segunda-feira, 14 de julho de 2014
Changer l'avenir
«Dans peu de temps, la France comportera davantage d'agents de sécurité privés que d'agents des forces de lórdre, avec un point de croisement autour de 200.000 professionnels», explique Stéphane Schmll dans S&D Magazine (Juin-Aout 2014) un organe des entreprises de sécurité.»
Mas recorda Demóstenes e a ascensão da Monarquia Macedónica na Hélade.
Good negatives
A negative deposit rate would tend to push down the value of the euro against the dollar and other currencies, because investors would earn little or no return on euros. [and revert a lot of money from the north to the south where it belonged at the start 2008 crisis].
Jack Ewing (Sintra, Portugal), «E.C.B.seeks a strategy for staving off deflation», International New York Times, Tuesday, May 27, 2014, p.15
quarta-feira, 9 de julho de 2014
terça-feira, 8 de julho de 2014
Corrigir a inclinação do sistema a repetir problemas
Se, outrora, a
persistente hegemonia de uma linha ideológica se demonstrou prejudicial ao
País, tampouco é o atual pluralismo político e cultural do
País que, por si só, é capaz de espontaneamente fabricar a eficácia política que
universalmente reconhecemos tanto carecer. Consideremos, pois, uma
instituição política apartidária que acolha a afirmação estratégica democrática, que sublinhe a necessária continuidade de políticas para objetivos
comuns à democracia, para o desenvolvimento social, que realize uma lógica de participação e não reproduza a lógica de conflito. A
Instituição Real é essa instância que a democracia portuguesa carece para amadurecer
positivamente.
Pensamentos
(...) though red is relatively simple
and isolatable in comparison to the red tones of the sunset, its simplicity and
independence is not its original and primitive character (LW 2:51). The
simplicity is rather the “product of discerning analysis purposefully taken, as
much so as the chemical determination of hydrogen as simple and different from
water the compound” (LW 2:51). In addition, it may give insight into reflection
upon how knowledge and experience of emotion modifies the ability to experience
them, just as knowing colors and how they function may increase someone’s
perception of color.
@ Dina Mendonça, Pattern
of Sentiment – Following a Deweyan Suggestion, Instituto de Filosofia da
Linguagem, Universidade Nova de Lisboa, 2010?, p.22
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Depois a cultura fechou-se em livros e os analfabetos e os pobres foram rejeitados
António Pedro Ferreira |
"1 - A ARTE deve ser livre porque o ato de criação é em si um ato de liberdade. Mas não é só a liberdade individual do artista que importa. Sabemos que quando a Arte não é livre o povo também não é livre. Há sempre uma profunda e estrutural unidade na liberdade. Onde o artista começa a não ser livre o povo começa a ser colonizado e a justiça torna-se parcial, unidimensional e abstrata. Se o ataque à liberdade cultural me preocupa tanto é porque a falta de liberdade cultural é um sintoma e significa sempre opressão para um povo inteiro.
2 - NÃO PENSO que exista uma arte para o povo. Existe sim uma arte para todos à qual o povo deve ter acesso porque esse acesso lhe deve ser possibilitado através dos meios de comunicação. Primeiro os "aedos" cantaram no palácio dos reis gregos "o canto venerável e antigo". Era uma arte profundamente aristocrática. Depois os rapsodos cantaram esse mesmo canto na praça pública. E Homero, foi, como se disse, o educador da Grécia. Isto é: a cultura foi posta em comum. E por isso os gregos inventaram a democracia. A política começa muito antes da política.
Penso que nenhum socialismo real será possível se a cultura não foi posta em comum. Quando o aedo, ou poeta medieval cantavam na praça o seu poema era ouvido por todos, mesmo pelo analfabeto. E viajava por todo o país e de país em país: por isso o mirandês canta Mirandolim-Marlbourg.
Depois a cultura fechou-se em livros e os analfabetos e os pobres foram rejeitados. Tudo se tornou mais complexo e complexado. As comunidades foram divididas e cada homem foi dividido dentro de si próprio. Será preciso um enorme paciente e múltiplo e obcecado esforço para construir o mundo de outra maneira. E é preciso que nenhum dirigismo esmague esse esforço.
É evidente que no mundo atual encontramos a par da arte uma meta-arte. O cubismo é uma meta pintura, uma pintura sobre a pintura. Arte e meta-arte alimentam-se e inspiram-se mutuamente e penso que este é um dos caminhos, uma das possibilidades. Foi a ler Proust e Rimbaud que aprendi a escrever para crianças. O simplismo e o populismo nunca conduzirão a nada. Se João Cabral de Melo é capaz de escrever uma obra como "Morte e Vida Severina" é porque é capaz de escrever "Uma Faca só Lâmina". "Morte e Vida Severina" é um poema que todos entendem, mas nele as imagens são tão precisas, e os versos tão densos como em "Uma Faca só Lâmina".
Creio que o "poema para todos" é, dentro da cultura em que estamos, o poema mais difícil de escrever. Creio que esse poema é necessário e por isso tenho procurado encontrar um caminho para ele. Por isso em "Livro Sexto" invoquei
O canto para todos
Por todos entendido
Mas sei que esse poema não se programa. E por isso, já depois do 25 de abril escrevi:
Um poema não se programa
Porém a disciplina
Sílaba por sílaba
O acompanha
Mas a disciplina do poema não é a da política.
O poema é disciplinado pela sua própria necessidade.
Nem o próprio artista se pode programar a si próprio. O Ministro da Comunicação Social disse que os períodos revolucionários não eram propícios às artes de vanguarda. Não podemos esquecer que também Hitler e Salazar não se entendiam bem com a arte de vanguarda e que ambos a perseguiam. Um verdadeiro período revolucionário está aberto a todas as formas de criação.
3 - É EVIDENTE que há incoerência. As campanhas de dinamização são mais políticas do que culturais. Fazem um doutrinamento político que deve ser feito pelos partidos. Pois não há doutrinamento apartidário. Não há angelismo político. Um doutrinamento político que se apresenta como apartidário é necessariamente ambíguo.
Vivemos no pluralismo. Mas não queremos viver na ambiguidade. Queremos que o pluralismo seja nítido e declarado com clareza. Que todo aquele que exerce uma atividade de doutrinamento político diga aos outros o partido a que pertence ou que apoia.
Queremos uma revolução clara. Queremos a clareza e a coerência dessa clareza. Este país tem neste momento uma intensa consciência da necessidade de clareza.
A política é um capítulo da moral. O povo que somos votou conscientemente e quer a política que escolheu. Queremos justiça social concreta mas sabemos que essa justiça só se poderá construir na liberdade e na verdade.
Sabemos muito claramente o que não queremos. Não queremos a violência, não queremos que a liberdade seja sofismada. Não queremos nem inquisições nem perseguições. Não queremos política da terra queimada. Não queremos política imposta. E no plano da cultura queremos acima de tudo que a política não seja anti-cultura.
A demagogia é a traição cultural da revolução. Porque a demagogia é a arte de ensinar um povo a não pensar. Um provérbio africano diz: Uma palavra que está sempre na boca transforma-se em baba. Não queremos continuar a suportar a baba dos slogans.
Querer fazer política cultural quando os meios de comunicação estão inundados de demagogia é uma incoerência radical. O ministro da comunicação referiu-se ao facto de o trabalho dos artistas ser agora pago pelo povo. Também muitos jornais são agora pagos pelo povo e todos os dias custam ao povo uma despesa escandalosa.
A cultura é cara. A incultura acaba sempre por sair mais cara. E a demagogia custa sempre caríssimo."
Apud Expresso, 3 de Julho de 2014
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Ramalho Eanes: entre o consenso, a indignação e a esperança
Edgar Martins (CM) |
«Quando se olha para estes 40 anos, acho que os portugueses se devem orgulhar. Fizemos uma mudança de regime; instaurámos a democracia; fizemos uma descolonização; tivemos dois choques petrolíferos e um PREC; aderimos à UE e à moeda única; fizemos uma revolução na saúde; modernizámos as infraestruturas; introduzimos profundas alterações na educação, nas Forças Armadas e nas forças de segurança...Há algum país europeu que tenha feito um trabalho tão importante em tão pouco tempo?»
Apud Expresso 26 Fev 2013
Apud Expresso 26 Fev 2013
Testamento poético de Vieira da Silva (1908-1992)
Maria Helena Vieira da Silva |
«Para além da sua obra pictórica, cujo valor é inegável, quer em termos estéticos, quer em termos de originalidade, deixou escrito um testamento poético, que iremos aqui recordar:
Eu lego aos meus amigos
Um azul cerúleo para voar alto.
Um azul cobalto para a felicidade.
Um azul ultramarino para estimular o espírito.
Um vermelhão para o sangue circular alegremente.
Um verde musgo para apaziguar os nervos.
Um amarelo ouro: riqueza.
Um violeta cobalto para o sonho.
Um garança para deixar ouvir o violoncelo.
Um amarelo barife: ficção científica e brilho; resplendor.
Um ocre amarelo para aceitar a terra.
Um verde veronese para a memória da primavera.
Um anil para poder afinar o espírito com a tempestade.
Um laranja para exercitar a visão de um limoeiro ao longe.
Um amarelo limão para o encanto.
Um branco puro: pureza.
Terra de siena natural: a transmutação do ouro.
Um preto sumptuoso para ver Ticiano.
Um terra de sombra natural para aceitar melhor a melancolia negra.
Um terra de siena queimada para o sentimento de duração.»
Joana Baião, Vieira da Silva, Quidnovi, 2010.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
With strings
«(...)
[The] increase in the euro's value against the dollar since 2011 had
driven down the price of commodities
such as fuel in euro terms, contributing to low inflation. (…)
[The] central bank might take steps to encourage banks to lend more.
(…) [Mario Draghi also] cited data showing that even
profitable companies in (...) Portugal have trouble getting banks
loans.
(…) [One-third] of Portuguese companies face credit constraints, Mr
Draghi said, compared with only 1 percent in Germany and Austria.
(…) There has been speculation the European
Central Bank might issue cheap loans to euro zone banks,
with
strings attached to ensure they lend the money to businesses
rather than investing bonds, as that happened in the past.
Jack
Ewing (Sintra, Portugal), «E.C.B.seeks a strategy for staving off
deflation», International
New York Times,
Tuesday, May 27, 2014, p.15
sexta-feira, 27 de junho de 2014
Controvérsia, um mês depois
I
«Social media lets us pretend
to know something about everything. In reality, we've outsourced our
opinions. (…) The data stream can't be shut off. It pours into our
lives a rising tide of words, facts, jokes, GIFs, gossip and
commentary that threatens to drown us.»
Karl Taro Greenfeld @ The End of
Cultural Literacy, INYT, 27 de Maio 2014
II
A amplitude do campo de produção informativa (sobretudo na rede digital) apenas permite um panorâma impressionista. Penso que não há problema quanto a isso, enquanto houver consciência de que as fontes de informação irregulares estão sujeitas à propaganda, isto é, à manipulação, pois não se encontram institucionalizadas na democracia e não respondem a tutelas políticas e a organismos sancionatórios (conselhos de redação etc). No entanto, ficamos preocupados quando questionando os estudantes acerca da temática que os preocupa, como resposta não obtemos referências relativamente à sua própria localidade, à sua própria situação existencial, à sua direta interação, mas a tudo o que vem dos meios de comunicação de massa.
P.F.C.
25-27 de Junho 2014
Poesia (Dueto)
Lágrimas
são de míseros amantes;
A
viva flama, o nunca morto lume,
Desejo
é só que queima e não consume.
(Luís
Vaz de Camões, L, IX,31)
Oh,
quem nunca conhecera
todo
bem que descobri
em
vos ver, porque a si
e
a ele não perdera.
(D.Francisco
de Portugal)
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Revisitações
«Democracy
in government, brotherhood in society, equality in rights and
privileges, and universal education, foreshadow the
next higher plane of society
to which experience, intelligence and knowledge are steadily tending»
[Lewis Henry Morgan, 1877; 552]. What is this “higher plane”? It
is here that Morgan seemingly succumbs to the error made by such
thinkers as Rousseau and Marx: the confusion between communitas,
which is a dimension of all societies, past and present, and archaic
or primitive society. “It will be a revival” he continues, “in
a higher form, of the liberty, equality and fraternity of the ancient
gentes.” Yet, as most anthropologists would now confirm, customary
norms and differences of status and prestige in preliterate societies
allow little scope for individual liberty and choice (…).
VictorTurner, The Ritual
Process. Structure and Anti-Structure, Aldine
de Gruyter, New York, 1969, p.130.
Uma coisa inédita
Temos
é de fazer uma coisa inédita e inovadora na política portuguesa
que é sentarmo-nos à mesa e começar a negociar ["a escrita conjunta
de um Memorando de Desenvolvimento, sabermos onde é que Portugal vai
estar daqui a cinco ou dez anos na tecnologia e na qualificação da
força de trabalho"].
RuiTavares, Jornal i,
12 de Maio 2014, p.23
Poesia
Vasco Fernandes, 1506-1511 |
Do
Egipto pereceram as pirâmides e o mausuléu;
e
o rico templo Eles, de marfim feito, os tempos desfizeram;
as
estátuas de Scopas não puderam sustentar-se contra eles,
nem
as tábuas gentis do insigne Apeles.
Mas
vós, musas, aos vossos das injúrias dos tempos segurais,
e
quaisquer feitos vossos às leis da eternidade consagrais.
Com
a lira de Orfeu ressucitais a virtude esquecida,
qual
Euridice morta à doce vida.
LVCamões
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Pensamento
«(...) le système est toujours d'une complexité incroyable, qui cache parfois des absurdités (...)»
Antoine Bozio, Le Monde, Mardi, 27 Mai 2014,
Dossier, p.27
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Controvérsias (União Europeia)
(…) [A] União Europeia vive
mal com a opinião dissidente e é forte a tentação de se impor aos ditames
populares, escolhendo vias obscuras para ultrapassar o que se pensam ser
dificuldades momentâneas, como aconteceu no Tratado Constitucional em
referendos e a posterior aprovação de um tratado em muitos aspetos idêntico sem
consulta popular. (…) Por mais que se procurem as diferenças, vinga a perceção,
tanto no espaço europeu como nacional, que nada de essencial distingue (…) [as]
famílias políticas, que da alternância não surge uma real alternativa. Muitos não votam nas
eleições europeias, porque consideram que o seu voto não pode mudar as
políticas, perante uma capacidade limitada, senão nula, de influenciar as
decisões europeias.
Álvaro Vaconcelos
Apud Público, quarta-feira, 28 de Maio, 2014, p.53Ex-Diretor do Institute for Security Studies (Paris)
quarta-feira, 18 de junho de 2014
The Power of Networks: Knowledge in an age of infinite interconnectedness
Manuel Lima (Senior UX Design Lead at Microsoft)
Poesia
Sempre Amor usa e tem tristes queixumes
Enquanto arde no peito a viva chama.
Ora veja, ora não os claros lumes
Que movem, e que dão luz ò espírito que ama.
Não vendo, a razão é que em grave queixa
Se rompa a voz, e se desfaça o peito.
E vendo, inda a queixumes lugar deixa
O grande amor que nunca é satisfeito.
Enquanto o amor se queixa é verdadeiro,
O que nunca se queixa é lisonjeiro.
Pêro Andrade de Caminha
(Humanista Cristão)
Cancioneiro de Garcia de Resende
Controvérsia, 10 anos depois
I
«(…) the modern era can also be
seen as the Western era [começada há pouco mais de quinhentos anos com a
renascença italiana e as navegações oceânicas portuguesas]. All the great
movements which defined the modern era originated in Europe (…). Similarly, the
post-modern era (…) originated in Europe (particulary in France) [Maio de 68].
(…) The West great enemy today is the contemporary version of Enlightenment
(…). Because of is universalist pretensions and illusions, its adherents have
made the peoples of the West undiscriminating about other cultures and
unconfident about their own. (…) The protagonists of the contemporary version
of Enlightenment may think that they will create a global and universal
civilization, both abroad and at home, but the evidence is accumulating that
they have insted opened the doors to the barbarians (…).
O plano nacional das sociedades contemporâneas, na sua correção dos horizontes de possibilidade e de limite, requer uma mesa de conversação das partes representativas, numa perspetiva de participação, necessariamente sem domínio absoluto por parte de uma tendência, seja ela de cariz conservadora ou progressista. Se utilizarmos a imagem do caminho diríamos que é sinuoso, ou como um tronco retorcido de árvore, ou como uma figura a compôr que não pode ser esclarecida de uma vez por todas, nem é um processo que englobe histórica e paulatinamente todas as partes numa massa homogénea, numa síntese ulterior às partes prévias à composição. Esta configuração social pós-moderna traduz permanentemente a exigência da conversação, participação e clarificação dos valores partilhados e dos objetivos comuns.
As formas políticas democráticas contribuiram para
esta possibilidade e se resiste à tentação de reduzir a complexidade numa
equação simples, o que, sendo cientificamente correto, socialmente é
improdutivo e sempre produziu mais males que benefícios. Depois da luta contra o totalitarismo de direita e de esquerda ainda a
democracia portuguesa não possui o dispositivo institucional para dar
perspetiva, corpo e voz a esse plano de coesão necessário à complexidade
cultural contemporânea.
PFC, 18-20 de Junho 2014sexta-feira, 13 de junho de 2014
Pensamentos
«(...) a Monarquia coordenadora de municípios republicanos foi o regime mais certo para Portugal. O regime de que o mundo precisa para sair do atoleiro em que está metido, é realmente o da Monarquia Portuguesa (...)»
Agostinho da Silva
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Argumentos
Why the arguments for a republic are
an insult to the intelligence
(...) When I’m allowed to debate this point (republicans are insatiably eager to discuss the pitfalls of a monarchy, but hardly ever the merits and mechanics of a republic), the debate never seems to get very far because quite frankly – the arguments are an insult to the intelligence.
What is the alternative? “An elected president,” they retort, chosen by the people. “Great,” I always respond, “but how is politicising the office of head of state and making the office part of the political establishment a better system than what we have now?”
The natural response I find to this splits into two parts. Firstly there are those who say ‘it’s the price we pay for democracy’ (though never care to explain why we should pay this price if it’s the difference between giving all the power to the politicians and having a neutral figure to prevent unconstitutional behaviour) and then there are those who, for some reason I can’t quite comprehend, seem to think that the president wouldn’t be a politician. “Oh no,” they say, “we’ll have a fair system where anyone can be Head of State – it won’t be a politician!”
It’s at this point that the basis of the argument collapses. Anyone, really? As anybody who’s thought it through can plainly see political parties are an integral part of any election, least of all for a president. And with political parties comes patronage. Why? Because candidates will always need funding for election campaigns, they will always need the backing of established organisations. Without this, the running for president would simply be an exercise in who could spend the most money, thus making it a plutocracyrather than democracy.
Another thing republicans don’t care to discuss is the divisive nature of presidents. Just by virtue of being elected for their views and principles, any president would inherently create division and disunity – there will after all always be opposition to a candidate.
It’s all well and good saying a president would give up their political allegiance when taking office, but this means nothing in practice. There will always be people who voted for other candidates and their opinions, views and allegiance don’t disappear when they win elections and alienate those who didn’t vote for them, something that cannot happen with Monarchy because party patronage and divisive candidates are not involved!
One particularly demonstrably ludicrous claim purported by those in favour of a British republic is the idea that an elected president would in some way be able to act as a barrier in politics to prevent and correct unconstitutional behaviour. Leaving aside the obvious problem with having a referee who is also one of the players and what that would mean for their independence from the Government, the obvious remedy for a malevolent parliament seeking to carry on doing as it pleases is to vote a president out as soon as he starts exercising powers. Political referee? More like the football.
No system is perfect, Monarchy certainly isn’t, and this is something I routinely acknowledge (much to the chagrin of republicans). Of course, it means the head of state isn’t elected, but there are patently legitimate reasons why this is a good idea and no amount of dogmatism from republicans about how presidencies are so inherently and infinitely divine and wonderful can change that.
Monarchy works because it offers everyone the same representation, regardless of politics. Whether you’d vote Labour, Lib Dem, UKIP, Conservative or for that matter Monster Raving Loony Party, the monarchy no more represents the supporters of one party than any other. Which goes to show how much worse off you’d be in a republic when you find your candidate loses out and you end up with some ostensibly “representative” party member, because “that’s democracy”.
There’s a lot to be said for having a Head of State who’s not party of the political establishment of the day. A position of independence, neutrality and objectivity which couldn’t be achieved by a politician in the office. Not to mention the ability for the sovereign to act to preserve democracy, should any government ‘go rogue’ and exceed their powers, without fear of being kicked out of office with the ease a president can be.
You can deride and revile Monarchy all you want, but when it comes to the alternatives, I know which side of the fence I’m on!
Apud http://www.royalcentral.co.uk/
|
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Goodbye To Social Europe
«The newest Flash Eurobarometer 398 focuses on working conditions and was published on the same day - 28 April - as a Conference of the European Commission
on the same topic. The Commission announced that this survey was
carried out in the 28 Member States in early April 2014 and that 26,571
respondents from different social and demographic groups were
interviewed via telephone (landline and mobile phone) in their mother
tongue.
The survey reveals that “more than 80% of respondents in Denmark,
Luxembourg, Finland and The Netherlands consider working conditions in
their country to be good” – so a Commission press release states.
The Eurobarometer poll tries to give the impression that an
overwhelming majority is satisfied and bad working conditions are an
exception. Indeed some responses could support the impression that
workers are happy with their working conditions. If you read it
carefully, however, it shows that this is not the case.
(...) Then the supporter of a change of course should promote some arguments
against the impression that everything is fine in the best of all
possible European worlds – and against the propaganda that there is no alternative.»
Tempo para pensar
'I don't see a lot of organizations that actually encourage employees to reflect, or give them time to do it', reflects Francesca Gino. They should, the research of Gino and colleagues bears out. Employees who take time to reflect on their work learn more deeply and are more productive. The lesson? Give your workers time away from work to make their work better.
adapt. apud Sean Silverthorne
terça-feira, 29 de abril de 2014
40 anos depois
A veneração do 25 de Abril reduz os dois anos mais complexos e
conturbados da nossa história contemporânea a uma data, e a uma ideia. É
pena, diminui a importância de uma série de acontecimentos cujo
conhecimento e análise revelam muitos dos fundamentos e fragilidades do
nosso actual regime. Para qualquer democracia que procura aperfeiçoar a
transparência e a representatividade do seu sistema político, que preza a
liberdade e o progresso do seu povo, essa análise seria um imperativo. O
jornalismo militante, a censura e indoutrinação desavergonhada nas
salas de aula, a conivência na nossa justiça e a obsessão pela
manutenção do status quo indicam o contrário. Esta cegueira
colectiva denota uma estranha necessidade de autolegitimação 40 anos
depois do golpe de Estado. Ela limita a nossa capacidade crítica perante
uma profunda crise sistémica, cada vez mais alarmante, relegando os
interesses da Nação para segundo plano.
Segundo o relatório anual do “Economist Intelligence Unit” há
apenas 25 países que funcionam em plena democracia. Portugal não é um
deles.
O Índice de Democracia publicado pelo EIU sustenta e reforça o
comentário de Jack Lang, político francês, republicano, de que as
monarquias constitucionais são os páises mais democráticos da Europa. O
nosso regime está caduco, está na altura de olharmos para outras
alternativas. A bem da liberdade e da democracia.
por Luis Lavradio, 40 anos depois, em 25.04.14
40 difíceis anos económicos
As
dificuldades de gestão colocadas após a revolução, devido às
incertezas da conjuntura política, que foi cumulativamente
convergente com o choque petrolífero de então, comprimiram a
atuação económica. Foram precisos cerca de dez anos, após a
revolução de Abril de 1974 para se devolver alguma perspectiva
realista ao sistema económico. Entretanto, a produtividade cresceu
pouco, e quando trabalhámos mais horas foi em setores que
produziram menores fluxos positivos. Nesse período, de 1985 a 1990,
se comparativamente o PIB cresceu pouco, 10%, a produtividade cresceu
ainda menos 5%. Ou seja, as atividades económicas não deslocaram
fortemente o seu padrão competitivo, devido à competição se
exercer por via dos salários baixos e aplicadas em atividades de
baixa tecnologia. A desvalorização do escudo ia favorecendo a
manutenção e o crescimento desse tipo de atividades. Mas, com a
valorização do escudo, sobretudo a partir de 1990, a produção de
bens transacionáveis caiu. As transferências do exterior para as
infraestruturas e para a reconversão de algumas atividades
tardaram em produzir algum do efeito desejado, o estímulo à
produção de qualidade carecia ainda de competências para nos
alavancar suficientemente a um modelo de desenvolvimento com maior
pendor tecnológico, à exceção dos vários cadinhos de excelência
e dos cestos da gávea que sempre houve no País. Temos procurado
inverter a situação, mas a lentidão está hoje bem patente no
preço que continuamos atualmente a pagar.
Ficam
claras várias precauções, por um lado, sobre cálculos demasiado
otimistas acerca da espontaneidade dos desenvolvimentos, sociais e
económicos e, por outro lado, fazer despesa não resultará por si
só em benefício duradouro nem é certo que sem incentivos as
sociedades ganhem impulsos modernizadores.
Quando
se tornar claro que o País adota estavelmente, sustentadamente, um
programa de diminuição da despesa, quando se tornar claro que o
País abre amplas vias de realização económica e intensifica o
pensamento estratégico, quando a sustentabilidade fiscal tornar
possível debelar os constrangimentos sociais (desemprego e
envelhecimento), e, sobretudo, quando se tornar clara uma
estabilidade política que assegure tal processo, então, e só
então, os nossos esforços não terão sido em vão.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Democratização cultural
Nas atividades culturais expressam-se os horizontes humanos, através dos seus símbolos e práticas, na sua diferenciação e procura de universalidade, isto é, em aspectos determinantes para um projeto de vida, à hermenêutica de si e do mundo, pelas escolhas a que elaboram e exibem.
Mas não só à cultura erudita me refiro, mas também aos grupos de cantares e danças populares ou às bandas de música que se desdobram por vezes em vários agrupamentos a elas associados, aos grupos de conservação da natureza, aos clubes desportivos, às várias escolas de artes marciais, associações gastronómicas e tantos outros, cuja aplicação pedagógica potencia comprovadamente os conhecimentos das matérias disciplinares, avivam o interesse curricular e os exercícios académicos. Todos estes agrupamentos podem ter uma utilíssima interação com a escola.
A expressão cultural é socialmente transversal. Se em alguns casos a autoria ganha maior relevância e noutros não, segundo a criação é de origem erudita ou popular, e consoante as épocas, no entanto, não deixam de ser essas expressões igualmente conviviais, identitárias e veículos de humana aprendizagem.
terça-feira, 22 de abril de 2014
Instituição Real: Dedicação, Independência, Preparação, Unidade, Representação
A situação presente, a sua dificuldade e urgência, revela-nos eloquentemente a insuficiência de mecanismos estratégicos na democracia. Somos num sistema político que debalde tem procurado em si mesmo o equilíbrio entre a cooperação e o combate político.
A política decorre na livre contenda de interesses e opiniões. Os conflitos expressam-se na discussão democrática. O nosso modo de viver é plural. Mas importa identificar, colectivamente, formas políticas comprovadas, que permitam uma democracia mais completa, de modo a resolver suave, alongada e harmoniosamente os persistentes problemas, sem sofrimentos excessivos e tantas vezes inúteis. Há objectivos comuns à democracia que requerem uma consideração comum, não podem vogar ao sabor da facção.
Antes de ser uma crise económica e financeira esta é uma crise da sociedade que vivemos e da política que praticamos. Quando periga o financiamento às políticas sociais, quando não há mobilização de vontades e créditos, quando a política perde prestígio e, quando o fatalismo é imposto pela força dos factos e por uma lógica de inevitabilidade, então instalou-se uma crise política que requer uma acentuada descontinuidade.
Este cenário de esgotamento não é
apenas correspondente à diferença entre as expectativas de há algum tempo atrás
e a situação presente, não está somente relacionada com problemas recentemente
emergentes, mas deve-se também a condições institucionais e políticas que podem
gerar tais resultados. Estamos numa fase em que a descontinuidade salienta-se
com evidência e estrondo a vários níveis, na evidência do desemprego e falência
de projectos de vida, no peso da dívida acumulados, na sociedade que está sem perspetiva.
Encontramo-nos num circunstância que apela a uma profunda renovação. Estamos numa época de transição, para uma sociedade e uma economia diferentes, mas sem um modo social e político alternativo ou consoante com as aprendizagens havidas. Portugal conseguirá enfrentar estas dificuldades, se as condições adversas presentes constituírem a oportunidade de uma transformação adaptada às realidades de amanhã. Mas, sem uma mudança vigorosa na nossa democracia, nada mais conseguiremos alcançar.
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