exemplo porque a disparidade de qualidade de vida é tão grande em suas tantíssimas regiões autónomas que, no seu todo, não pode servir de comparação. Se isto não é honesto intelectualmente solicito que me digam o que é ser honesto intelectualmente, só podemos comparar o comparável. É claro que a Espanha naqueles relatórios que mencionei é uma exceção ao comparado... Mas considerem-se as Regiões espanholas mais desenvolvidas socialmente e chegamos à mesma conclusão.
A Espanha é tão grande e tão diferente dentro de si que não podemos compará-la, naqueles moldes dos inquéritos que dão lugar aos tais relatórios, como um todo. Esta minha preocupação epistemológica, para usar um termo erudito, e sem pedir desculpas por o usar, tem a haver com o rigor de nossos argumentos monárquicos, que têm de ser completamente honestos intelectualmente, como em todas as outras dimensões, sem golpes baixos como vemos por aí! Continuo a apelar para uma maior elevação de nossos debates pela monarquia e, em geral, no País!
A Espanha não pode servir aqui de exemplo porque a disparidade de qualidade de vida é tão grande em suas tantíssimas regiões autónomas que, no seu todo, não pode servir de comparação. Se isto não é honesto intelectualmente solicito que me digam o que é ser honesto intelectualmente, só podemos comparar o comparável. É claro que a Espanha naqueles relatórios que mencionei é uma exceção ao comparado... Mas considerem-se as Regiões espanholas mais desenvolvidas socialmente e chegamos à mesma conclusão.
A Espanha é tão grande e tão diferente dentro de si que não podemos compará-la, naqueles moldes dos inquéritos que dão lugar aos tais relatórios, como um todo. Esta minha preocupação epistemológica, para usar um termo erudito, e sem pedir desculpas por o usar, tem a haver com o rigor de nossos argumentos monárquicos, que têm de ser completamente honestos intelectualmente, como em todas as outras dimensões, sem golpes baixos como vemos por aí! Continuo a apelar para uma maior elevação de nossos debates pela monarquia e, em geral, no País!
Mas também, e sobretudo, pela aprendizagem de nossa história recente, recente repito, desde 1820... afirmo que poderemos estabilizar a democracia com maior equilíbrio de poderes e com uma instituição económica independente e sem fação, que vive num prolongamento temporal igual ao do Povo, fora da conflitualidade e do descrédito em que o conflito permanentemente insultuoso se traduz. Enfim, poderemos renovar, ampliar e desenvolver a democracia com uma mesa (ou carlinga, termo de navegação que significa o lugar onde o mastro penetra) para a conversação permanente, para atingir e afinar os objetivos comuns à sociedade e à democracia portuguesa.
Poderíamos estabilizar a democracia com maior equilíbrio de poderes e com uma instituição e o dinheiro não pode comprar, sem medo, independente e sem historial de fação partidária.
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
segunda-feira, 9 de setembro de 2019
Vanguardas portuguesas
By studying the rocks inside impact craters like this one, ESA research fellow Joana S. Oliveira (personal presentation @ ESA) has found that the location of Mercury’s magnetic field has changed over time in surprising ways.
Just like Earth, Mercury has a liquid metallic core, the motions within generating the magnetic field. On Earth, our magnetic north and south poles drift between about 10 and 60 km per year, with our planet’s magnetic field orientation flipping more than 100 times in the course of its 4.5 billion years.
Joana used data from NASA’s MESSENGER mission, which orbited Mercury from 2011-2015, to try to better understand the magnetic history of the innermost planet. The results of the study will help inform investigations to be conducted by the joint ESA/JAXA BepiColombo mission that is on route to the planet, arriving in 2025.
Joana and her colleagues used spacecraft observations from five craters with magnetic irregularities. One of the craters, named Rustaveli and found in the northern hemisphere, is pictured here. The craters were suspected to have formed during a time with a different core magnetic field orientation than that of today. The researchers modeled Mercury’s ancient magnetic field based on the crater data to estimate the potential locations for the poles in the past.
While it is not unusual for a planet’s field to change, the new results reinforce the idea that Mercury’s magnetic evolution was very unlike Earth’s. The dual scientific orbiters of the BepiColombo mission will gather unique magnetic field data and potentially narrow the study’s conclusions, while also helping us to place our own planet’s magnetic evolution in context.
The new research is published in the AGU Journal of Geophysical Research.
Read a review of the article on the AGU blog. (excerto)
domingo, 1 de setembro de 2019
Poesia - Mar Absoluto (excerto)
[O mar] (…) Aceita-me apenas convertida em sua natureza:
plástica,
fluida, disponível,
igual
a ele, em constante solilóquio,
sem
exigências de princípio e fim,
desprendida
de terra e céu. (…)
E
recordo minha herança de cordas e âncoras,
e
encontro tudo sobre-humano.
E
este mar visível levanta para mim
uma
face espantosa.
E
retrai-se, ao dizer-me o que preciso.
E
é logo uma pequena concha fervilhante,
nódoa
líquida e instável,
célula
azul sumindo-se
no
reino de um outro mar:
ah!
do Mar Absoluto.
Cecília
Meireles, Mar absoluto (excerto), in Mar absoluto,1945
sábado, 31 de agosto de 2019
Arte fotográfica com Platão
J.J.Amarante |
Linhas
Platónicas
À
medida que o raio de uma circunferência aumenta em relação ao
comprimento de um dado arco dessa circunferência este fica cada vez
mais próximo de uma recta, uma linha perfeita que pode ser
considerada uma ideia do mundo platónico.
Os
comprimentos das linhas de horizonte que mostro a seguir são muito
pequenas em relação aos cerca de 6000km do raio do da Terra, donde
a sua quase perfeita rectidão. Texto e imagem @ https://imagenscomtexto.blogspot.com/
quinta-feira, 29 de agosto de 2019
Efeméride - Falecimento a 29 de agosto de 1460 de D. Afonso de Bragança
Filho primogénito do 1.º duque de Bragança, D. Afonso filho de D.
João I, e de sua mulher D. Brites Pereira, Condessa de Ourém, filha
do condestável D. Nuno Álvares Pereira. Nasceu em Lisboa e faleceu
em Tomar.
Depois
de cultivar os estudos próprios, tornou se distinto pelas suas
virtudes morais e políticas, pelas quais mereceu ser estimado dos
príncipes do seu tempo. Seu tio, o rei D. Duarte, resolvido a mandar
um embaixador ao Concílio de Basileia, que se tinha congregado para
pacificar as largas discórdias entre a Igreja Grega e a Latina (que
depois foi transferido por Eugénio IV para Ferrara), o nomeou a ele,
confiando na sua capacidade que felizmente desempenharia as
obrigações do seu cargo.
Com
outros companheiros e mais comitiva, saiu de Lisboa a 21 de janeiro
de 1435, e chegando a Bolonha a 24 de julho do mesmo ano, foi
recebido pelo Papa Eugénio IV.
Mais
tarde também teve a incumbência de acompanhar D. Leonor, quando
esta infanta e sua prima foi desposar Frederico III, imperador da
Alemanha. Saiu de Lisboa a 20 de outubro de 1451, como general da
armada que conduziu a Leorne. Chegando a Roma, procedeu à coroação
dos dois esposos o Papa Nicolau V. Terminada a cerimónia, o
imperador o armou cavaleiro.
Em
1415 fundou a importante colegiada de Ourém, consignando lho
copiosas rendas para sua sustentação. Edificou também N. Sr.ª das
Misericórdias de Ourém, sede da referida colegiada.
D.
Afonso V, por decreto de 11 de outubro de 1451, lhes fez doação da
vila de Valença, com todos os seus termos e limites, concedendo-lhe
também o título de Marquês de Valença, sendo este o primeiro
marquesado que houve em Portugal
Dizem
alguns antigos escritores, que D. Afonso foi casado com D. Brites de
Sousa, filha de Martim Afonso de Sousa, senhor de Mortágua, de cujo
matrimónio houve um filho, D. Afonso de Portugal, que pretendeu
suceder na casa de seu avô, o que se não pôde provar, mas o que
não padece dúvida é a existência desse filho, a quem, segundo a
tradição, D. João II obrigou a ser clérigo, ainda em curta idade,
e foi bispo de Évora do a 24 de abril de 1552. O marquês de Valença
compôs: Itinerário ao Concilio de Basileia no ano de 1435,
que saiu impresso no tomo V das Provas da Historia Genealógica da
Casa Real Portuguesa, por D. António Caetano de Sousa.
terça-feira, 20 de agosto de 2019
Poesia
foto de Nuno Roberto |
Vozes
poderosas dizem a ilusão do mar:
Ele
vive numa solidão completa
Alheado
do formigar de nossa labuta
Que
tem a haver o mar
Com
as ruas onde os homens vivem?
Mas
é seu também o mar que lhes cumpre,
Seduzidos
e medrosos lá vamos,
Ao
mar cego e revestido de nudez
Grandeza
de todas as possibilidades,
De
todas as nossas fraquezas e forças.
Porém
o mar não tem apegos,
Corre
num touro e arremete com bravura
É doce
e melancólico para ninguém:
Este
é seu exercício, a sua dança solitária,
Dança
de metamorfoses é seu corpo e modo
Mas
tem em seu ilúcido jogo permanente
O
gratuito do que é perfeito.
domingo, 18 de agosto de 2019
Do tranquilo neo-liberalismo
Seixas da Costa @ Blog |
«A ideologia liberal contemporânea tem colonizado por cá o
pensamento económico. É hoje a matriz quase exclusiva do ensino
universitário, em especial nas “business schools”, onde doutrinas
divergentes são abordadas como meras curiosidades históricas,
contrapontos risíveis face a esse novo normal. Sobram, claro, alguns
que não se vergam ao papel absolutizante do mercado e ainda
destacam a ação política que releva o papel do Estado. Mas esses são
espécies “raras”, de um outro tempo. O pessoal da “mão invisível”, nos
dias que correm, anda por aí nas suas sete quintas. Na teoria.»
Facto é que os países, que no século XIX e XX se desenvolveram extraordinariamente, só o puderam fazer com grandes/enormes incentivos de Estado.
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
Leituras
John T. Jost [Stanford Uni/Harvard/now Yale], Jack Glaser (California Uni- Berkeley), Arie W. Kruglanski (Mariland Uni - Colle Park), Frank J. Sulloway (California Uni- Berkeley), Political Conversatism as Motivated Social Cognition, Psycological Bulletin, 2003, Vol 129, nº3, 339-375.
Becky L. Choma, Why People are Liberal? A Motivated Social Cognition Theory, (PhD Thesis), Department of Psycology, Brock Uni, St Catharines, Ontario, 2008, pp. 181.
quinta-feira, 15 de agosto de 2019
terça-feira, 13 de agosto de 2019
Poesia - Imagens de Portugal
Ainda uma onda a Sagres devolvida:
Por um pouco de espuma o Mundo se conhece.
Ele tem no Planisfério o rumo da vida
Que no olhar lhe amanhece.
Quantas vezes a sombra do chapéu
Alinhou pela pedra da sua alma,
Tantas teimou sozinho e abriu o Céu
Como a luz abre a palma.
Do contorno cimério de um rochedo
O Ocidente tirou com sua mão,
O perfil da distância o véu do medo,
Entre perigos de mar e cerração.
Hoje, que é padrão ou mito, a Esfera o inscreve
Nas estrelas já abertas à ousadia:
Mas, se lá foi alguém, só ele se atreve,
Perpétua Vésper, alto rasgão do dia. (...)
Vitorino Nemésio «O Infante» (excerto) (1960)
in Algarve Todo o Mar (Colectânea), O Algarve na Poesia, Lisboa, D.Quixote, 2005
segunda-feira, 12 de agosto de 2019
From a republican...
Chris Cuomo |
«(...) [H]e should observe the reserve, the tought about what to say and not to say, called discretion, and the idea of putting your duty to others before your own interest. I'll never thought I'll arrive this, but we might be in a better place in this country (...). [Like the] Queen [UK]. She is focusing on saying only what she must staying on message, providing a message that put unity first, regardly her personal stake.»
Chris Cuomo, 04jul2019 @ Cuomo Prime Time, CNN
domingo, 11 de agosto de 2019
sábado, 10 de agosto de 2019
sexta-feira, 9 de agosto de 2019
Poesia
É
o vento que me leva.
O
vento lusitano.
É
este sopro humano
Universal
Que
enfuna a inquietação de Portugal.
É
esta fúria de loucura mansa
Que
tudo alcança
Sem
alcançar.
Que
vai de céu em céu,
De
mar em mar,
Até
nunca chegar.
É
esta tentação de me encontrar
Mais
rico de amargura
Nas
pausas da ventura....
De
me procurar...
Miguel
Torga, «Viagem»
in Diário,
Alfragide,
D. Quixote, 2010-2011
(1973)
quarta-feira, 7 de agosto de 2019
Da Liberdade e da Responsabilidade
«(...) [Q]uer a Segurança, quer o Estado de Direito não são coisas etéreas nem são asseguradas por decreto, são asseguradas por pessoas (...)»
Sargento-Mor das Forças Armadas, António Lima Coelho, Presidente da Associação Nacional de Sargentos na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias do Parlamento.
terça-feira, 6 de agosto de 2019
domingo, 4 de agosto de 2019
Imagens de Portugal
Fionn Ferreira, de 18 anos, foi premiado na Google Science Fair 2019 pela criação de um método para travar a poluição dos Oceanos. A tecnologia que inventou poderá remover, pelo menos, 87% dos microplásticos da água. @ Público
sábado, 3 de agosto de 2019
Pensamentos
"A
vida não se afirma em singularidades independentes; manifesta-se
singularmente no indivíduo por intermédio de uma dependência
total, recíproca e solidária com os outros e com tudo"
DelfimSantos (filósofo português)
sexta-feira, 2 de agosto de 2019
quinta-feira, 1 de agosto de 2019
Vanguardas II
Na última mensagem deste blogue intitulada Vanguardas adiantei uma pesquisa por mim elaborada no Google. Ontem, procurei melhor, a ver se eu acompanhava alguém, com maior profissionalismo na matéria. Na minha rápida conclusão: Portugal reduziu, muito, o investimento em investigação científica, I&D, a contar desde 2016 para trás. De facto, em entevista ao DN, de 07ABR2019, Pedro Deus (PwC Portugal) produziu o mesmo tipo de informação que eu sugerira. A OCDE também alertara que o País terá de cumprir (não estão a cumprir...) os compromissos europeus, investindo, até 2030, 1200 milhões de euros em I&D.
quarta-feira, 31 de julho de 2019
O mundo mudou muito
@ duas ou três coisas |
O Estado tem de ser sério, se quer ser levado a sério. Não é admissível, num
tempo de forte escrutínio sobre a gestão dos bens públicos, em que se pede aos
cidadãos um esforço fiscal tremendo, assistir a dispêndios cuja afetação possa
suscitar fundadas dúvidas, em termos de transparência ou de rigor nos gastos.
Quem não perceber que o mundo mudou muito, neste domínio, terá um destino
político breve ou muito conturbado.
terça-feira, 30 de julho de 2019
Vanguardas
Se pesquisarmos na google por vanguardas tecnológicas em Portugal apenas uma questão surge no JN «Portugal vai estar na vanguarda tecnológica?».
Se quisermos saber quais as vanguardas tecnológicas portugueses teremos de retroceder de 2016 para trás. Interessante.
terça-feira, 23 de julho de 2019
quarta-feira, 17 de julho de 2019
Pelo Serviço ao Bem Comum
Vivemos
em sociedades com muita diferenciação cultural no seu interior.
Entenda-se como se quiser o termo cultura. Se
representa estilo de vida, padrões e valores, níveis de instrução
ou polidez, tanto faz. A sociedade é complexa mas agrega todas
estas diferenças se vivemos «civilizadamente».
Esta
variada confluência cultural não contribuirá para diminuir a
pertença comunitária, mas se houver contextos comuns de socialização.
A democracia por si só não resolve este problema, considerando, pelo menos, a
abstenção e a guetização. Requeremos pois, uma restruturação necessária para
adequar e sobrelevar esta e as novas situações de complexidade
cultural.
Se
a participação e a interação das pessoas com os vários grupos
sociais já não tem suficiente contato, apresentam-se-nos
vaus sem ponte entre grupos sociais e culturais, mais um vazio político para onde também tem
convergido o descontentamento por esta Europa fora.
Além disto, falha também a coesão na desconfiança e desesperação com a representatividade política e a esta diversidade cultural tampouco tem sido capaz de se formular em movimento político coerente e profundo temporalmente. Assim, para que o todo nacional se reveja numa cultura de fundo terá de ser objetivado em instituições suficientemente abrangentes que concite os objetivos comuns de convivência, de socialização, de democracia.
Continuam os atributos definidores da nossa cultura nacional: uma culinária que conjuga o ocidente com o oriente, uma língua com um grande leque fonético e semântico (1), uma história de quase 900 anos, fronteiras geográficas bem definidas desde D.Dinis (à exceção de Olivença), uma literatura com fortes referências ao campo ímpar de aprendizagem humana que é a história nacional, e enfim, capacidade de integração quer pela nossa conjugação na CPLP e na UE, ou por, desde sempre, e em todos os âmbitos, havermos produzido novos conhecimentos, e hoje também, relevantes para a humanidade.
Porém, não há acesso a uma ação conjunta que contribua para fundamentar toda a nova geração muito diversa culturalmente em coesão. O sistema de educação está longe de poder ser a resposta adequada como gostaríamos. E, como não acredito em processos revolucionários, pois conhecendo História, por serem aqueles processos eivados de uma mística e carisma que a dura normalidade não possui nem requer, temos de apelar a outras instituições para a coesão. E, não havendo lugar nesta complexa sociedade contemporânea para uma hegemonia de um grupo social, seja ele de carácter religioso ou ideológico, a formação de todos na instituição das Forças Armadas é, para a maior multiplicidade, a melhor coesão. Entendo, pois, que as grandes transformações são aquelas que se fazem por incorporação e não por exclusões.
Além disto, falha também a coesão na desconfiança e desesperação com a representatividade política e a esta diversidade cultural tampouco tem sido capaz de se formular em movimento político coerente e profundo temporalmente. Assim, para que o todo nacional se reveja numa cultura de fundo terá de ser objetivado em instituições suficientemente abrangentes que concite os objetivos comuns de convivência, de socialização, de democracia.
Continuam os atributos definidores da nossa cultura nacional: uma culinária que conjuga o ocidente com o oriente, uma língua com um grande leque fonético e semântico (1), uma história de quase 900 anos, fronteiras geográficas bem definidas desde D.Dinis (à exceção de Olivença), uma literatura com fortes referências ao campo ímpar de aprendizagem humana que é a história nacional, e enfim, capacidade de integração quer pela nossa conjugação na CPLP e na UE, ou por, desde sempre, e em todos os âmbitos, havermos produzido novos conhecimentos, e hoje também, relevantes para a humanidade.
Porém, não há acesso a uma ação conjunta que contribua para fundamentar toda a nova geração muito diversa culturalmente em coesão. O sistema de educação está longe de poder ser a resposta adequada como gostaríamos. E, como não acredito em processos revolucionários, pois conhecendo História, por serem aqueles processos eivados de uma mística e carisma que a dura normalidade não possui nem requer, temos de apelar a outras instituições para a coesão. E, não havendo lugar nesta complexa sociedade contemporânea para uma hegemonia de um grupo social, seja ele de carácter religioso ou ideológico, a formação de todos na instituição das Forças Armadas é, para a maior multiplicidade, a melhor coesão. Entendo, pois, que as grandes transformações são aquelas que se fazem por incorporação e não por exclusões.
Sou, pois, pelo serviço
militar obrigatório, salvo exceções muito, mas muito ponderosas.
Pois não é numa universalização abstrata que se realiza o
processo da humana aprendizagem, mas sim num mundo de referências humanas que se propõe a identificação pessoal, pela
participação numa comunidade e numa continuidade histórica,
permitindo visão e vivência mais largas do que o horizonte primeiro e
local. Somente após este desenvolvimento de participação na
instância nacional torna-se possível então o universalismo e o
cosmopolitismo. Claro que esta perspectiva afasta-se da perspetiva ideológica de Victor Hugo, que apenas admite voluntários nas Forças Armadas, ver Écrits Politiques, pensamento ainda hoje dominante. Mas hoje também já estão bastante claras as dificuldades que tal medida criou à civilidade, ao prumo, à coesão e até à própria à democracia.
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